Fatos curiosos sobre o rio Amazonas

O rio Amazonas impressiona e encanta pessoas do mundo inteiro por sua beleza e grandiosidade. Assim, descubra alguns fatos curiosos sobre ele, que conta com mais de mil afluentes, possui a maior bacia hidrográfica do planeta e abriga diversas espécies marinhas.

As características do rio Amazonas

Ele é, sem dúvida, o maior corpo d’água do mundo, tanto em volume quanto em extensão. De fato, ele surge na Cordilheira dos Andes, acima de 5 mil metros do nível do mar, percorre a Colômbia e quando chega ao Brasil, ganha o nome de rio Solimões.

Isso até se juntar as águas escuras do Negro, a partir disso, ele se transforma no rio Amazonas.

Possui a maior bacia hidrográfico do planeta

A sua bacia hidrográfica, a maior do mundo, engloba sete países da América do Sul. A sua foz, deságua no Oceano Atlântico, entre o Pará e o Amapá. Ele é, acima de tudo, o habitat de várias espécies de animais marinhos que dependem dele para sobreviver.

Também é muito importante para a floresta Amazônica, afinal, é ele que dá vida a toda a fauna e flora da mesma.

A bacia do Amazonas, inclusive, atrai a atenção de diversas nações estrangeiras, devido à constante ameaça humana ao equilíbrio ecológico desse rio e do ambiente ao seu redor.

Ele é um dos destinos mais buscados, a fim de se observar a vida selvagem e uma das regiões menos exploradas do mundo.

1 - Rio Amazonas versus Nilo: descubra qual deles é o maior

Esse é um assunto que gera muitos debates entre cientistas de diferentes países. Sem dúvida, todos concordam que o Amazonas é o maior em volume do planeta. Mas, quanto a sua extensão, muitos o colocam como segundo colocado.

Segundo a história, o rio Nilo é o primeiro a ocupar a posição de maior corpo d’água em extensão. No entanto, estudiosos do Brasil negam tal fato, já que um novo ponto de nascimento foi descoberto.

Por conta disso, o rio Amazonas teria então, cerca de 6.800 km, ultrapassando o Nilo, que possui 6.695 km no total.

2 - O mistério sobre onde é a nascente deste rio

Por muitos anos, a real localização da origem do rio Amazonas foi especulada por muitos. Da mesma forma que acontece com a sua extensão. Logo, muitos pesquisadores divergem sobre onde, afinal, esse corpo d’água nasce.

A mais comum, entretanto, é que o fluxo do mesmo tem origem no Peru, sendo mais exato, na Cordilheira dos Andes.

Ele percorre então, um longo caminho até chegar no Brasil, por isso, ele possui diversos nomes, por exemplo:

  • Apurimac;
  • Carhuasanta;
  • Lloqueta;
  • Rio Ene;
  • Tambo;
  • Ucayali;
  • Marañon.

3 - Abriga a maior biodiversidade de animais marinhos do mundo

Ele é o rio que tem a maior quantidade de espécies aquáticas em todo o mundo. De fato, sabe-se que ele abriga cerca de 2.500, no entanto, há ainda muitas outras a espera de serem descobertas.

As mais comuns de se encontrar por ali são as piranhas, sucuris, além das enguias elétricas.

Em relação às espécies com maior potencial para o comércio, há o pirarucu, ou seja, um dos maiores peixes de água doce do planeta. Além disso, soma-se à lista, os bagres gigantes, junto com as tartarugas de rios, peixes-boi e golfinhos.

O rio Amazonas também é o lar das capivaras semiaquáticas, aliás, consideradas o maior roedor do reino animal, bem como o ratão-do-banhado.

4 - O homem-peixe

Parece uma lenda de folclore, no entanto, é verdade: um homem atravessou este rio a nado. Assim, tal fato ocorreu no ano de 2007 e o nome do nadador é Martin Strel, que é de origem eslava.

Ele atravessou o Amazonas em 66 dias, isso equivale a 5 mil km. Dessa forma, ele partiu do Peru e mais de dois meses depois, chegou até Belém do Pará.

Uma curiosidade a respeito de Strel é que esse não foi o primeiro rio que ele enfrentou nadando, mas sim o terceiro. Já que em 2000, ele percorreu o Danúbio e em 2002, o Mississipi.

5 - 20% de toda a água doce do planeta vem dele

O rio Amazonas supre cerca de 20% da água doce dos oceanos. Dessa maneira, um quinto da água que chega até eles estima-se que sejam deste corpo d’água.

Ele é tão grandioso, que ele é o maior fornecedor de água doce do mundo. Aliás, sua capacidade chega a ser superior ao somatório dos sete maiores rios do planeta.

Imagem de rio Amazonas

6 - É possível surfar no Amazonas

Pelo menos duas vezes ao ano, quando a lua está na fase cheia e nova, as marés do Atlântico mudam e ficam mais altas. Como resultado, isso força o rio a se afastar, o que ocasiona um furo de maré com grandes ondas de até quatro metros de altura.

Esse fenômeno natural tem o nome de pororoca, que quer dizer “grande rugido”. Aliás, esse é o som que as ondas fazem ao passar pela floresta.

A pororoca

Ela é formada por uma onda gigante que chega a percorrer todo o rio por horas. Em geral, acontece em outubro, época em que o nível da água deste corpo d’água está menor e, em contrapartida, a maré está mais alta.

7 - A origem do nome

Amazonas foi o nome dado para este rio pelo frei espanhol, Gaspar de Carvajal. Assim, ele é conhecido por ser o primeiro europeu a percorrer o mesmo durante uma expedição. Dessa forma, batizou o rio tendo como inspiração a mitologia grega.

Ele declarou que o seu navio havia sido atacado por mulheres que queriam usar os homens ali a bordo para procriar. De acordo com os gregos, essas figuras femininas eram chamadas de amazonas.

As curiosidades e mistérios sobre o rio Amazonas

Os fatos curiosos não terminam aqui. Por exemplo, há uma estimativa de que em apenas um dia, o Amazonas jogue no Oceano Atlântico um volume de água superior a toda a vazão do Rio Tâmisa, o mais conhecido de Londres, durante todo o ano.

Um outro detalhe bem curioso é que a quantidade de terra que o rio despeja no mar é tão grande que o litoral da Guiana Francesa e do estado do Amapá estão aumentando. De fato, a mudança é nítida ao se comparar usando imagens via satélite.


Condições da Amazônia permitem que peixes gigantes possam se desenvolver

O ambiente nutritivo favorece o surgimento dos gigantes, que estão desaparecendo por causa da ação humana             

 

A região amazônica tem a maior biodiversidade do mundo e possui diversas particularidades. O bioma apresenta uma vegetação densa, a fauna e flora são diversificadas. A floresta também tem rios extensos e de extrema importância para o país.

O bioma da Amazônia corresponde a 49% do território brasileiro. Porém, não é só isso que chama atenção. A região tem a maior bacia hidrográfica e a maior floresta tropical do mundo, que ajudam a manter o equilíbrio ambiental do Planeta. Por todas essas características e importância, a preservação torna-se mais do que necessária.

