De modo genérico, fogo, com raras exceções, é fruto da ação humana. Ou seja, alguém incendiou o meio-ambiente, foi uma ignição humana proposital ou acidental. Neste ano, o número de focos de incêndios no Pantanal e na Amazônia bateu recorde.
Segundo Paulo Motinho, cientista com doutorado em ecologia, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), assevera que, na maioria das vezes, os incêndios acontecem em zonas abertas de pasto e áreas que são devastadas na época de chuva:
O número de incêndios no Pantanal do Mato Grosso do Sul teve aumento de 5,2% em apenas seis dias, segundo dados divulgados pelos Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) Prevfogo e Laboratório de aplicações de satélites ambientais (LASA/UFRJ).
O período de análise desses dados foi do dia 27 de setembro ao dia 03 de outubro deste ano. Até o dia 03, cerca de 2.000.000 de hectares tinham sido devastados no Pantanal. Ao acrescentar a área devastada em Mato Grosso do Sul (MS), o número chega a quatro milhões de hectares.
De acordo com o Ibama Prevfogo, os focos de incêndios na região já duram mais de dois meses e a área desmatada representa cerca de 30% do bioma. Algumas equipes têm empreendidos esforços na região a fim de evitar que o fogo se alastre ainda mais.
Desde o mês de janeiro, o Inpe já computou cerca de 20 mil focos de incêndio no Pantanal. Esse número já ultrapassou todo o ano de 2019, que foi um valor de 10.025 focos. Com isso, houve aumento de cerca de 50%, se comparado ano anterior.
Segundo estudo feito pelo Instituto Centro de Vida (ICV), 33 mil focos de incêndios ocorridos em Mato Grosso se deram em épocas proibitivas de queimadas (entre julho e setembro).
Por outro lado, através do levantamento de dados realizado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) foi constatado que as chuvas diminuíram 50% na região, se comparadas às médias históricas.
- Para furto de madeira;
- Aumento das pastagens;
- Aumentos das áreas de plantio;
- Ou aumento da atividade mineradora.