Condições da Amazônia permitem que peixes gigantes possam se desenvolver

O ambiente nutritivo favorece o surgimento dos gigantes, que estão desaparecendo por causa da ação humana             

 

A região amazônica tem a maior biodiversidade do mundo e possui diversas particularidades. O bioma apresenta uma vegetação densa, a fauna e flora são diversificadas. A floresta também tem rios extensos e de extrema importância para o país.

O bioma da Amazônia corresponde a 49% do território brasileiro. Porém, não é só isso que chama atenção. A região tem a maior bacia hidrográfica e a maior floresta tropical do mundo, que ajudam a manter o equilíbrio ambiental do Planeta. Por todas essas características e importância, a preservação torna-se mais do que necessária.

Entretanto, o que vemos é o contrário do que se deveria fazer. Os altos índices de desmatamento têm prejudicado a floresta, os animais terrestres e os peixes. A exploração e a pesca predatória têm levado ao desaparecimento de muitas espécies, inclusive dos famosos peixes bagres, gigantes dos rios amazônicos.

Por que há peixes gigantes na Amazônia?

Imagem de homem carregando peixa
Imagem de Pinterest

Pirarucu e Dourada são uma das espécies gigantes que podem ser encontradas nas águas doces dos rios amazônicas. Muito apreciados na culinária, esses peixes têm um motivo para serem grandes. A Amazônia oferece condições que permitem o desenvolvimento desses gigantes, embora estejam cada vez mais sumidos.

Um dos motivos para os peixes gigantes é a mistura das águas do rio e do oceano, conhecido como estuários. O fenômeno é definido como um corpo de água semi fechado localizado no limite entre o continente e o oceano

Os estuários são muito produtivos. Isso porque os rios oferecem grandes quantidades de nutrientes. Já as ondas e marés ajudam a manter a água bem oxigenada e agitam o sedimento, suspendendo nutrientes e matéria orgânica do fundo. A região costeira oferece muitos recursos pesqueiros, geralmente muito explorados pela pesca comercial. As condições abióticas da área são propícias para a variedade de espécies.

É um ambiente nutritivo e que favorece o surgimento dos peixes tipo bagre. Só para ter ideia, muitos desses animais podem passar dos 2 metros de comprimento e pesar mais de 200 quilos.

Cadê os peixes?

Assim como as florestas, os rios amazônicos são ricos em diversidade e a sua bacia hidrográfica abriga cerca de 3 mil tipos de peixes. Mas muitas dessas espécies estão ameaçadas por diversos motivos.

De acordo com o professor de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Carlos Freitas, há muitos fatores para o desaparecimento dos peixes, como pesca predatória, captura de peixes jovens ou durante a reprodução, quando a pesca é proibida. A sobrepesca, feita de forma desenfreada e insustentável, é uma das maneiras mais predatórias e que exterminam várias espécies.

As hidrelétricas também são um problema na Amazônia. A construção desses equipamentos ameaça os estoques de peixes dos rios, entre eles os bagres e outros tipos.

Todas as ações humanas têm contribuído para o sumiço de pequenos peixes, tanto quanto dos gigantes fluviais, causando um grande problema para os pescadores locais, que dependem da pesca para sobreviverem.

Uma pesquisa realizada pela revista "Fisheries Research", as hidrelétricas são as maiores responsáveis pelo sumiço dos gigantes fluviais. Somente em Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira (RO), a construção energética fez reduzir drasticamente os peixes amazônicos, impactando especialmente os migradores, como a Dourada.

De acordo com os dados do estudo, entre os anos de 1995 e 2009, houve uma queda de 74% no número de pescas da Dourada e de 63% dos peixes migratórios de longa distância.

Para o professor Carlos Freitas, as hidrelétricas causam impactos imensuráveis nos ecossistemas da Amazônia. Na sua opinião, o sistema deveria ser proibido em rios da região, evitando o sumiço dos peixes gigantes.

Freitas explica que a "piscina" construída ao lado das hidrelétricas, para que os peixes migratórios continuem o seu percurso, não são soluções viáveis para os bagres. Isso porque, os gigantes como o Piraíba e Dourada não conseguem saltar para escalar os degraus, dificultando o seu trajeto natural.

A pesca predatória também é um dos causadores do desaparecimento de peixes como o Pirarucu. A pesca sustentável ajudaria a tirar essa espécie do perigo da extinção e continuaria a fazer parte da economia local.

Então, reforçando as principais causas para o desaparecimento dos peixes gigantes são:

  • Construção de hidrelétricas;
  • Pesca predatória;
  • Desequilíbrio ambiental;
  • Sobrepesca.

Aplicativos para encontrar bagres

Mesmo com todos os problemas ocasionados com a exploração predatória da floresta e pelas ações humanas desastrosas, pesquisadores encontraram uma maneira de registrar aparições dos peixes gigantes que vivem nas águas da Amazônia.

Cientistas brasileiros e da América Latina desenvolveram o aplicativo Ictio, que é capaz de localizar os bagres. O registro dos peixes é realizado não apenas na natureza, mas no mercado. Os dados ajudam os estudiosos a entenderem mais sobre o sumiço das espécies, encontrando soluções para evitar o desaparecimento total.

O estudo também conta com o apoio de pescadores, que ao lado dos pesquisadores já conseguiram registrar mais de 7 mil peixes gigantes. O aplicativo ajuda na preservação e os dados fornecidos por ele devem ser utilizados para propor manejo das espécies de maneira mais consciente.