Entretanto, o que vemos é o contrário do que se deveria fazer. Os altos índices de desmatamento têm prejudicado a floresta, os animais terrestres e os peixes. A exploração e a pesca predatória têm levado ao desaparecimento de muitas espécies, inclusive dos famosos peixes bagres, gigantes dos rios amazônicos.

Por que há peixes gigantes na Amazônia?

Imagem de homem carregando peixa
Imagem de Pinterest

Pirarucu e Dourada são uma das espécies gigantes que podem ser encontradas nas águas doces dos rios amazônicas. Muito apreciados na culinária, esses peixes têm um motivo para serem grandes. A Amazônia oferece condições que permitem o desenvolvimento desses gigantes, embora estejam cada vez mais sumidos.

Um dos motivos para os peixes gigantes é a mistura das águas do rio e do oceano, conhecido como estuários. O fenômeno é definido como um corpo de água semi fechado localizado no limite entre o continente e o oceano

Os estuários são muito produtivos. Isso porque os rios oferecem grandes quantidades de nutrientes. Já as ondas e marés ajudam a manter a água bem oxigenada e agitam o sedimento, suspendendo nutrientes e matéria orgânica do fundo. A região costeira oferece muitos recursos pesqueiros, geralmente muito explorados pela pesca comercial. As condições abióticas da área são propícias para a variedade de espécies.

É um ambiente nutritivo e que favorece o surgimento dos peixes tipo bagre. Só para ter ideia, muitos desses animais podem passar dos 2 metros de comprimento e pesar mais de 200 quilos.

Cadê os peixes?

Assim como as florestas, os rios amazônicos são ricos em diversidade e a sua bacia hidrográfica abriga cerca de 3 mil tipos de peixes. Mas muitas dessas espécies estão ameaçadas por diversos motivos.

De acordo com o professor de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Carlos Freitas, há muitos fatores para o desaparecimento dos peixes, como pesca predatória, captura de peixes jovens ou durante a reprodução, quando a pesca é proibida. A sobrepesca, feita de forma desenfreada e insustentável, é uma das maneiras mais predatórias e que exterminam várias espécies.

As hidrelétricas também são um problema na Amazônia. A construção desses equipamentos ameaça os estoques de peixes dos rios, entre eles os bagres e outros tipos.

Todas as ações humanas têm contribuído para o sumiço de pequenos peixes, tanto quanto dos gigantes fluviais, causando um grande problema para os pescadores locais, que dependem da pesca para sobreviverem.

Uma pesquisa realizada pela revista "Fisheries Research", as hidrelétricas são as maiores responsáveis pelo sumiço dos gigantes fluviais. Somente em Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira (RO), a construção energética fez reduzir drasticamente os peixes amazônicos, impactando especialmente os migradores, como a Dourada.

De acordo com os dados do estudo, entre os anos de 1995 e 2009, houve uma queda de 74% no número de pescas da Dourada e de 63% dos peixes migratórios de longa distância.

Para o professor Carlos Freitas, as hidrelétricas causam impactos imensuráveis nos ecossistemas da Amazônia. Na sua opinião, o sistema deveria ser proibido em rios da região, evitando o sumiço dos peixes gigantes.

Freitas explica que a "piscina" construída ao lado das hidrelétricas, para que os peixes migratórios continuem o seu percurso, não são soluções viáveis para os bagres. Isso porque, os gigantes como o Piraíba e Dourada não conseguem saltar para escalar os degraus, dificultando o seu trajeto natural.

A pesca predatória também é um dos causadores do desaparecimento de peixes como o Pirarucu. A pesca sustentável ajudaria a tirar essa espécie do perigo da extinção e continuaria a fazer parte da economia local.

Então, reforçando as principais causas para o desaparecimento dos peixes gigantes são:

  • Construção de hidrelétricas;
  • Pesca predatória;
  • Desequilíbrio ambiental;
  • Sobrepesca.

Aplicativos para encontrar bagres

Mesmo com todos os problemas ocasionados com a exploração predatória da floresta e pelas ações humanas desastrosas, pesquisadores encontraram uma maneira de registrar aparições dos peixes gigantes que vivem nas águas da Amazônia.

Cientistas brasileiros e da América Latina desenvolveram o aplicativo Ictio, que é capaz de localizar os bagres. O registro dos peixes é realizado não apenas na natureza, mas no mercado. Os dados ajudam os estudiosos a entenderem mais sobre o sumiço das espécies, encontrando soluções para evitar o desaparecimento total.

O estudo também conta com o apoio de pescadores, que ao lado dos pesquisadores já conseguiram registrar mais de 7 mil peixes gigantes. O aplicativo ajuda na preservação e os dados fornecidos por ele devem ser utilizados para propor manejo das espécies de maneira mais consciente.


O que as cheias dos rios dizem sobre o clima?

Alta em algumas regiões está entre as maiores registradas na história

A Amazônia continua sofrendo com enchentes no estado, e as últimas duas décadas tem intensificado ainda mais esse problema. Segundo informações colhidas pelo Grupo Globo, dois fatores podem explicar essas mudanças:

  • O aquecimento do oceano Atlântico;
  • O fenômeno La Niña.

Quer entender melhor todos esses acontecimentos? Continue no nosso artigo!

O que está acontecendo?

Dentre os 62 municípios do Amazonas, 58 foram ocupados pelos rios Negro e Solimões. Ao todo, mais de 455 mil pessoas foram atingidas diretamente por essas cheias, que ainda não começaram a diminuir.

Valderino Pereira é engenheiro civil e, atualmente, é responsável por realizar as medições desses cursos de água. Em entrevista ao Fantástico, da rede Globo, mostrou o livro em que todos os dados são registrados. Segundo o material, as regiões estão lidando com uma das maiores enchentes da história, catalogada nesses locais desde o ano de 1902.

“Porto de Manáos, no anno de 1902”

As páginas envelhecidas e amareladas, marcadas por uma língua portuguesa que condiz com esse desgaste, ajudam a estruturar uma ilustração assustadora, que se reforça pelos dados distribuídos ao longo do único exemplar. São quase 120 anos de história, mas apenas nos últimos 12 foram listadas seis das dez maiores cheias de todos os tempos.

No dia 1º de junho de 2021, uma terça-feira, foi oficializado o registro mais alto dessa coletânea dentro desse território. Segundo informações locais, o rio Negro atingiu 29,98 metros, um centímetro a mais que o recorde anterior, anotado em 2012.

Imagem de rio acima do normal invadindo casas em Manaus
Imagem de CNN Brasil

 

Qual a explicação para tudo isso?

O fenômeno chave que desencadeia todos esses problemas são as chuvas volumosas que ocorrem em toda a região amazônica. Apesar de serem registradas com muita frequência em outras épocas do ano, um conjunto de fatores tem feito com que esses eventos ocorram com maior intensidade e por mais tempo na atualidade.

A começar pelo aquecimento do oceano Atlântico, que tem aumentado consideravelmente nos últimos dez anos. No dia 12 de outubro de 2020, descobertas publicadas no Proceedings of the National Academy of Science, nos Estados Unidos, apontaram a década mais recente como a mais quente dos últimos 2900 anos.

