O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, anunciou uma parceria para proteger a Amazônia, terras indígenas e pequenos agricultores no Brasil. Além disso, realizou sua primeira viagem à América do Sul, mas sem solo brasileiro na sua agenda.

Projeto ambiental já está vigente na Colômbia

Esse tipo de parceria não é novidade para os Estados Unidos. Aliás, o seu aliado Colônia, já pratica ações para o meio ambiente e possui metas para o clima acima da média. Isso porque, o presidente Ivan Duque promete desmatamento zero até 2030.

O país já perdeu 170 mil hectares de florestas. Mas, o Duque foi elogiado pela sua “liderança excepcional” na visita do secretário americano. Apesar de sua fala ter foco no Brasil, o país não está na sua agenda de visitas, apenas o seu vizinho Equador.

Blinken conversou com o primeiro-ministro brasileiro por telefone e abordou o tema. Bem como, outros assuntos como as questões de imigração, por exemplo.

Objetivo da parceria ambiental americana

Imagem de área desmatada
Imagem de G1

O pacto tem por objetivo fornecer assistência financeira para reduzir a destruição da Amazônia no Brasil. Afinal, o país detém a maior parcela da floresta. Além disso, sofre com a questão há anos, ainda sem uma solução concreta.

Florestas tropicais são muito importantes  para o meio ambiente. Já que tem a capacidade de reter carbono e reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Dos quais, tem origem pela agricultura em escala industrial e queimadas.

Comparado a países como Itália e Espanha, o Brasil supera os índices de desmatamento e emissão de gases. Então, especialistas afirmam que as ações do presidente do país vão de encontro à agricultura em larga escala.

Busca por novas parcerias

O presidente americano Joe Biden, saiu em busca de novos acordos climáticos. Com o objetivo de apresentar na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia.

Em Bogotá, outra nação com recursos americanos, há projetos de incentivo à produção de chocolate. Bem como, estímulo ao turismo, e outras ações que não dependem da extração de madeira. Pretendem atuar no Brasil da mesma forma.

Incentivos para a produção de cacau e turismo também servirão de alternativas econômicas ao desmatamento desordenado. Assim, geralmente impulsionado por commodities. Que tem como resultado as variações climáticas do mundo.

Essas ações também pretendem gerar informações e meios para que as empresas reduzam a sua dependência da destruição florestal.

Joe Biden e Jair Bolsonaro

Quando questionado, em Bogotá, sobre o histórico do presidente brasileiro com relação às práticas voltadas ao meio ambiente, Joe resolveu não se pronunciar a respeito. Além disso, o Brasil ficou fora da primeira visita do secretário à América do Sul.

Acusado de apoiar o agronegócio em áreas florestais, Bolsonaro dedicou parte do seu discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas para informar as ações do seu governo para a proteção do meio ambiente. Porém, especialistas indicam a manipulação dos dados.

Ceticismo de outras nações em relação ao Brasil

Hoje, países como Alemanha, Áustria, Holanda, Bélgica e França fazem parte de um acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Mas, estão céticas com relação a possíveis compromissos com o meio ambiente que venham ser propostos ao governo local.

Corte de verbas pelo Ministério do Meio Ambiente

O Ministério do Meio Ambiente cortou verbas em 2021. Com isso, houve a redução de 27,4% do orçamento destinado ao combate de incêndios florestais. Bem como, o de fiscalizar o meio ambiente.

Em 2020 a Amazônia perdeu 23 milhões de hectares. Ou seja, 17% a mais que o ano anterior. Isso representa o terceiro pior índice registrado nos últimos 20 anos.

Um pouco sobre a Amazônia

Considerada a região de maior biodiversidade, a Amazônia concentra 49,29% da sua extensão no Brasil. Então, é composta pela bacia hidrográfica do Rio Amazonas. Bem como, a floresta Amazônica.

Esse sistema possui mais de 30 milhões de espécies, mas cerca de 17% do seu bioma foi destruído nos últimos 50 anos. Confira a seguir, a lista dos outros países que fazem parte da Amazônia:

  • Venezuela, Suriname e Peru;
  • Guiana e Guiana Francesa;
  • Equador, Colômbia e por fim, Bolívia.

No Brasil são 4.196.943 milhões de quilômetros quadrados, segundo o IBGE. Além disso, conta com mais de 33 milhões de habitantes, dos quais aproximadamente 1,6 são indígenas.

Amazônia e os estados brasileiros

A Amazônia contempla os seguintes estados brasileiros em sua extensão:

  • Tocantins, Maranhão e Mato Grosso;
  • Rondônia, Roraima e Pará;
  • Amazonas, Amapá e por fim, Acre.

Estudos revelam que esse bioma já emite mais gás carbônico do que consegue absorver. Portanto, é importante a sua manutenção e o plantio de novas árvores com urgência. A fim de diminuir o impacto causado pela escassez das chuvas e fotossíntese.

Como funciona o aquecimento global

Dentre as diversas variações no clima do mundo por conta da negligência com o meio ambiente, destaca-se o aquecimento global. Ele é aumento da temperatura dos oceanos e da atmosfera devido a emissão dos gases de efeito estufa.

O resultado desse aumento altera os ciclos naturais do planeta e, por isso, o ritmo das estações do ano. Além disso, mudança das correntes marinhas, degelo das calotas polares, enchentes ou secas ocorrem.

Tem origem em uma série de ações humanas como a extração de árvores. Assim como, a queima de combustíveis fósseis, mudanças no uso da terra, entre outros. A ONU acompanha essas mudanças por meio do IPCC e traça um panorama até 2100.

Postura do governo afasta ajuda financeira internacional

Em abril deste ano, Bolsonaro participou da Cúpula de Líderes sobre o clima. O gestor pediu ajuda para que outros participantes custeassem ações que visam a preservação do meio ambiente. Principalmente, a Amazônia.

O presidente brasileiro entende que as nações de primeiro mundo são os maiores fatores de problemas do meio ambiente. Ainda mais ligados à emissão de carbono e aquecimento global. Por isso, devem viabilizar iniciativas que gerem benefícios à floresta e à população.

Em dois anos de governo de Bolsonaro nenhuma nação reconheceu um avanço considerável no que tange preservar a Amazônia. Ao contrário, há especulações sobre o incentivo ao agronegócio em florestas e agricultura em massa.

O pacto da Amazônia e o Acordo de Paris

A proposta do pacto é ampliar os compromissos firmados no Acordo de Paris. Ele tem a finalidade de fazer com que os 196 países participantes tomem medidas para reduzir a temperatura do planeta em 100 anos.

Por fim, a meta está distante de ser cumprida, ou seja, a impedir o aumento de 1,5ºC a considerar o cenário global. Mas, nações como os Estados Unidos se mantêm firmes no propósito.