Por que a biodiversidade da floresta amazônica é tão importante para o mundo

Considerada o pulmão do mundo, a Amazônia representa equilíbrio ambiental e preservação da vida humana

A Amazônia é uma floresta essencial não só para o Brasil, mas para o mundo. A sua destruição representa o desequilíbrio ambiental que ameaça a sobrevivência da humanidade e do Planeta.

Um dos papéis fundamentais da floresta amazônica é estabilizar o clima global, influenciar o regime de chuvas e levar umidade para toda a América do Sul. Além disso, a biodiversidade garante a sustentabilidade natural para todas as espécies de fauna e flora. Além disso, o Rio Amazonas é responsável por quase um quinto das águas doces que desaguam nos oceanos no mundo.

Chuvas para a América do Sul

O regime de chuvas é provocado pela umidade da floresta tropical, produzindo imensas quantidades de água. Conhecida9 como “rios voadores”, a água gerada pela evapotranspiração influencia nas chuvas do Brasil e demais países da América do Sul, como Bolívia, Argentina, Uruguai e extremo sul do Chile. No Brasil, a Bacia Amazônica leva umidade para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Com base em vários estudos, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia constatou que apenas uma árvore com copa de 10 metros de diâmetro bombeia cerca de 300 litros de água em forma de vapor por dia na atmosfera. Isso é mais que o dobro da água usada diariamente por um brasileiro.

Já uma árvore com copa de 20 metros de diâmetro evapora mais de 1.000 litros por dia. Essa quantidade de água é suficiente para gerar chuva suficiente para irrigar lavouras, encher rios e represas. O alto índice de desmatamento e de queimadas tem prejudicado o regime de chuvas. Não à toa, o país já vive a sua pior seca em 91 anos.

Emergência hídrica

A crise hídrica já ameaça o fornecimento de energia no país, causando risco de apagão. O governo federal emitiu um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro para cinco estados, entre eles São Paulo.

Como principais causas estão:

  • Desmatamento da Amazônia;
  • Aquecimento global;
  • O fenômeno La Niña.

A falta de chuvas também influencia na qualidade da lavoura, causando impactos negativos na agropecuária. Segundo o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), o déficit de chuvas é considerado severo e ameaça o agronegócio brasileiro.

Esse é um dos vários motivos para preservar a floresta tropical brasileira. Caso isso não ocorra, a produção de alimentos e de energia no Brasil pode estar em perigo. O efeito em cadeia é inevitável.

O desmatamento afeta a rota dos rios e, consequentemente, afeta o regime de chuvas no restante do país, comprometendo atividades econômicas. Ao afetar a economia, problemas sociais são intensificados, como a fome e a desigualdade social.

Imagem de sapo na chuva segurando folha
Imagem de Envolverde

Mudanças climáticas

As florestas tropicais, inclusive a Amazônia, são responsáveis pelo armazenamento de 90 bilhões a 140 bilhões de toneladas métricas de carbono. A ação dos biomas é importante porque estabiliza o clima em todo o mundo. Enquanto isso, as florestas degradadas são as maiores fontes de emissões de gases do efeito estufa. Elas perdem apenas para a queima de combustíveis fósseis.

Para reter e armazenar carbono, as florestas precisam estar saudáveis, ou seja, preservadas. Porém, a intervenção humana tem levado a Amazônia a uma devastação desenfreada. Não só o desmatamento contribui para o aumentar as emissões de gases do efeito estufa, mas também o uso agrícola e a extração de madeira colaboram para desestabilizar o clima.

Pensando em uma maneira de ajudar na preservação de ecossistemas, diversos países se uniram para firmar o Acordo de Paris, em 2015. Uma das principais finalidades é impedir que a temperatura média do planeta não suba além de 2º C. Mas isso depende muito da preservação das florestas.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), já em 2015, o Brasil estava entre os dez países que mais emitem gases do efeito estufa no mundo. A contribuição brasileira à atmosfera representa 2,48% das emissões dos gases.

Para tentar resolver o problema, o governo brasileiro se comprometeu a reduzir em 43% as emissões de gases do efeito estufa até 2030. Para isso, seria necessário:

  • Aumentar a participação de energia sustentável em sua matriz energética;
  • Reflorestar 12 milhões de hectares de florestas;
  • Fortalecer políticas e medidas com o objetivo de zerar até 2030 o desmatamento ilegal na Amazônia Legal;
  • Compensação das emissões de gases de efeito estufa provenientes da supressão legal da vegetação até 2030.

Embora o país tenha se comprometido internacionalmente com a preservação do meio ambiente, nada foi feito com esse objetivo. Muito pelo contrário. O que se vê é o desmatamento crescente, invasão de terras públicas, queimadas e perseguição aos povos indígenas.

Por que preservar?

A biodiversidade da floresta amazônica é essencial para o equilíbrio ambiental do planeta. Até o momento, pouco se conhece sobre as milhares de espécies presentes nesse bioma. O que sabemos é que se não garantirmos a preservação da floresta tropical, prejudicamos a sustentabilidade natural de todas as formas de vida existentes na região e de outros ecossistemas que dependem da Amazônia.

Por exemplo, o recife de corais da Amazônia, entre a foz do Amazonas e o Caribe, serve como refúgio para corais ameaçados pelo aquecimento global. Destruí-los significa riscos de degradação dos oceanos.