Esse esquentamento foi explicado como um resultado direto de um acontecimento chamado de Atlantic munti-decadal oscillation (AMO), ou oscilação multidecadal do Atlântico. Segundo os cientistas, esse fenômeno se refere a uma variação de temperatura das águas na superfície do mar que pode gerar resultados variados, desde o aumento de furacões intensos até, no caso do Brasil, a alteração nos níveis de chuva.

Aliado a esse ponto está o que os cientistas chamam de La Niña, uma alteração brusca nas temperaturas do oceano Pacífico. Um de seus principais resultados é a atração de nuvens para a região amazônica, fazendo com que as chuvas se concentrem ainda mais nesses locais. Dessa forma, ao caírem em uma área plana e de escoamento lento, como a que estamos abordando, o nível das águas fica incontrolável.

Em entrevista ao Fantástico, no mesmo material que citamos anteriormente, a engenheira hidróloga Luna Gripp falou sobre um último fator, que colaborou ainda mais com a situação. Segundo ela, as chuvas concentradas em espaços específicos sobrecarregaram “(...) a maior bacia hidrográfica do mundo inteiro”.

Ela diz: “O que aconteceu de diferente esse ano, que fez com que todo o estado inundasse, foi que as chuvas ocorreram justamente nos locais (...) que realmente vão influenciar na subida do nível dos rios”.

Os pontos mais atingidos

Não demorou para que esse conjunto de fatores fosse percebido por populações locais. Em Roraima, por exemplo, a nascente do rio Branco, principal afluente do rio Negro, foi extremamente atingida pelas chuvas causadas pelos motivos que apresentamos anteriormente.

Além disso, o cenário fora do país não tem sido diferente, e colabora com essa intensificação. No Peru, na região em que se encontra a nascente do rio Solimões, o volume de água também tem sido desproporcional em comparação a outros momentos.

A soma desses dois pontos tem gerado enchentes ainda mais severas em território nacional, principalmente no espaço em que os dois rios se encontram. Até o momento, apenas em Manaus foram mais de 24 mil famílias prejudicadas entre os 15 bairros mais atingidos, com pontos de alagamento em locais como a Praça do Relógio e o prédio da Alfândega.

Lotes de madeira apreendida de extrações ilegais passaram a ser doados a moradores para a fabricação de marombas, elevações nos cômodos das casas que buscam impedir a subida da água. Além disso, a própria prefeitura promove a montagem de passarelas suspensas nas ruas, para que a circulação de pessoas seja facilitada.

Outra contribuição governamental se faz através do Auxílio Enchente em casos de emergência. Também em entrevista ao Fantástico, o secretário da defesa civil do Amazonas, Francisco Máximo, apresentou alguns números sobre o assunto.

Segundo ele: “(...) 12 mil famílias já estão sendo contempladas [com o Auxílio Enchente]”. Além disso, garantiu que ainda existe a possibilidade de multiplicar essa assistência, afinal: “(...) o planejamento está voltado para 100 mil famílias”.

A prefeitura de Manaus, por sua vez, informou em nota que cadastrou “(...) mais de 3 mil famílias na área urbana e rural para receberem o Auxílio Moradia, no valor de R$ 300, por três meses, e Auxílio Enchente, que completará a ajuda com mais R$ 200, durante dois meses”.

O pior momento possível...

Vale destacar que todos esses problemas tem se desenvolvido durante uma das fases mais turbulentas da pandemia causada pela COVID-19. No Brasil, o total de vítimas ronda os 475 mil mortos até o momento, sendo mais de 7800 no estado do Amazonas.

Apesar de não figurar no topo da lista nacional, especialistas indicam que é possível que esse número seja sete vezes maior, uma vez as subnotificações são recorrentes.

 


Saiba o que é o IBAMA e como ele atua

Você, com certeza, já ouviu falar no IBAMA, órgão federal que cuida do meio ambiente, inclusive neste ano ele completou 32 anos. Então, continue lendo para entender como ele atua, qual é a sua importância e quais são as suas principais funções.

O que é o IBAMA e qual a sua missão?

Essa é a sigla para Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Esse órgão faz parte da Lei de nº 7.735 de 1989, além disso, ele é ligado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA).

O seu objetivo é:

  • Preservar a natureza;
  • Melhorar e recuperar a qualidade ambiental;
  • Promover o desenvolvimento econômico por meio de práticas sustentáveis;
  • E sem esgotar os recursos naturais.

Entenda como o IBAMA surgiu

Na verdade, ele é a junção entre 4 órgãos diferentes, assim são eles:

  • Secretaria do Meio Ambiente (SEMA);
  • A Superintendência da Borracha (SUDHEVEA);
  • Superintendência da Pesca (SUDEPE);
  • E o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF).

A história do IBAMA

Esse órgão surgiu devido às crises que o país enfrentou. Pois, entre 1970 e 1980, a natureza sofreu muitos impactos ambientais causadas por certos empreendimentos, por exemplo:

  • A construção da rodovia Transamazônica;
  • E da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Por conta dessa última, o Brasil perdeu uma de suas maiores cachoeiras chamada Sete Quedas.

O que também levou a criação desse órgão foram os altos índices de desmatamento no país. Bem como, a caça e a pesca ilegais que estavam acabando com diversas espécies.

Junto a isso, havia os conflitos entre as comunidades e os seringueiros. Então, todos esses fatores tornaram urgente a necessidade de controlar a exploração do meio ambiente.

Em 1988, o presidente da época, José Sarney, criou o Nossa Natureza. Esse programa tinha o objetivo de recriar a arquitetura ambiental do Brasil. Por fim, um esboço do que se tornaria o IBAMA começou a ser formado.

Imagem de onça pintada em árvore

Saiba como esse órgão federal atua

De modo simples, ele é a polícia do meio ambiente. Já que é o responsável por negar ou aprovar licenças. Além disso, é ele quem fiscaliza as políticas de preservação ambiental. Dessa maneira, suas principais funções são as seguintes:

  • Regular, preservar e melhorar a qualidade do meio ambiente;
  • Garantir o desenvolvimento econômico de forma sustentável;
  • Criar leis a favor da proteção ambiental;
  • Coordenar o uso dos recursos da natureza;
  • Fiscalizar as ações ambientais;
  • E fazer campanhas com o objetivo de preservar o ambiente.

Para se fazer valer, o IBAMA pode punir pessoas ou empresas que cometeram qualquer crime contra a natureza. Aliás, a seguir você vai ver alguns deles.

1 - Queimadas e desmatamentos

De janeiro a agosto de 2019, houve um aumento de 83% nos casos de incêndios florestais na Amazônia. Aliás, esses dados foram comparados com o ano de 2018. Assim, nessa situação cabe ao IBAMA controlar os danos de forma bem rápida.

Ele faz isso monitorando as áreas afetadas. Em seguida, cria e coloca em prática ações para combater as queimadas. Inclusive, tudo depois fica registrado caso esse tipo de atividade ilegal volte a ocorrer.

Segundo o Inpe, esse órgão conseguiu reduzir em 75% os desmatamentos na Amazônia Legal. Isso foi no ano de 2004.

