Na atualidade, além do assunto pandemia temos também, um outro assunto que sempre está em pauta de alguma forma, a sustentabilidade. Há um certo estigma ao se ouvir a palavra sustentabilidade, já que o termo já foi usado muitas vezes em muitos contextos diferentes, alguns positivos e outros negativos.
Porém, a sustentabilidade é algo de extrema importância, pois inserida nela há meios de preservação do ambiente e logo, métodos para que se possa ter uma qualidade de vida constante e duradoura. Já que mudanças no ambiente, causam mudanças no comportamento e mudanças no comportamento irão causar nos resultados deste comportamento, e assim por diante.
Como exemplo podemos citar o surgimento de combustíveis alternativos aos combustíveis fósseis como uma dessas mudanças. Outro ponto de extrema importância, há o ambiente, em geral, influencia em nosso clima também.
Dave Reay, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, cita em entrevista à BBC sobre o estado do clima global: “O estado do clima global? Perigoso.”
Vamos entender um pouco como o clima, e essas mudanças climáticas repentinas influencia a nossa vida aqui no Brasil, e como nós brasileiros afetamos o clima como um todo. Além de como podemos fazer para evitar que os efeitos causados sejam muito negativos.
Em que as mudanças climáticas afetam o Brasil?
As mudanças climáticas repentinas trazem diversos problemas para o Brasil, tendo que grande parte do rendimento e de espaço do mercado nacional brasileiro vem da exportação de insumos advindos de matéria-prima, para outros países.
Segundo relatórios apresentados pelo Governo Federal, em sua balança comercial de janeiro de 2020 até novembro de 2020, o governo brasileiro movimentou mais de 191 bilhões de dólares em exportação.
Destas exportações, por volta de 65% do valor movido em exportações vem de insumos industriais básicos e elaborados, assim como alimentos básicos e elaborados. Estes que são bens que requerem o uso e exploração de matéria-prima.
Tendo isso em mente, e que no ranking de produtos mais exportados pelo Brasil em 2019, segundo a SECINT, ao menos 4 deles são diretamente afetados pelo clima. Estes sendo, em suas respectivas posições no ranking:
- Soja (1);
- Milho (5);
- Farelo de Soja (derivado da Soja) (9);
- Café (10).
Logo, podemos compreender o quanto o clima consistente e previsível é importante para o desenvolvimento da nossa nação. Podemos considerar também alguns outros efeitos negativos de um clima descontrolado, estes podem levar à ou agravar:
- Enchentes;
- Queimadas;
- Desmoronamentos;
- Doenças respiratórias;
- Tornados;
Então, com estas informações em mente podemos concluir que as mudanças climáticas repentinas ou fortes acabam afetando negativamente o Brasil, seus residentes e a economia do país no geral.
Como o Brasil afeta as mudanças climáticas?
O Brasil, de acordo com estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tem por volta de 211,8 milhões de habitantes. E considerando que muitos cientistas atribuem o aumento da instabilidade climática a ações humanas que impactam negativamente o meio ambiente, o Brasil tem um grande poder para influenciar o clima.
O Brasil em 2015, tendo em visão esse potencial e devido a motivos de política e economia internacional, aderiu ao acordo de Paris, onde se comprometeu a diminuir a emissão de gases de efeito estufa, e a recuperação florestal de 12 milhões de hectares de terra.
O Brasil, também possui alguns dos maiores biomas do mundo em termos de extensão. Sendo que a Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo. E segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) , as florestas e o aumento do plantio de árvores pode frear as mudanças repentinas de clima.
Porém, um problema que vêm ocorrendo bastante são as queimadas que degradam a terra, e contribuem para o aumento de gases de efeito estufa sendo liberados na atmosfera. Estas queimadas atingem diversos biomas e estados brasileiros.
Por exemplo: O estado de Rondônia teve mais de 560 focos de queimada no mês de setembro, enquanto o Pantanal teve cerca de 20 mil focos de incêndio no ano de 2020.
Além das queimadas temos também o desmatamento que, segundo o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), tem expectativa de aumento de por volta de 4 mil quilômetros quadrados quando comparado ao ano de 2019.
Seja isto devido a políticas públicas, a complicações dentro de órgãos reguladores e de pesquisa, ou a alguma construção cultural contemporânea, não é relevante de início. Sabemos que o problema existe, precisamos pensar em uma solução.
Todas estas adversidades citadas levam a um clima descontrolado, que traz junto consigo os problemas descritos no item anterior.
Mas nem tudo é ruim, o Brasil também tem grande potencial para o uso de meios alternativos de geração de energia, com o maior complexo eólico da América Latina e novas usinas de energia solar sendo utilizadas em alguns locais do país.
O que podemos fazer para ajudar?
Bem, parte dos problemas que causam as mudanças climáticas podem ser resolvidas com mudanças sérias de comportamento, como uso de combustíveis alternativos, diminuição do uso de água, e etc.
Outra parte dos problemas não está sob o nosso controle como cidadãos individuais completamente, pois envolvem políticas públicas, política internacional, micro e macroeconomia, dentre outros.
Entretanto, até mesmo nesses casos podemos fazer algo. No aspecto político apoiar candidatos com projetos que tenham sustentabilidade como um dos focos, no aspecto socioeconômico podemos conscientizar e compartilhar informações importantes, podemos apoiar e ajudar ONGs e institutos como voluntários, ou através de doações.
Lembrando que queimadas e desmatamento, afeta também os animais da região e até mesmo os moradores próximos. Então, estes fatores que afetam o clima também afetam as vidas de diversas pessoas e animais.
Seguindo alguns passos simples, podemos todos lutar para melhorar o nosso ambiente e mantê-lo sadio o suficiente para que a nossa qualidade, e até mesmo possibilidade, de vida seja duradoura.
Conscientize, ajude, e apoie, para um amanhã melhor.