A agricultura também é beneficiada com a biodiversidade da Amazônia. Áreas plantadas com florestas saudáveis em seu entorno são mais ricas de polinizadores. Plantações de alimentos, como café, milho e soja dependem da polinização para terem qualidade.

Por essas e outras razões, a biodiversidade da Amazônia deve ser preservada. Disso depende qualquer meio de vida, inclusive dos humanos.


Seca é faísca para queimadas

O período de seca no Brasil é um dos mais alarmantes em relação às queimadas, que aumentam nessa época por causa do clima e suas consequências. Saiba mais!

A época de queimadas no Brasil é também um período preocupante. O tempo seco, que é característico da estação do Outono, que ocorreu este ano de 20 de março a 21 de junho, aumenta as expectativas em relação ao número de queimadas. Afinal, com a desaceleração do clima chuvoso, os focos de incêndio crescem.

Isso acontece por causa da redução da água no solo, aumento da poluição, mudança brusca na climatização, tornando o ar bem mais seco e, consequentemente, em razão do maior foco de incêndio. No entanto, o Brasil é um país que independe de estação para o aumento das queimadas, já que segue com números alarmantes o ano todo.

Ou seja, embora a preocupação cresça nesse período, trata-se de uma situação que deve ser considerada durante o ano inteiro para que ações sejam traçadas e as queimadas combatidas. Mato Grosso é o estado que segue na liderança de queimadas este ano.

Continue lendo e compreenda melhor como a seca influencia no aumento do foco de incêndio no Brasil.

Como o clima influencia nos focos de incêndio

Para contextualizar, as queimadas podem ser definidas como fenômenos naturais que ocorrem em áreas secas que contenham vegetação, onde o clima pode se encontrar mais árido ou semiárido. O fato ocorre por meio do vento e da baixa umidade, que pode levantar fagulhas naturalmente e causar focos de incêndio. Em vários casos, o evento pode se expandir proporcionalmente e se tornar catastrófico.

Nas regiões do Cerrado, por exemplo, o segundo maior bioma da América do Sul, os focos de queimadas naturais podem surgir com grande proporção durante os períodos de estiagem, no inverno, que vai de julho a setembro. Inclusive, o Dia do Cerrado acaba sendo celebrado no momento que, normalmente, é mais crítico para a região, em 11 de setembro.

Vale dizer também que existem as queimadas artificiais, que são provocadas pelo ser humano, quando este ateia fogo em áreas de vegetação propositalmente, como acontece no caso do desmatamento. Trata-se de uma ação com altos riscos, já que o vento pode ser alterado e levar faíscas para outras áreas, aumentando os focos.

Os elementos do clima que mais estimulam o fogo são referentes a radiação (nebulosidade), umidade relativa do ar, temperatura e pressão atmosférica e também a pluviosidade. Além disso, a direção e velocidade dos ventos são o que acarreta na propagação dos focos.

Isso significa dizer que a ocorrência de incêndio em áreas naturais precisam de fatores climáticos propícios, como:

  • níveis baixos de umidade do ar (inferior a 60%);
  • alta temperatura atmosférica (superiora 28ºC);
  • fonte de ignição (de origem antrópica ou natural, ou seja, por eventos que contenham a interação humana ou quando ocorrem naturalmente).

O mais significativo de toda a situação quanto ao aumento de focos de incêndio nas vegetações florestais é que o número elevado acaba sendo consequência tanto do clima seco quanto das ações humanas, evidenciando o agravamento nos períodos de inverno, que está ocorrendo neste momento.

Dados sobre as queimadas naturais no Brasil

imagem de chão seco

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até 2019, houve uma média de 5,6 mil queimadas registradas nos últimos 20 anos, entre os meses de junho a setembro em Minas Gerais. E nos quatro primeiros meses deste ano, o estado mineiro registrou 497 focos de incêndio, 38,4% a mais do que em 2020.

Mas, a região mineira não foi a única a apresentar alarme quanto a isso: nos três primeiros meses de 2020, foram mais de 2500 queimadas no estado do Mato Grosso. E apesar de, neste ano ter havido 48% de redução no número de focos, de acordo com o Inpe, o estado segue liderando o ranking, com 1200 focos desde o começo de 2021 até agora.

Logo atrás do estado mato-grossense está a região baiana, que vem em segundo lugar do ranking atual de queimadas naturais. A Bahia sofreu aumento de 71% com relação ao mesmo período de 2020, entre janeiro e março, em que registrou 382 focos, sendo 654 este ano.

A temporada seca no Brasil também já começou batendo recorde de queimadas e devastação em regiões de concentração do bioma brasileiro, como Amazônia e Cerrado. Em maio, os focos de incêndio nessas regiões foram tão altos que ultrapassaram o maior já existente, lá de 2007.

Inclusive, o período superou também maio de 2020, que havia registrado o maior recorde de queimadas em uma década, o que chamou a atenção da imprensa internacional. No Brasil, as queimadas se tornam muito mais intensas a partir de junho, atingindo o ápice em agosto e setembro.

Unindo isso à situação do desmatamento na Amazônia, que segue batendo recorde período após período, a floresta pede socorro. Somente no mês de maio, foram devastados 1.180 km² da região, um aumento de 44% comparando com o mesmo mês em 2020, em que foram somados 645 km² de desmatamento.