Para proteger as florestas, o IBAMA aplica multas graves a pessoas ou empresas que não respeitam o meio ambiente. Enfim, esse instituto já faturou cerca de 3 bilhões por ano apenas punindo essa ação.

2 - Poluição marinha

Outro grande problema ambiental teve destaque no ano de 2019. De fato, manchas de óleo surgiram no mar brasileiro.

Isso também é da responsabilidade deste órgão federal. Bem como, qualquer emergência que afete o meio ambiente. Dessa forma, eles buscaram soluções para a situação como, por exemplo:

  • Avaliou as áreas atingidas;
  • Identificou os animais marinhos oleados e resgataram os mesmos;
  • Por fim, recrutaram pessoas para ajudar a retirar o óleo das praias.

O IBAMA também teve que apurar a origem desse poluente. Além disso, impediram qualquer risco de contaminação por meio desse elemento.

A fiscalização ambiental é uma de suas principais funções

Faz parte de suas muitas atribuições garantir que a Política Nacional do Meio Ambiente seja cumprida. Afinal, é essencial ficar de olho nas empresas, a fim de que todas sigam as leis ambientais.

É por isso que existe esse tipo de fiscalização e as demais políticas de preservação. Logo, confira a seguir o que acontece se uma organização desrespeitar essas normas:

  • Multas;
  • Embargos;
  • Suspensões;
  • E até mesmo prisões.

Tudo isso com um único propósito: garantir o bem-estar da fauna e da flora do Brasil.

Veja onde as fiscalizações são aplicadas

Elas ocorrem em diferentes frentes, então confira algumas a seguir:

  • Monitoram qualquer atividade que possa poluir o ar, a água e o solo;
  • Também são responsáveis por investigar denúncias e infrações;
  • Preservar as espécies nativas e exóticas;
  • Evitar ações como desmatamentos e exploração das florestas;
  • Verificar o cultivo de OGM e garantir sua diversidade;
  • Fiscalizar os recursos naturais para que não se esgotem;
  • Cuidar das atividades referentes a pesca, evitando seu comércio ilegal.

Outra função importante do IBAMA é o licenciamento ambiental. Assim, é ele que decide como certos recursos serão utilizados, ou seja, a água e o solo.

Saiba como ajudar a preservar o meio ambiente

Como foi explicado aqui, esse órgão federal age observando e controlando as políticas do meio ambiente. Além disso, eles promovem ações e aplicam leis a fim de:

  • Proteger a fauna e a flora;
  • As bacias hidrográficas;
  • Bem como, todos os recursos naturais brasileiros.

O IBAMA é muito importante para a sobrevivência da biodiversidade. Aliás, sem ele o Brasil estaria arrasado do ponto de vista ambiental. Inclusive, a vida como é também estaria comprometida.

Mesmo tendo um órgão do governo que cuida do meio ambiente, é fundamental que cada um faça a sua parte. Então, para isso, entre em contato com a Famazonia.

Veja como apoiar grandes causas ambientais

Essa ONG desenvolve várias ideias de preservação e possui muitas iniciativas. Dessa maneira, conheça mais sobre ela e seu trabalho. Sem dúvida, sua contribuição fará toda a diferença.

O que está em risco é mais do que a natureza, é a própria espécie humana. Então, faça a sua parte e ajude a proteger o planeta.


Corais na Bacia Amazônica: verdade ou mentira?

Em um estudo divulgado pelo Greenpeace em 2016, houve a confirmação da existência submarina de um recife de corais localizado na foz do Rio Amazonas. Algo que muitos acreditavam não ser possível existir na área, porém que teve sua presença confirmada como verdadeira.

O resultado deste estudo causou controvérsias em relação à existência do recife, e colocou sob perspectiva a importância desses ecossistemas. Assim como, as políticas de exploração petroleira off-shore (fora de terra) no literal da Região Norte do país.

Neste artigo exploraremos os resultados do estudo, as controvérsias, o que é um recife de corais, sua importância para o meio ambiente e manutenção de vida de diversas criaturas.

O que são corais?

Corais são pequenos animais marítimos, com um exoesqueleto, usualmente, em formato de tubo e tentáculos, sendo que estes são invertebrados. Eles se reproduzem tanto de modo assexuado como sexuado, e assim formam colônias, filhotes e até mesmo recifes.

Os corpos dos corais têm o nome de pólipo, e são os responsáveis pela fixação do coral para formação de outros corais e para a proteção dos mesmos. Eles se alimentam paralisando suas presas em seus tentáculos antes de consumi-las.

Além disto, dentro do corpo do coral existem algas microscópicas que sobrevivem de forma simbiótica com o coral. Oferecendo, através de fotossíntese, energia e alimentação ao coral e em troca recebendo a proteção do exoesqueleto do mesmo.

Então o que são os recifes de corais?

Recifes de corais, são um ecossistema único submarino. Eles são tão variados em cores e formatos quanto as florestas tropicais e outros ecossistemas que vemos na superfície terrestre. Inclusive muitos parecem com elas quando observados em fotos.

Porém, sua formação é completamente diferente. Eles são majoritariamente constituídos por pólipos, formações calcárias que se originam do carbonato de cálcio liberado pelas colônias de corais, algas e moluscos.

Quando um dos pólipos morre, novos pólipos se formam em cima dos corpos dos antigos, que deixam uma camada fina carbonato de cálcio. Assim, aparentando ser similar a uma formação rochosa de vários corais.

Devido a este processo de formação apenas as camadas superficiais dos recifes de corais são realmente vivos.

O milagre: Recife de Coral na foz do Rio Amazonas

Levando em consideração como os corais funcionam, eles precisam de algumas coisas fundamentais para subsistência, uma delas sendo a fotossíntese e estar próximo há uma grande variedade de vida aquática para alimentação.

Isto ocorre em recifes de corais como o maior do mundo localizado na Austrália, quando eles estão relativamente próximos da superfície com boa penetração de luz solar, temperatura próxima a 24,5 °C até 28,3° e concentração salina baixa.

Por essas condições é que tais corais, apesar da exploração do rio amazonas, não ter sido encontrado rapidamente. Muitos pensavam que não havia nenhum recife de corais na região.

Porém, o coral localizado na foz do Rio Amazonas é uma exceção e considerado pelo Greenpeace como um milagre da natureza. Na região subaquática onde o recife foi encontrado não havia nem mesmo 2% de penetração solar, o que impossibilita que os corais se sustentem com a fotossíntese.

Isto deve-se tanto a profundidade quanto às águas turvas do Rio Amazonas, que sendo o maior rio do mundo em extensão traz consigo diversos dejetos naturais, como troncos, materiais decompostos, entre outros, e qualquer outra coisa que venha a cair na correnteza do rio.

Então como que este coral continua a existir?

Existência da Recife de Coral Subaquática

Bem, pelo fato de na região onde ele se encontra haver bactérias das quais eles se utilizam para gerar matéria orgânica e energia través do gás carbônico, da própria água e de outras substâncias presentes no mar, o recife conseguiu se manter vivo.

Outro fato sobre o coral é que ele é grande e adaptável, ou seja, ele não é uniforme pela sua extensão. Ele pareceu se adaptar tanto as mudanças de luz como aos teores de água e temperatura de cada parte da região pela qual ele se estende.

