Os encontros climáticos ou conferências ambientais acontecem de tempos em tempos e reúnem diversos países, que discutem questões sobre o meio ambiente. Veja aqui algumas delas, além de saber como está o acordo entre Brasil e EUA na proteção à Amazônia.
Entenda o que são as conferências ambientais
Logo após a Revolução Industrial, bem como a Segunda Guerra Mundial, o mundo parou para olhar de modo mais atento para o planeta.
Vários pesquisadores e cientistas iniciaram diversos estudos sobre o meio ambiente. Dessa forma, chegaram à conclusão de que o ser humano estava impactando o mesmo de forma negativa.
Para frear os danos e impedir prejuízos piores, os líderes de vários países se organizaram, a fim de criar planos que estimulasse o crescimento da economia, mas sem afetar a natureza e sua integridade.
O objetivo é desenvolver-se de modo econômico e também sustentável. Assim, esses encontros acabam em acordos e resoluções internacionais, logo a seguir você vai acompanhar um resumo sobre cada um deles.
Conferência de Estocolmo
Esta foi a primeira de todas e aconteceu em 1972, na Suécia. Na época, 113 países participaram e o debate teve como tema central a poluição hídrica e atmosférica.
O constante crescimento populacional começava a gerar preocupação. Como resultado, isso colocava ainda mais pressão sobre o uso dos recursos naturais.
Protocolo de Montreal
Aqui realmente aconteceu o primeiro acordo ambiental entre 197 países. Após cerca de 15 anos desde o primeiro encontro, um documento foi assinado com o objetivo de reduzir a emissão de gases CFC, responsáveis por diminuir a camada de ozônio do planeta.
ECO 92
Um novo encontro climático com sede no Rio de Janeiro aconteceu no ano de 1992. Dessa forma, nesse grande evento foi criado o conceito chamado de desenvolvimento sustentável.
Que é uma maneira de suprir as demandas do presente sem, no entanto, comprometer as necessidades das gerações futuras. Por outro lado, outra ideia firmada na ECO 92 foi a seguinte:
- Países desenvolvidos são os maiores causadores da poluição no mundo;
- As nações em desenvolvimento não têm recursos para preservar o meio ambiente;
- Logo, precisam de investimento e tecnologias vindos dos países industrializados.
Nos momentos finais do encontro, formulou-se a Agenda 21 com alguns parâmetros, a fim de aliar economia, proteção ambiental e justiça para todos.
RIO +10
No ano de 2002, foi a vez de Joanesburgo receber o encontro climático entre os países. Dessa maneira, o propósito desta conferência era analisar os avanços de cada nação que participou da ECO 92.
Confira, então, o que se estabeleceu na pauta do Rio +10:
- Discutir de novo a Agenda 21;
- Achar meios para colocá-la em ação;
- Criar responsabilidade ambiental nos cidadãos.
Protocolo de Kyoto e Copenhague
Esse foi um tratado internacional, com a missão de reduzir a emissão dos gases de efeito estufa. Portanto, o objetivo era diminuir para que chegasse ao patamar do que era emitido em 1990.
Já em dezembro de 2009, na Dinamarca, aconteceu o Encontro Climático de Copenhague. Ali um novo acordo seria firmado entre os países, a fim de substituir o de Kyoto, com ações mais práticas para reduzir as emissões de CO₂ e parar o aquecimento global.
A conferência, no entanto, não teve o final esperado, pois todos chegaram a um impasse, por conta das opiniões divergentes entre as nações desenvolvidas e as subdesenvolvidas.
O Acordo de Paris
Em 2015, 195 países se reuniram na França para criar um novo tratado. Assim, ficou combinado que os mesmos diminuiriam as emissões de gases CFC, além disso, manteriam o aumento da temperatura do planeta inferior a 2 ºC pelos anos seguintes.
O Brasil nesse caso se comprometeu a reduzir a poluição e recuperar 12 milhões de hectares de florestas, a fim de combater o aquecimento global.
Cúpula da Ambição Climática 2020
O Brasil não participou desta reunião, que foi feita com o objetivo de avaliar a evolução das metas combinadas no Acordo de Paris.
Em 2015, o desmatamento no país chegou a 6 mil km². Cinco anos depois, a taxa de desmate atingiu 11 mil km², ou seja, quase o dobro. Por outro lado, a emissão de CO₂ ao invés de diminuir, aumentou 10%.
Acordo entre Brasil e EUA sobre o desmatamento na Amazônia
Esse pacto, com o intuito de diminuir o desmate na maior floresta do mundo, chegou a um impasse em abril de 2021, uma semana antes da Cúpula do Clima, por questões financeiras.
O governo brasileiro pediu um adiantamento para os EUA, a fim de melhorar a proteção na Amazônia e também para criar projetos de sustentabilidade na área.
A nação de Biden, no entanto, negou e insistiu em ver resultados sólidos antes de enviar a verba para o combate ao desmatamento. Mesmo depois de muitos encontros entre os países, nenhum acordo se estabeleceu.
Brasil pede 1 bilhão de dólares para reduzir o desmatamento na Amazônia
Esse foi o pedido do governo brasileiro ao norte-americano: 1 bilhão de dólares para diminuir o desmate de 30% a 40% em até um ano.
Sem esse dinheiro, o país não conseguiria contribuir muito para as metas de mudanças climáticas. Afinal, a situação econômica do mesmo enfrenta dificuldades.
Até o momento, os americanos foram firmes em seus argumentos, frisando que só realizariam o pagamento diante de amostras sólidas do comprometimento do Brasil. Aliás, vale destacar que algumas dessas provas seriam:
- Queda no nível de desmatamento na Amazônia;
- Melhoria nas operações das agências
Cúpula do Clima
Em 22 de abril de 2021, no Dia da Terra, houve uma nova reunião entre países, incluindo o Brasil.
O presidente do mesmo, Jair Bolsonaro, fez um discurso onde se comprometeu a dobrar os esforços na fiscalização ambiental. Além disso, voltou a pedir verba aos países internacionais, a fim de custear a proteção da floresta Amazônica.
A atuação do Brasil, no entanto, tem sido questionada no exterior, por causa dos recordes de desmate e da falta de uma política severa de repressão ao desmatamento.
O país sempre foi um dos protagonistas nessas agendas ambientais, por sempre ter assumido a liderança, bem como por ter a maior parte da Amazônia.
Nos últimos anos, entretanto, esse cenário tem mudado, com o país perdendo cada vez mais hectares da maior floresta do mundo e tendo poucas iniciativas do governo e dos órgãos ambientais para reverter a situação ambiental no Brasil.