Ou seja, maio foi um mês difícil, pois o Cerrado também obteve alta de queimadas, somando 2.649 focos de incêndio registrados, um total de 87% maior que o registrado no mesmo mês em 2020.

Por fim, os focos de queimadas no Brasil são ainda mais alarmantes em relação aos números já registrados somente nos cinco primeiros meses de 2021: uma soma de 15.492. Os próximos meses devem ser de extremo cuidado e vigilância, uma vez que a expectativa não é das melhores para as regiões vítimas desses eventos.


Vice-presidente levará 3 mil soldados para combater desmatamento na Amazônia

O desmatamento na Amazônia já registrou destruição em uma área quatro vezes maior que o tamanho da cidade de Nova York. Conheça as ações de combate!

As últimas notícias sobre a situação na Amazônia seguem sendo alarmantes. Só no primeiro semestre deste ano, o desmatamento cresceu 17% na região, fato este que foi influenciado pela derrubada de 3610 quilômetros quadrados de floresta. Em comparação com o mês de junho de 2020, o mesmo período do cenário atual obteve 1,8% de aumento na destruição.

Para os especialistas, o caso evidencia um sinal preocupante, já que o Brasil está mais próximo da alta na temporada de seca. A estimativa é que os meses de agosto e setembro sigam sendo o período em que os incêndios alcançam o ápice mais crítico.

Diante desse cenário, o vice-presidente Mourão decidiu organizar uma coletiva de soldados para ações de apoio e combate ao desmatamento na Amazônia. O evento foi batizado como “Operação Samaúma” para marcar a nova iniciativa militar. Continue lendo e entenda mais sobre essa manifestação do governo.

Atualização sobre o desmatamento da Amazônia

A Amazônia Legal é uma região correspondente a 59% do território brasileiro., abarcando 8 estados:

  • Acre;
  • Amapá;
  • Amazonas;
  • Mato Grosso;
  • Pará;
  • Rondônia;
  • Roraima;
  • Tocantins;
  • parte do Maranhão.

É uma área que vem sofrendo um processo de desmatamento por inúmeros motivos, como: exploração de madeira ilegal, desastres naturais, mineração, atividades agrícolas e urbanização. A remoção de árvores por meio de  corte e as queimadas são as duas principais formas de desmatar a Amazônia.

Segundo o Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais até 2020 foram desmatados 729.781,76 km2 do Bioma Amazînco e na Amazônia Legal o montante chegou a 813.063,44 km2. O Inpe vem desde 1988 produzindo estimativas do nível de desmatamento da Amazônia Legal.

Uma das taxas mais recentes evidenciou que o nível de desflorestamento da região subiu 17% de janeiro até junho deste ano, resultando em uma maior área em alerta dentro de 6 anos. A taxa equivale a quatro vezes mais o tamanho da cidade de Nova York, no Maranhão, que, de acordo com o IBGE, possui 978,340 km².

Em junho, 1.062 km² estavam sob alarme de desmate, sendo considerado o quarto mês consecutivo a evidenciar recorde histórico nos níveis de destruição mensal, ultrapassando o recorde de junho de 2020, que chegou a 1.043 km² de área em alerta. Além disso, a floresta amazônica teve uma alta no número de focos de queimadas, resultando no maior período dessa condição em 14 anos.

O desmatamento e os soldados de Mourão

Imagem de soldado em barco na amazônia
Imagem BBC

A liderança de Bolsonaro não tem sido vista como efetiva no que tange o combate aos focos de queimadas na floresta. Desde que assumiu o governo, os níveis de desmatamento subiram, visto que o presidente incentiva atividades agrícolas em áreas protegidas.

Segundo a rede do Observatório do Clima (OC), os índices indicam que o desmatamento anual, medido de agosto a julho, deve ultrapassar pela terceira vez consecutiva a marca de 10 mil km² de destruição, algo que não acontecia desde o ano de 2008.

Diante disso, recentemente o vice-presidente Hamilton Mourão, que também preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, prometeu 12% de queda no desmatamento da Amazônia em ação militar. A Operação Samaúma visa levar 3 mil soldados militares à região para que atuem em combate a essa situação.

Sem informar demais detalhes dos custos da nova ação, o plano é que o grupo permaneça na floresta até o fim de agosto, com possibilidade de prorrogação se assim o governo julgar necessário. Segundo o vice-presidente, os militares têm impedido o avanço dos crimes na floresta.

"Nós vínhamos numa trajetória muito boa até o final do mês de abril. Após a saída das Forças Armadas, houve um aumento significativo do desmatamento, principalmente no mês de maio. Os índices foram bem elevados", disse Mourão.

Nesse período, que foi nos primeiros meses deste ano, o vice-presidente planejou ações com foco em 11 municípios críticos, que, segundo Mourão, concentravam 70% dos crimes ambientais, sendo distribuídos em quatro estados. Essa operação custou entre R$400 milhões e R$410 milhões e os municípios em estado crítico foram:

  • Pará - Itaituba, Rurópolis, Portel, Pacajá, São Félix do Xingu, Altamira e Novo Progresso;
  • Amazonas - Apuí e Lábrea;
  • Rondônia - Porto Velho;
  • Mato Grosso - Colniza.

Em relação a isso, Mourão afirmou que logo que os militares retornaram da Amazônia, no fim de abril, o desmatamento sofreu aumento. No entanto, é importante observar que foi o período em que as chuvas cessaram, o que, naturalmente, ocasionou em mais criminosos nas áreas protegidas.