Além disto, há a possibilidade de que novas espécies ainda não descobertas auxiliam com a manutenção de vida do coral. Afinal, este foi o primeiro recife de coral subaquático a existir nestas condições.

A extensão do Coral foi mapeada desde a fronteira com a Guiana Francesa até o Maranhão, por volta de 9,5 mil quilômetros quadrados, em 2017. Porém, com uma expedição no ano posterior foram descobertas novas áreas do recife.

Estima-se que ele possa ir desde o Caribe até alguma região do Sul do Oceano Atlântico. Formando um gigantesco corredor ecológico subaquático.

Controvérsia: Petróleo

Não é novidade que há alguns anos, com o foco da Petrobrás mudando para exploração do pré-sal, diversos lotes da região da Amazônia foram e estão sendo vendidos para petroleiras com o intuito de exploração dos mesmos.

Sendo que, inclusive, foram vendidos lotes que sobrepunham parte do recife de corais e de suas redondezas. Sendo um deles pertencente à empresa Total. Então mesmo antes de sua descoberta e possível exploração ecológica ele já sofre com possibilidades de destruição.

Houve também uma tentativa de negação da existência do recife de corais, por um professor da Universidade Federal do Pará, apesar de diversas expedições terem sidos realizadas ao mesmo, dos relatos, e das evidências fotográficas.

No lado contrário, houve a tentativa de aprovação de um projeto de lei que transformava a área do recife dos corais e suas redondezas no Amazonas e Amapá, em áreas protegidas, ou seja, onde não é permitido exploração dos recursos naturais.

Este projeto de Lei, 10333/18, foi rejeitado pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, em 2019. Onde foi dito que a exploração de recursos naturais nesta região é permitida, desde que acompanhada de medidas rigorosas de proteção ambiental.

Verdade sobre os Corais na Foz do Rio Amazonas

Estes corais são realmente importantes para o ecossistema marinho, e para o ambiente? A resposta é sim. Algumas das razões são:

  • Corais são responsáveis por ao menos 25% da diversidade marinha;
  • Eles são parte integral para a existências de diversas espécies como peixes e algas (estas que são as maiores produtoras de O2, no mundo.);
  • O coral subaquático descoberto desafia as regras antes previstas para existência de corais;
  • É o primeiro do mundo a ser descoberto nessas condições;
  • Pode possuir diversidade biológica gigantesca, com novas espécies de plantas e animais;
  • Auxilia com o estudo da biologia do local e de condições para se manter a vida aquática;
  • Primordial para o possível descobrimento de outros recifes de corais no mundo;
  • É um tesouro da natureza no quesito ecológico, um verdadeiro milagre.

Esta é uma das maiores descobertas ecológicas dos últimos anos, tanto que até 2017 não se havia nenhuma foto deste tipo de coral registrada no mundo. O que o torna um propulsor para novas expedições e novas descobertas.

Além do mais, irá gerar um novo conhecimento sobre as espécies que o habitam, podendo incluir espécies nunca vistas antes. Como se diz em uma frase bem famosa: “Conhecimento não tem preço.”

E por todas estas razões este recife de corais é extremamente importante, logo sua preservação é basicamente obrigatória.


Bioeconomia: será que ela realmente pode salvar a Amazônia?realmente pode salvar a Amazônia?

Você já ouviu falar em bioconomia? Este conceito moderno e ecológico refere-se a um tipo de economia sustentável que já virou tendência em países ultra desenvolvidos como a Finlândia, Alemanha e o Canadá, e vem chegando aos poucos no Brasil. A União Europeia lançou sua primeira estratégia bioeconômica no ano de 2012 e a tendência segue crescendo na região. "Hoje nós temos mais de 50 países e regiões no mundo que possuem estratégias bioeconômicas nacionais e regionais", afirmou o conselheiro do Governo Alemão para Bioeconomia e ex-diretor da Comissão Europeia Christian Patermann. "É um grande sucesso, que não esperávamos.", completou.

Na Finlândia, por exemplo, foi estabelecida a Estratégia Finlandesa de Bioeconomia tendo em vista uma economia mais sustentável. Além disso, todas as províncias canadenses assinaram nos últimos meses o Quadro Pan-Canadense sobre Crescimento Limpo e Mudança Climática, o que abriu caminho para um potencial boom bioeconômico. "O mundo inteiro está colocando em prática uma economia de baixo carbono e, definitivamente, bioprodutos são uma forma de atingir tal objetivo", diz Judith Bossé, diretora geral de Recursos Naturais do Canadá. "Por isso, há muito interesse [na bioeconomia] neste momento." finalizou.

Mas afinal o que exatamente é a bioeconomia?

Não existe uma definição certa para este conceito, porque ele envolve uma grande variedade de setores que adotam ações altamente tecnológicas de processos biológicos e de materiais orgânicos. Mas ela está relacionada à inovação, desenvolvimento e uso de processos e produtos biológicos nas áreas da saúde humana, da biotecnologia industrial e da produtividade pecuária e agrícola. Surgiu como resultado de uma grande revolução de inovações no setor de ciências biológicas e da necessidade urgente de melhorar as condições de trabalho e exploração da natureza ao redor do mundo.

Segundo Marc Palahi, director do Instituto Forestal Europeu, "A bioeconomia é uma mudança de paradigma. Basicamente, é uma economia baseada na vida". Palahi ainda destaca que o petróleo, por exemplo, não é apenas utilizado para energia, como também para produzir uma grande variedade de materiais e produtos, desde o setor de plásticos até o de tecidos. A ideia é substituir o uso de petroquímicos por matéria orgânica na hora da produção.

Em suma, a bioeconomia é um plano de modelo econômico que se baseia principalmente na sustentabilidade, sendo resultado de inúmeras inovações no campo das ciências biológicas e da tecnologia que foram criadas com o intuito de:

  • Diminuir consideravelmente a dependência dos recursos não renováveis;
  • Minimizar ao máximo o impacto ambiental, transformando processos industriais e produtivos - Melhoria na qualidade de vida em sociedade.

Para isso, a bioeconomia depende muito do desenvolvimento de soluções de robótica, de avançadas tecnologias de informação, entre outros. Apenas se todos trabalharem juntos torna-se possível a criação de soluções mais adequadas à ideia e à pratica do desenvolvimento sustentável. Tudo isso envolve vencer uma série de diferentes desafios que vão muito além da preservação ambiental.

Mais quais são exatamente os benefícios?

Primeiramente, a bioeconomia "serve para desvincular crescimento econômico de danos ambientais", de acordo com o James Philip, analista da Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para que isso ocorra, a bioeconomia tem de contar com mão de obra de muitos níveis diferentes, e, com base em dados da própria OCDE, ela gera uma média de 22 milhões de empregos, movimentando 2 trilhões de euros no mercado mundial.

Há quem veja a bioeconomia como um meio de economia circular, onde os produtos devem ser reciclados para que seus componentes voltem à cadeira produtiva, reduzindo, assim, a necessidade de se extrair mais matéria-prima.