Desta vez, as forças armadas devem atuar nos estados do Amazonas, Rondônia, Pará e Mato Grosso, focando em 26 municípios:

  • Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré e Novo Aripuanã (Amazonas);
  • Apiacás, Aripuanã, Colniza, Cotriguaçu, Marcelândia, Nova Bandeirantes, Peixoto de Azevedo e Paranaíta (Mato Grosso);
  • Altamira, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, São Félix do Xingu e Trairão (Pará);
  • Candeias do Jamari, Cujubim, Itapuã do Oeste, Machadinho D’Oeste e Porto Velho (Rondônia).

Ações em outras áreas só poderão ocorrer com pedido do governador do estado ao presidente da República, como no caso de Rondônia. Desde 2019, 2 operações das Forças Armadas ocorreram na Amazônia, chamadas de Verde Brasil 1 e 2. A última foi a de abril.

Por fim, Mourão também disse que o objetivo é que todas as agências possam colaborar sinergicamente nesse processo, pois o intuito é que se possa chegar ao final de julho com redução de 1 mil quilômetros quadrados de desflorestamento.


Os encontros climáticos e a preservação ambiental

Os encontros climáticos ou conferências ambientais acontecem de tempos em tempos e reúnem diversos países, que discutem questões sobre o meio ambiente. Veja aqui algumas delas, além de saber como está o acordo entre Brasil e EUA na proteção à Amazônia.

Entenda o que são as conferências ambientais

Logo após a Revolução Industrial, bem como a Segunda Guerra Mundial, o mundo parou para olhar de modo mais atento para o planeta.

Vários pesquisadores e cientistas iniciaram diversos estudos sobre o meio ambiente. Dessa forma, chegaram à conclusão de que o ser humano estava impactando o mesmo de forma negativa.

Para frear os danos e impedir prejuízos piores, os líderes de vários países se organizaram, a fim de criar planos que estimulasse o crescimento da economia, mas sem afetar a natureza e sua integridade.

O objetivo é desenvolver-se de modo econômico e também sustentável. Assim, esses encontros acabam em acordos e resoluções internacionais, logo a seguir você vai acompanhar um resumo sobre cada um deles.

Conferência de Estocolmo

Esta foi a primeira de todas e aconteceu em 1972, na Suécia. Na época, 113 países participaram e o debate teve como tema central a poluição hídrica e atmosférica.

O constante crescimento populacional começava a gerar preocupação. Como resultado, isso colocava ainda mais pressão sobre o uso dos recursos naturais.

Protocolo de Montreal

Aqui realmente aconteceu o primeiro acordo ambiental entre 197 países. Após cerca de 15 anos desde o primeiro encontro, um documento foi assinado com o objetivo de reduzir a emissão de gases CFC, responsáveis por diminuir a camada de ozônio do planeta.

ECO 92

Um novo encontro climático com sede no Rio de Janeiro aconteceu no ano de 1992. Dessa forma, nesse grande evento foi criado o conceito chamado de desenvolvimento sustentável.

Que é uma maneira de suprir as demandas do presente sem, no entanto, comprometer as necessidades das gerações futuras. Por outro lado, outra ideia firmada na ECO 92 foi a seguinte:

  • Países desenvolvidos são os maiores causadores da poluição no mundo;
  • As nações em desenvolvimento não têm recursos para preservar o meio ambiente;
  • Logo, precisam de investimento e tecnologias vindos dos países industrializados.

Nos momentos finais do encontro, formulou-se a Agenda 21 com alguns parâmetros, a fim de aliar economia, proteção ambiental e justiça para todos.

RIO +10

No ano de 2002, foi a vez de Joanesburgo receber o encontro climático entre os países. Dessa maneira, o propósito desta conferência era analisar os avanços de cada nação que participou da ECO 92.

Confira, então, o que se estabeleceu na pauta do Rio +10:

  • Discutir de novo a Agenda 21;
  • Achar meios para colocá-la em ação;
  • Criar responsabilidade ambiental nos cidadãos.

Protocolo de Kyoto e Copenhague

Esse foi um tratado internacional, com a missão de reduzir a emissão dos gases de efeito estufa. Portanto, o objetivo era diminuir para que chegasse ao patamar do que era emitido em 1990.

Já em dezembro de 2009, na Dinamarca, aconteceu o Encontro Climático de Copenhague. Ali um novo acordo seria firmado entre os países, a fim de substituir o de Kyoto, com ações mais práticas para reduzir as emissões de CO₂ e parar o aquecimento global.

A conferência, no entanto, não teve o final esperado, pois todos chegaram a um impasse, por conta das opiniões divergentes entre as nações desenvolvidas e as subdesenvolvidas.

O Acordo de Paris

Em 2015, 195 países se reuniram na França para criar um novo tratado. Assim, ficou combinado que os mesmos diminuiriam as emissões de gases CFC, além disso, manteriam o aumento da temperatura do planeta inferior a 2 ºC pelos anos seguintes.

O Brasil nesse caso se comprometeu a reduzir a poluição e recuperar 12 milhões de hectares de florestas, a fim de combater o aquecimento global.

Cúpula da Ambição Climática 2020

O Brasil não participou desta reunião, que foi feita com o objetivo de avaliar a evolução das metas combinadas no Acordo de Paris.

Em 2015, o desmatamento no país chegou a  6 mil km². Cinco anos depois, a taxa de desmate atingiu 11 mil km², ou seja, quase o dobro. Por outro lado, a emissão de CO₂ ao invés de diminuir, aumentou 10%.

Acordo entre Brasil e EUA sobre o desmatamento na Amazônia

Imagem de pessoas segurando uma réplica do planeta terra
Imagem de Mata Nativa

Esse pacto, com o intuito de diminuir o desmate na maior floresta do mundo, chegou a um impasse em abril de 2021, uma semana antes da Cúpula do Clima, por questões financeiras.

O governo brasileiro pediu um adiantamento para os EUA, a fim de melhorar a proteção na Amazônia e também para criar projetos de sustentabilidade na área.

A nação de Biden, no entanto, negou e insistiu em ver resultados sólidos antes de enviar a verba para o combate ao desmatamento. Mesmo depois de muitos encontros entre os países, nenhum acordo se estabeleceu.

Brasil pede 1 bilhão de dólares para reduzir o desmatamento na Amazônia

Esse foi o pedido do governo brasileiro ao norte-americano: 1 bilhão de dólares para diminuir o desmate de 30% a 40% em até um ano.

Sem esse dinheiro, o país não conseguiria contribuir muito para as metas de mudanças climáticas. Afinal, a situação econômica do mesmo enfrenta dificuldades.

Até o momento, os americanos foram firmes em seus argumentos, frisando que só realizariam o pagamento diante de amostras sólidas do comprometimento do Brasil. Aliás, vale destacar que algumas dessas provas seriam:

  • Queda no nível de desmatamento na Amazônia;
  • Melhoria nas operações das agências

Cúpula do Clima

Em 22 de abril de 2021, no Dia da Terra, houve uma nova reunião entre países, incluindo o Brasil.

O presidente do mesmo, Jair Bolsonaro, fez um discurso onde se comprometeu a dobrar os esforços na fiscalização ambiental. Além disso, voltou a pedir verba aos países internacionais, a fim de custear a proteção da floresta Amazônica.

A atuação do Brasil, no entanto, tem sido questionada no exterior, por causa dos recordes de desmate e da falta de uma política severa de repressão ao desmatamento.

O país sempre foi um dos protagonistas nessas agendas ambientais, por sempre ter assumido a liderança, bem como por ter a maior parte da Amazônia.

Nos últimos anos, entretanto, esse cenário tem mudado, com o país perdendo cada vez mais hectares da maior floresta do mundo e tendo poucas iniciativas do governo e dos órgãos ambientais para reverter a situação ambiental no Brasil.


Imagem de floresta pegando fogo

O pior está por vir na Amazônia em 2021

Especialistas afirmam que o pior está por vir na Amazônia. Tal declaração, sem dúvida, se deve ao fato de que o inverno de 2021 promete ser o mais seco, somando-se a isso a alta de desmatamento na região, registrando os piores índices de queimadas dos últimos anos.

As consequências dos incêndios florestais já podem ser vistas

O efeito de tantas queimadas já pode ser sentido e visto. Em 9 de agosto de 2019, por exemplo, produtores rurais do Pará começaram um incêndio para grilagem e desmatamento.

Pouco mais de uma semana depois disso, a fumaça originada desse ato, transformou o céu diurno da cidade de São Paulo em noite. Vale destacar que a maior capital do Brasil fica há pelo menos 3 mil km do Pará.

Os alarmantes índices do Instituto de Pesquisas

Naquele mesmo mês, o Inpe registrou nos dias 10 e 11, cerca de 1.457 focos de calor neste estado. Dessa forma, vale destacar que o IBAMA na época foi alertado, no entanto, não tomou nenhuma medida para impedir tal atividade.

Em 2020, os impactos ambientais voltaram ainda piores. Pois houve um aumento de quase 20% das queimadas na maior floresta do mundo. Além disso, cresceu o desmatamento por fogo no Pantanal, 376%, em relação à média dos últimos 20 anos.

O pior, sem dúvida, é que 43% dessa área era de mata virgem.

Imagem de madeira em brasa

Desmatamento atinge área de preservação ambiental

Na região amazônica, cerca de 65% da parte devastada pelo fogo em 2020, era formada por florestas.

Isso significa que o desmatamento e as invasões chegaram até as áreas preservadas. No entanto, o pior ainda está por vir, uma prova disso é que março e maio de 2021, em comparação a este período em 2020, teve 29% a mais de espaços desmatados.

Neste intervalo, 199 mil hectares, uma área maior do que a cidade de São Paulo, foram derrubados.

Agora essa madeira, sem dúvida, vai servir de combustível para os incêndios na época de seca.

Sabe-se que as árvores precisam ficar até 90 dias no chão, a fim de perder a sua umidade e a partir disso, queimar de modo mais fácil.

Com essa fase de poucas chuvas, é um fator adicional que contribui e muito para o alastre do fogo.

Risco de incêndios aumenta em junho e começo de julho de 2021

Junho e julho registraram 124.819 hectares desmatados, ou seja, o risco de queimadas cresceu ainda mais.

O pior é que isso não parece ser reversível. Já que o orçamento do Ministério do Meio Ambiente deste ano é o menor em mais de duas décadas.

A fiscalização ambiental e o setor de combate a incêndios tiveram uma baixa de 27% em suas verbas em relação a 2020.

Pandemia do coronavírus e a Amazônia

As queimadas e os incêndios podem deixar a Covid-19 ainda mais perigosa, já que a fumaça que se origina piora a qualidade do ar.