Devido ao seu considerável potencial para abrir espaço a avanços tecnológicos e no âmbito de pesquisa e conhecimento, a bioeconomia é tida como um excelente caminho para encontrar novas soluções para os mais diversos desafios envolvendo segurança alimentar, mudanças climáticas, saúde e, inclusive, crises econômicas.

Por meio da bioeconomia, podemos:

  • Aproveitar melhor os recursos do planeta;
  • Minimizar danos e prejuízos;
  • Garantir alimentos e bens para a população geral;
  • Movimentar a economia e gerar empregos;
  • Melhorar a qualidade de vida de todos os habitantes do planeta.

O Brasil e a bioeconomia

Defensores acreditam que o Brasil, assim como a China e a Índia, ainda estão distantes de entender todo o potencial do sistema bioeconômico. No entanto, a preocupação do Brasil – e do mundo – com o desmatamento da floresta Amazônica é legítima, e cada vez mais órgãos não governamentais, públicos e privados tem tomado iniciativas para aperfeiçoar da melhor forma possível as qualidades de trabalho e extração, buscando alternativas para poluir e causar cada vez menos desmatamento. A adoção da bioeconomia como alternativa sustentável e viável surgiu neste contexto.

Mesmo assim a bioeconomia ainda é um conceito muito recente no Brasil. Mas a notícia boa é que nosso país, considerado o líder dentre os Países Megadiversos (lista de países que concentram mais biodiversidade no mundo), tem boas condições para se destacar. Segundo especialistas, existe uma possibilidade não tão remota do Brasil chegar ao topo do ranking mundial de bioeconomia. Para tal, além de conseguir vencer burocracias que envolvem fatores conturbados, como modelo de negócios e regulamentação, é necessário interesse e investimento na causa, para apostar no desenvolvimento de novos conhecimentos e explorar todo o potencial da biotecnologia.

James Philip, da OCDE, afirma que os anos de experiência do Brasil com a produção de etanol, apresentando a cana de açúcar como uma das mais importantes fontes de biomassa, é um grande fator de vantagem. Além disso, no Brasil temos a política criada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), chamada de Renovabio, e que visa dar crédito para aqueles que produzirem com mais sustentabilidade, e o Programa Bioeconomia Brasil de Sociobiodiversidade, lançado no ano passado pelo Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento (MAPA), que é basicamente um grupo de estudos de bioeconomia subsidiado dentro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC).

Ainda falta muito trabalho a ser feito para efetivamente conseguirmos salvar a Amazônia, mas o Brasil está o caminho certo para fazê-lo, buscando cada vez mais recursos, investimento e inovações. Se todos trabalharem juntos, a bioeconomia com certeza poderá ajudar.


Como a construção de hidrelétricas pode impactar o bioma amazônico

O Brasil tem sua principal fonte de energia avinda das hidrelétricas, sendo muito usadas para gerar eletricidade, fornecendo cerca de 70% de energia elétrica para consumo no País.

Isso significa dizer que somos sustentados pelas hidrelétricas, uma vez que o potencial hidráulico brasileiro é considerado o terceiro maior do mundo, estando atrás apenas da Rússia e China. Para que a geração de energia ocorra, usinas precisam ser construídas, certo?

Se considerarmos que 40,5% do potencial hidrelétrico do País está na bacia Hidrográfica do Amazonas e que a construção dessas usinas impacta o meio ambiente de forma negativa, então chegaremos à conclusão de que somos mantidos, mais uma vez, pela degradação ambiental.

A construção de hidrelétricas causa problemas no bioma amazônico e impacta também grupos indígenas. Entenda mais sobre isso!

Entenda para que serve uma usina hidrelétrica

Como dito, rico em rios extensos, o Brasil é um país que possui sua principal fonte de energia vinda de usinas hidrelétricas, que originam, por meio de um sistema gerador, a eletricidade.

Dessa forma, a energia hidráulica contida pela composição de grandes massas de água em aproveitamento dos desníveis de queda, fluxos e potencial de rios é transformada em energia cinética.

Ou seja, uma hidrelétrica transforma a energia contida na correnteza de rios em energia cinética, a qual movimenta uma turbina e gera eletricidade.

Nesse sentido, uma usina hidrelétrica é um mecanismo estruturado para produzir energia elétrica aproveitando o potencial hidráulico de um rio. Isso é medido por algumas características, como:

  • extensão;
  • opulência;
  • conjunto de desníveis formados por planaltos e depressões;
  • vazão hidráulica.

Para isso, há algumas principais necessidades funcionais para uma usina hidrelétrica, são elas:

  • altura da queda d’água;
  • vazão hidráulica;
  • capacidade ou potência construída;
  • turbinas para o sistema gerador;
  • barragem e reservatório.

Usinas hidrelétricas no Brasil

Como o Brasil é um dos maiores detentores do potencial de hidrelétricas, há diversas usinas instaladas em seu entorno. No entanto, as maiores e que geram mais energia são cinco:

  • Usina Hidrelétrica de Itaipu (Paraná);
  • Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Pará);
  • Usina Hidrelétrica São Luís do Tapajós (Pará);
  • Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Pará);
  • Usina Hidrelétrica de Santo Antônio (Rondônia).

A usina de Itaipu, também conhecida como Itaipu Binacional, na fronteira do Paraguai e do Brasil, é a maior geradora de energia (considerada limpa e renovável) do planeta. Em 2019, produziu 79.444.510 megawatts-hora (MWh) e com suas 20 turbinas gera 15% da energia utilizada no País e 86% no Paraguai.

Além desta, há a de Belo Monte, que se tornou a segunda maior da América Latina ao ser finalizada, mas recebeu inúmeras irregularidades e críticas ao desalojar populações indígenas. E também a Tucuruí I e II, em Belém do Pará, sendo considerada a maior usina hidrelétrica 100% brasileira.

Plano de construção de mais hidrelétricas

A construção de hidrelétricas é vista como uma solução para geração de mais eletricidade no país, no entanto especialistas e ambientalistas reforçam suas preocupações quanto a isso e até mesmo quanto ao real motivo da necessidade de gerar mais eletricidade.

Vale considerar que a quantidade de usinas previstas na Amazônia diminuiu nos últimos planos, mas ainda há algumas sendo planejadas, como no plano de 2020-2029, que prevê a construção de três:

  • Tabajara (Rondônia);
  • Bem Querer (Roraima);
  • Castanheiras (Mato Grosso).

Além destas, até 2029 há uma lista bem maior de usinas a serem construídas, mas o maior precursor de receio é com relação à afirmação de que poderiam ser construídas outras, dependendo do “tratamento” a Unidades de Conservação e Terras Indígenas.

Isso significa dizer que a construção de usinas que não levem em consideração as violações ambientais e até mesmo os direitos humanos, como no caso dos problemas que afetam a população indígena, pode ocorrer, desde que haja alteração na legislação.

O atual governo do presidente Jair Bolsonaro, inclusive, intensificou a aceleração de vários projetos de lei com o foco em eliminar o licenciamento ambiental, além de ter apresentado uma proposta que acabaria por liberar a exploração de terceiros em terras indígenas.

Vale ressaltar também os Planos Nacionais de Energia que o Brasil mantém periodicamente. O último, que vai até 2050, não faz menção as usinas mais polêmicas, como a de Babaquara, no rio Xingu.