Pesquisas na época mais seca de 2020, demonstraram que houve quase 2.200 hospitalizações na região da Amazônia por conta de problemas respiratórios. Aliás, a maior parte dos pacientes, cerca de 50% dos casos, era de idosos com 60 anos ou mais.

É essencial colocar em prática melhores medidas de proteção

Os grupos de grileiros são os principais invasores de áreas protegidas na região. A fim de combater esses atos ilegais, é preciso mais iniciativa, tanto da Polícia Federal quanto do IBAMA.

Ambos precisam se organizar em conjunto e operar nas partes da Amazônia que mais sofrem com a derrubada de árvores.

Também é essencial que o governo faça a sua parte. Por exemplo, há um projeto de lei, a 11.276/2018, que trata sobre o manejo correto do fogo, ou seja, é uma iniciativa de educação para que as comunidades manipulem o fogo de modo mais adequado na região.

Incêndios na Amazônia Legal sobem 49% em maio

Esse foi o total de focos de queimadas detectados no quinto mês de 2021, 49% a mais do que em maio de 2020, de acordo com o Inpe.

Isso gera ainda mais alarme, já que é apenas o início do período de queimadas no país. Ele começa entre junho e julho, logo se estende até setembro e outubro.

Em maio de 2020, houve 1.798 focos de incêndio na floresta. Por outro lado, em 2021 no mesmo mês, esse número chegou a 2.679.

O maior recorde de maio foi em 2004, com 5.155 pontos de queimadas. Assim, desde 1998, o Instituto de Pesquisas vem monitorando e coletando todos esses dados sobre incêndios florestais em todos os biomas do Brasil.

A Amazônia Legal equivale a quase 60% do território brasileiro e faz parte de 8 estados:

  • Acre;
  • Mato Grosso;
  • Amazonas;
  • Roraima;
  • Tocantins;
  • Rondônia;
  • Amapá;
  • Pará.

O recorde é na região Norte do país

É ela que detém a maior parte das queimadas, de acordo com o Governo Federal. Além disso, parece haver uma crescente no decorrer dos anos, por exemplo:

  • Em maio de 2016, teve 999 focos de incêndios;
  • Já em 2021, neste mesmo mês: 1210.

Sabe-se que o fogo na Amazônia acontece por conta de três elementos juntos:

  • Clima seco, muito comum neste período do ano;
  • Material combustível, como árvores derrubadas;
  • E criminosos ateando fogo.

A falta de fiscalização na área deu abertura para as pessoas cometerem ainda mais crimes contra o meio ambiente.

Depois de tantos recordes de desmate e queimadas, o pior ainda está por vir

A maior floresta do mundo está muito ameaçada e não só pelos desmatamentos e incêndios.

Uma em cada 10 espécies de árvores nascem na Amazônia. Como resultado, mais da metade delas podem sofrer extinção em 30 anos.

Esse estudo de pesquisadores brasileiros e holandeses, combinou diversos cenários preocupantes relacionando o desmate com as mudanças no clima.

Os cenários mais pessimistas e otimistas do estudo

A hipótese mais pessimista do grupo revelou que metade do sul da Amazônia pode se perder, o que quer dizer que muitas espécies correm um risco bem sério de desaparecer.

Outro cenário previsto, o mais otimista deles, acredita que mais da metade das áreas adequadas à distribuição das árvores da Amazônia vão ser extintas.

Em outras palavras, é preciso haver uma mudança de atitude já, para evitar um futuro catastrófico.

A floresta amazônica precisa de ajuda, por isso, faça a sua parte, entre em contato com a Famazonia, que apoia soluções de preservação e veja como contribuir com a causa.


A importância do cooperativismo no Amazonas

Descubra no decorrer do texto, a importância do cooperativismo no Brasil, em especial no Amazonas. Além disso, entenda os benefícios das cooperativas que vem sustentando famílias amazonenses e também mudando vidas em todas as partes do país.

O cooperativismo no Brasil

Essa prática teve início no país em 1844, como uma forma de trabalho em conjunto com objetivos em comum. Dessa forma, nesse meio não há distinções entre gênero, raça, nível social ou econômico.

Hoje no Brasil, há 5.314 cooperativas e 15,5 milhões de cooperados, de acordo com o OCB em 2020. Em relação à renda, segundo eles, foi de R$ 308,8 bilhões. De fato, há 13 ramos do cooperativismo no país, são eles:

  • Agropecuário;
  • Bem como, de consumo;
  • Educacional;
  • Crédito;
  • Especial;
  • Habitacional;
  • Infraestrutura;
  • Mineral;
  • Transporte;
  • Produção;
  • Turismo e lazer;
  • Saúde;
  • E, por fim, trabalho.

Nesse modelo de negócio, milhares de famílias garantem o seu sustento, logo, essa é a principal importância das cooperativas. Além disso, elas causam alguns impactos bem positivos, confira dois deles a seguir.

1 - Humanismo

Os produtos, bem como os serviços seguem uma lógica bem simples, entenda:

  • Garantir o bem-estar;
  • Mais qualidade de vida;
  • E o crescimento profissional e financeiro dos seus participantes.

Vale destacar que são missões bem diferentes em relação às grandes empresas, que visam acima de tudo, seus lucros. Nas cooperativas, os ganhos e as funções são divididos de modo igual.

A vantagem desse tipo de negócio é que ajuda no:

  • Desenvolvimento da economia;
  • Gera empregos;
  • E elimina a exclusão social.

2 - Consciência e educação

Outro grande benefício é o ensino sobre consumo consciente. Aliás, muitas delas oferecem workshops e palestras sobre isso aos seus membros.

Eles mostram ações que incentivam a todos a adotar um estilo de vida mais sustentável. Assim, os principais assuntos em pauta são, em geral:

  • Respeito a natureza;
  • Diminuição na geração de lixo;
  • Bem como, combate ao desperdício;
  • Educação financeira.

A busca por meios mais sustentáveis e em ações de responsabilidade social são as soluções que eles colocam em prática, a fim de ter um país mais justo e solidário.

Imagem de mãos juntas

Exemplos de cooperativas de sucesso no Amazonas

O Sistema OCB criou uma publicação com 366 cases que vem contribuindo com o desenvolvimento econômico e com a justiça social.

As histórias contadas na obra são divididas por regiões, portanto:

  • No Norte, há 38 cooperativas de sucesso;
  • Centro-Oeste: 84;
  • Sudeste: 88;
  • Nordeste: 73;
  • Sul: 83.

No Amazonas, o livro relata 16 cases bem sucedidos. Dessa maneira, logo a seguir, você vai conhecer algumas histórias de grande destaque, confira.

1 - Cooperativa Agrofrutífera dos Produtores de Urucará

A Agrofrut surgiu em 2001 com um grupo de 50 produtores que usavam como matéria-prima principal o guaraná.

De início, essa foi a sua área de atuação, o comércio do pó desta fruta e o seu estado in natura. Logo, seu foco sempre foi implantar projetos de qualidade e segurança alimentar.

Hoje em dia, ela recebe investimentos de uma empresa francesa que tem como objetivo o desenvolvimento econômico da agricultura familiar de Urucará.

Devido a isso, a agroindústria vem gerando empregos, bem como melhores condições de vida para os agricultores e produtores da região.

2 - Cooperativa Aquícola e Pesca de Urucará

A Aquicoopesca surgiu em 2011 e possui 28 cooperados. Assim, ela cria várias espécies de peixes em cativeiros, dentre eles, o tambaqui e a matrinchã, por exemplo.

Grande parte dos seus membros são agricultores e pecuaristas. Dessa forma, eles decidiram investir na piscicultura, a fim de complementarem suas rendas.

O objetivo da cooperativa é qualificar de modo profissional técnicos do ramo. Aliás, em 2012, houve 31 formandos, também neste ano eles produziram cerca de 12 toneladas de peixe.

Vale destacar que o comércio de pescado acontece em Urucará, por isso, a meta é abastecer toda a área de Manaus.

3 - Cooperativa dos Criadores de Abelhas Indígenas da Amazônia

A Coopmel possui três pautas principais:

  • Preservar a sociobiodiversidade;
  • Bem como, as florestas;
  • E produzir mel.

Ela fica em Boa Vista do Ramos, no estado do Amazonas e conta com 62 cooperados. Eles trabalham na produção de mel de Jandaíra de abelhas sem ferrão.

As mesmas não recebem nenhum tipo de substância química nem mesmo agrotóxicos são usados perto dos meliponários.

Em 2012, eles produziram cerca de 2,5 mil toneladas de mel de 3,5 mil colônias. Por outro lado, nas áreas degradadas eles plantam árvores frutíferas que ajudam no sustento das abelhas.

A Coopmel é uma cooperativa que gera impactos positivos, com sua economia solidária, suas formas de preservação florestal e geração de renda para os amazonenses.

4 - Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru

Fundada há mais de 50 anos, a Coomapem conta com 250 cooperados e está presente em 9 municípios do Amazonas. Além disso, na época foi a primeira cooperativa do Brasil a ganhar um certificado da empresa francesa Ecocert.

O objetivo é explorar, de modo sustentável, toda a diversidade da Amazônia. Hoje em dia, ela é líder na produção de malva e juta e juntos conseguem produzir cerca de 10 mil toneladas por ano, ou seja, 50% do que é consumido no próprio país.

Mais de 40 mil pessoas dependem do comércio da fibra que dá origem às sacas. Assim, ela cumpre sua missão de desenvolver de modo econômico a região.

Imagem de pessoa segurando muda de planta

5 - Cooperativa Mista de Produção de Açaí de Codajás

O açaí é um alimento completo, pois possui fibras, ferro, carboidrato, lipídios e proteínas. Mas, era jogado fora por agricultores de Codajás, cidade central do Amazonas.

A razão: falta de compradores para o fruto in natura e problemas para escoar a sua produção. A partir disso, 100 cooperados resolveram se unir e buscar novas soluções.

Juntos, criaram uma fábrica de pasteurização da polpa do açaí e conseguiram novos clientes, aliás, a maior parte da renda gerada por eles vem dos EUA.

A importância do cooperativismo para os amazonenses

Tantas histórias de sucesso colocam em evidência as vantagens das cooperativas quando bem desenvolvidas. Dessa forma, seu modelo de negócio permite que todos os cooperados tenham voz e faz com que suas demandas sejam ouvidas.

O resultado final é que todos crescem juntos como uma comunidade. Assim, eles conseguem aliar muito bem os três pilares dessa ação:

  • Desenvolvimento sustentável;
  • Inclusão social;
  • E geração de emprego.