Impactos ambientais causados por hidrelétricas

A energia hidrelétrica é considerada uma energia “limpa”, uma vez que não se manifesta por meio da queima de combustíveis fósseis, no entanto todo o processo de geração para que ela se estabeleça contribui para a emissão de dióxido de carbono e metano.

Esses gases possuem potencial de serem causadores do aquecimento global, que é um fenômeno em que há o aumento da temperatura média dos oceanos e atmosfera terrestre, intensificando o efeito estufa e impactando a flora e a fauna, além de vários outros espaços.

Além disso, há diversas outras questões de impactos ambientais causados e/ou agravados por usinas hidrelétricas, como:

  • impactos na biodiversidade: há perda de espécies de plantas e animais, com a morte de organismos da flora onde o reservatório é formado, além de caracterizar em mudanças nos habitats destes;
  • perda de solo: a região utilizada e inundada se torna inutilizável para outras finalidades, uma vez que a usina é construída com referência da vazão do rio e o desnível do terreno. Sendo assim, será armazenada uma quantidade de água enorme, o que também predomina uma área extensa para o reservatório;
  • desequilíbrio na natureza dos rios: os rios são compostos por um equilíbrio dinâmico que vai desde sua descarga até a morfologia do leito. Esses reservatórios afetam essa relação, causando mudanças da geometria hidráulica do rio, tanto na área utilizada quanto em seu entorno;
  • degradação da vegetação: com a emissão de gases de efeito estufa, dióxido de carbono e metano, há a degradação da vegetação alagada e também do solo;
  • impactos de reassentamento: isso diz respeito a questões de realocação de pessoas urbanas e rurais, o que representa uma violação de direitos, além de haver a retirada da assistência da pesca e agricultura;
  • prejuízos na saúde: maior índice de proliferação de insetos e aumento do processo de metilação de mercúrio, processo que o torna tóxico.

Propriedades de médio e grande porte são responsáveis por focos de calor na Amazônia

Um levantamento do projeto Cortina de Fumaça apontou que 72% dos focos de calor nas quatro maiores áreas críticas da Amazônia em 2019, são de responsabilidade de propriedades de médio e grande porte.

Durante os estudos foram cruzados dados oficiais de desmatamento e queimadas, monitorados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), com as declarações dos proprietários rurais sobrea área de seus imóveis no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

O que são focos de calor?

São qualquer temperatura acima de 47°C registrada pelos satélites de monitoramento. Mas isso não significa que são foco de fogo ou incêndio.

De acordo com dados do Cortina de Fumaça e do Inpe, foram registrados 89 mil focos de calor na Amazônia, no período de janeiro a dezembro de 2019. Isso representa 30% a mais do que no ano anterior. Já entre os meses de maio e julho de 2020, o aumento foi de 23% nos focos em comparação ao mesmo período do ano passado. Os maiores índices foram constatados em junho.

As áreas críticas englobam quatro municípios líderes em fogo e desmatamento em 2019:

  • Altamira e São Félix do Xingu, no Pará;
  • Porto Velho, em Rondônia;
  • Lábrea, no Amazonas.

Segundo a pesquisadora nas Universidades de Oxford e Lancaster, a bióloga brasileira Erika Berenguer explica que nos últimos dois anos o desmatamento e queimadas acontecem de maneira associada na Amazônia.

A bióloga explica o seguinte: “O fogo é a etapa final do desmatamento, porque transforma em cinzas a floresta, já que não há como colocar boi ou plantar grãos com árvores caídas no chão”.

No primeiro semestre deste ano, cerca de 60% dos focos aconteceram em propriedades rurais. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), 50% ocorreram em fazendas de médio e grande porte e 10% em pequenas propriedades. Já as terras indígenas correspondem a 12% dos focos de calor.

Os dados foram divulgados em agosto deste ano e vão de encontro ao discurso de Bolsonaro na ONU, onde disse que "índios e caboclos" são os responsáveis pelas queimadas na Amazônia Legal.

Manejo agropecuário 

De acordo com informações do IPAM, o fogo de manejo agropecuário é o mais comum na Amazônia desde 2016. Entretanto, os focos de calor registrados em áreas recém-desmatadas e os incêndios florestais cresceram. Isso confirma a relação das queimadas ao desmatamento.

Para o cientista sênior do IPAM, Paulo Moutinho, é importante que o governo siga as orientações dos estudos científicos a fim de combater os crimes florestais. Moutinho explica que há previsões sendo feitas em relação ao desmatamento e queimadas na região que precisam ser consideradas pelos órgãos governamentais.

“Se o governo continuar ignorando os dados, continuaremos a assistir esses eventos de desmatamento e fogo nos próximos anos,

durante o período seco na região”, disse Moutinho.

O Instituto Amazon aponta dois motivos que colaboram para o desmatamento ilegal. São eles o estímulo que vem do mercado e o enfraquecimento das fiscalizações e aplicação da penalidade. Esses dois fatores são fundamentais para o aumento da devastação da floresta amazônica. As sucessivas declarações e decretos a favor de pecuaristas também contribuem para o crime ambiental.

Brasil perdeu 8,34% de sua vegetação natural

Nos últimos 18 anos, o Brasil perdeu 8,34% de sua vegetação natural. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)e foram levantados entre 2000 e 2018. Segundo a pesquisa, Amazônia e o Cerrado foram os mais prejudicados. Os biomas sofreram perdas e são as áreas mais devastadas em todo o país e convertidas em pastagem.

O levantamento do IBGE tem como objetivo mensurar o capital natural do país para desenvolver indicadores ambientais. Esses dados serão incorporados ao cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

No total, o Brasil perdeu 490 mil km² de vegetação naturaldurante o período analisado. A área é equivalente a mais de dez vezes toda a extensão territorial do estado do Rio de Janeiro e quase ao dobro de todo o território do estado de São Paulo.

Mais de 86% da cobertura vegetal nativa devastada se concentrava na Amazônia (270 mil km²) e Cerrado (153 mil km²). O bioma pampa, encontrado na Região Sul do Brasil, também perdeu área vegetal nativa. Segundo o IBGE, foi o que mais perdeu nos últimos 18 anos. Foram mais de 16,1 mil km² devastados, representando 16,8% de toda a sua área.

Desaceleração

Na contramão da devastação, algumas áreas apresentaram desaceleração. O IBGE informou também que ao longo do período analisado, houve uma desaceleração nas perdas de algumas áreas naturais no país. A maior desaceleração ocorreu na Mata Atlântica e na Caatinga.

  • Mata Atlântica: Entre 2000 e 2010, a perda de 8.793 km². Já entre 2016 e 2018, houve uma redução significativa, com menos 577 km² devastados. De acordo com o IBGE, a Mata Atlântica sofreu pouca alteração. Além disso, observou-se alguma regeneração de sua vegetação natural, durante o período analisado.
  • Caatinga: Nos mesmos períodos, as perdas foram de 17.165 km² e de 1.604 km², respectivamente. Mais de 47% da área foi convertida em mosaicos de ocupação campestre. Ou seja, a vegetação nativa foi substituída por outros tipos. Também foi constatada a instalação de estabelecimentos rurais e sistemas agroflorestais.

O Pantanal também foi o bioma que menos perdeu área nativa. No total, foram cerca de 2,1 mil km² devastados. Isso representou apenas 1,6% de sua área, sendo o mais preservado entre todos os biomas brasileiros no período de 2000 a 2018.

Pastagem 

A maior parte dos territórios devastados tornaram-se áreas de pastagem. Ou seja, 43% da vegetação perdida passaram a ser usados como pastos para gados e outros animais. Os outros 94 mil km² (19%) são utilizados para plantio de grãos ou outras culturas.

Apenas 3,6% de toda conversão do uso da terra que teve sua cobertura vegetal alterada foram usados para o cultivo de árvores, para coleta de madeira ou produção de papel e celulose.

Isso demonstra como a atividade agropecuária prejudica as florestas brasileiras, principalmente a Amazônia Legal. Além disso, elas são mais interessantes financeiramente para quem comete crime ambiental.


Propriedades de médio e grande porte são responsáveis por focos de calor na Amazônia

Um levantamento do projeto Cortina de Fumaça apontou que 72% dos focos de calor nas quatro maiores áreas críticas da Amazônia em 2019, são de responsabilidade de propriedades de médio e grande porte.

Durante os estudos foram cruzados dados oficiais de desmatamento e queimadas, monitorados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), com as declarações dos proprietários rurais sobrea área de seus imóveis no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

O que são focos de calor?

São qualquer temperatura acima de 47°C registrada pelos satélites de monitoramento. Mas isso não significa que são foco de fogo ou incêndio.

De acordo com dados do Cortina de Fumaça e do Inpe, foram registrados 89 mil focos de calor na Amazônia, no período de janeiro a dezembro de 2019. Isso representa 30% a mais do que no ano anterior. Já entre os meses de maio e julho de 2020, o aumento foi de 23% nos focos em comparação ao mesmo período do ano passado. Os maiores índices foram constatados em junho.

As áreas críticas englobam quatro municípios líderes em fogo e desmatamento em 2019:

  • Altamira e São Félix do Xingu, no Pará;
  • Porto Velho, em Rondônia;
  • Lábrea, no Amazonas.

Segundo a pesquisadora nas Universidades de Oxford e Lancaster, a bióloga brasileira Erika Berenguer explica que nos últimos dois anos o desmatamento e queimadas acontecem de maneira associada na Amazônia.

A bióloga explica o seguinte: “O fogo é a etapa final do desmatamento, porque transforma em cinzas a floresta, já que não há como colocar boi ou plantar grãos com árvores caídas no chão”.

No primeiro semestre deste ano, cerca de 60% dos focos aconteceram em propriedades rurais. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), 50% ocorreram em fazendas de médio e grande porte e 10% em pequenas propriedades. Já as terras indígenas correspondem a 12% dos focos de calor.

Os dados foram divulgados em agosto deste ano e vão de encontro ao discurso de Bolsonaro na ONU, onde disse que "índios e caboclos" são os responsáveis pelas queimadas na Amazônia Legal.

Manejo agropecuário 

De acordo com informações do IPAM, o fogo de manejo agropecuário é o mais comum na Amazônia desde 2016. Entretanto, os focos de calor registrados em áreas recém-desmatadas e os incêndios florestais cresceram. Isso confirma a relação das queimadas ao desmatamento.

Para o cientista sênior do IPAM, Paulo Moutinho, é importante que o governo siga as orientações dos estudos científicos a fim de combater os crimes florestais. Moutinho explica que há previsões sendo feitas em relação ao desmatamento e queimadas na região que precisam ser consideradas pelos órgãos governamentais.

“Se o governo continuar ignorando os dados, continuaremos a assistir esses eventos de desmatamento e fogo nos próximos anos,

durante o período seco na região”, disse Moutinho.

O Instituto Amazon aponta dois motivos que colaboram para o desmatamento ilegal. São eles o estímulo que vem do mercado e o enfraquecimento das fiscalizações e aplicação da penalidade. Esses dois fatores são fundamentais para o aumento da devastação da floresta amazônica. As sucessivas declarações e decretos a favor de pecuaristas também contribuem para o crime ambiental.

Brasil perdeu 8,34% de sua vegetação natural

Nos últimos 18 anos, o Brasil perdeu 8,34% de sua vegetação natural. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)e foram levantados entre 2000 e 2018. Segundo a pesquisa, Amazônia e o Cerrado foram os mais prejudicados. Os biomas sofreram perdas e são as áreas mais devastadas em todo o país e convertidas em pastagem.

O levantamento do IBGE tem como objetivo mensurar o capital natural do país para desenvolver indicadores ambientais. Esses dados serão incorporados ao cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

No total, o Brasil perdeu 490 mil km² de vegetação natural durante o período analisado. A área é equivalente a mais de dez vezes toda a extensão territorial do estado do Rio de Janeiro e quase ao dobro de todo o território do estado de São Paulo.

Mais de 86% da cobertura vegetal nativa devastada se concentrava na Amazônia (270 mil km²) e Cerrado (153 mil km²). O bioma pampa, encontrado na Região Sul do Brasil, também perdeu área vegetal nativa. Segundo o IBGE, foi o que mais perdeu nos últimos 18 anos. Foram mais de 16,1 mil km² devastados, representando 16,8% de toda a sua área.

Desaceleração

Na contramão da devastação, algumas áreas apresentaram desaceleração. O IBGE informou também que ao longo do período analisado, houve uma desaceleração nas perdas de algumas áreas naturais no país. A maior desaceleração ocorreu na Mata Atlântica e na Caatinga.

  • Mata Atlântica: Entre 2000 e 2010, a perda de 8.793 km². Já entre 2016 e 2018, houve uma redução significativa, com menos 577 km² devastados. De acordo com o IBGE, a Mata Atlântica sofreu pouca alteração. Além disso, observou-se alguma regeneração de sua vegetação natural, durante o período analisado.
  • Caatinga: Nos mesmos períodos, as perdas foram de 17.165 km² e de 1.604 km², respectivamente. Mais de 47% da área foi convertida em mosaicos de ocupação campestre. Ou seja, a vegetação nativa foi substituída por outros tipos. Também foi constatada a instalação de estabelecimentos rurais e sistemas agroflorestais.

O Pantanal também foi o bioma que menos perdeu área nativa. No total, foram cerca de 2,1 mil km² devastados. Isso representou apenas 1,6% de sua área, sendo o mais preservado entre todos os biomas brasileiros no período de 2000 a 2018.

Pastagem 

A maior parte dos territórios devastados tornaram-se áreas de pastagem. Ou seja, 43% da vegetação perdida passaram a ser usados como pastos para gados e outros animais. Os outros 94 mil km² (19%) são utilizados para plantio de grãos ou outras culturas.

Apenas 3,6% de toda conversão do uso da terra que teve sua cobertura vegetal alterada foram usados para o cultivo de árvores, para coleta de madeira ou produção de papel e celulose.

Isso demonstra como a atividade agropecuária prejudica as florestas brasileiras, principalmente a Amazônia Legal. Além disso, elas são mais interessantes financeiramente para quem comete crime ambiental.