Julho tem mais de 5 mil focos de incêndio na Amazônia

Região continua sofrendo com o descaso institucional brasileiro

O mês de julho registrou mais de 5 mil focos de incêndio na Amazônia, conforme apontou um triste relatório desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Segundo a entidade, os locais mais atingidos foram:

  • Porto Velho, com 340 focos
  • Lábrea, com 251 focos
  • Apuí, com 249 focos
  • Altamira, com 228 focos

Quer saber mais sobre esse assunto? Continue no nosso artigo.

Estatísticas corroboradas por outros especialistas

Contrariando o negacionismo promovido por alguns representantes do governo federal, o Greenpeace sobrevoou a região amazônica visando fortalecer os dados coletados pelo INPE. A organização filmou e fotografou os espaços e confirmou as informações divulgadas anteriormente. Além disso, pôde registrar a presença de diversas cabeças de gado em alguns desses espaços.

Informações publicadas no portal da entidade internacional indicam que essa destruição é crescente. Conforme um artigo publicado no dia 2 de agosto, “(...) o número de focos registrados na Amazônia em maio e junho já havia sido o maior para esses meses desde 2007”.

Em entrevista publicada no mesmo material, Cristiane Mazzetti, gestora ambiental do Greenpeace, alerta para essa subida, que deve ser analisada de maneira ampla. Ela diz que “(...) é importante analisar os focos de calor considerando, também, o desmatamento ocorrido recentemente na Amazônia. Muitas áreas foram derrubadas e degradas recentemente e devem ser queimadas ilegalmente nos próximos meses, quando a vegetação remanescente fica mais seca e suscetível ao fogo”.

Todos os incêndios são criminosos?

O último ponto apresentado pela profissional se refere ao decreto 10.735, em vigor desde o dia 28 de junho de 2021. Segundo o texto, a utilização de fogo em território brasileiro fora proibida por 120 dias, suspendendo o decreto 2.661, de 8 de julho de 1998. Os únicos adendos destacados pelo documento explicam que a regra “(...) não se aplica às seguintes hipóteses:

  • Práticas de prevenção e combate a incêndios realizados ou supervisionados pelas instituições públicas responsáveis pela prevenção e pelo combate aos incêndios florestais no país.
  • Práticas agrícolas de subsistência executadas pelas populações tradicionais e indígenas.
  • Atividades de pesquisa científica realizadas por Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT), desde que autorizadas pelo órgão ambiental competente.
  • Controle fitossanitário, desde que autorizado pelo órgão ambiental competente.
  • Queimas controladas, em áreas não localizadas nos biomas Amazônia e Pantanal, desde que sejam:

- Imprescindíveis à realização de práticas agrícolas

- Previamente autorizadas pelo órgão ambiental estadual ou distrital, nos termos do disposto no decreto 2.661, de 1998”.

No mesmo dia em que o decreto 10.735 foi publicado, o governo federal autorizou, mais uma vez, a utilização de tropas militares como alternativa de combate aos crimes ambientais da região, ação sustentada pela Garantia da Lei e da Ordem. No entanto, conforme indicou o Greenpeace, essa estratégia é “(...) comprovadamente ineficiente”, visto que nunca conseguiu reduzir a devastação em grandes áreas.

Em 2020, a mesma técnica foi adotada por mandatários desse setor, seguindo os mesmos meses escolhidos para 2021. No entanto, dados do INPE registraram 6.091 focos de incêndio no mês de julho daquele ano, um aumento de 14,5% em relação ao mesmo período de 2019.

Provando que essa tendência não mudou, a organização contabilizou 1.007 pontos de calor em seu sistema de monitoramento em 30 de julho de 2021, marcando em seus registros o dia que mais queimou nesse mês nos últimos 15 anos. Em 2014, ano em que esses números atingiram seu menor patamar, foram 2.166.

Esse enfrentamento improdutivo é grave e coloca em risco espaços públicos de conservação, segundo apontou a entidade. Afinal, nos apontamentos feitos pela organização, parques nacionais e florestas de responsabilidade estatal foram alguns dos alvos escolhidos, diminuindo ainda mais as áreas protegidas.

A intensificação através de fenômenos naturais

Além da atividade humana, as chamas se alastram pela região amazônica graças a alguns fenômenos naturais. Um material produzido pelo G1 destaca que essa tendência aumenta durante os meses mais secos desse ecossistema, geralmente registrados entre agosto e novembro.

Ao Greenpeace, Cristiane Mazzetti explica que esse ponto está diretamente relacionado aos problemas anteriores, e afirma que “(...) muitas áreas foram derrubadas e degradadas recentemente e devem ser queimadas ilegalmente nos próximos meses, quando a vegetação remanescente fica mais seca e suscetível ao fogo. O pior ainda está por vir, além dos próximos meses serem mais secos na Amazônia, os órgãos ambientais seguem enfraquecidos”.

Dados coletados pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) em parceria com o Woodwell Climate Research Center (WCRC), publicados em 30 de julho desse ano, sugerem que uma área de aproximadamente 5 mil quilômetros quadrados está sob risco de queimadas durante esse período. O mesmo estudo indica que áreas desmatadas no sul da região amazônica podem impulsionar as chamas, uma vez que a seca intensa provocada pelo fenômeno La Niña deve interferir nessa probabilidade.

Segundo o texto, “(...) quando as florestas são cortadas, as árvores e os galhos mortos são empilhados para secar, completando o ciclo do desmatamento. Esse fogo, de grande intensidade, pode escapar para a floresta e, se combinado a condições secas, causar grandes danos. Tias condições têm se tornado mais frequentes como resultado da combinação dos efeitos locais do desmatamento com as mudanças climáticas globais”.

A corroboração estatal

Não bastasse a soma dos fatores acima intensificarem a gravidade desses problemas, ambientalistas tem alertado para movimentos políticos voltados à exploração de terras amazônicas. No dia 3 de agosto, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei (PL) 2633, batizado por pesquisadores e ativistas como “PL da Grilagem”.

Pouco depois, no dia 6 de agosto, o Estadão noticiou uma mudança no texto do projeto que “(...) segundo especialistas na área ambiental, fragilizam ainda mais o processo de regularização de terras”. No mesmo artigo, o portal explica que “(...) a regularização de terras por meio de autodeclaração é baseada em informações fornecidas pelos próprios ocupantes do imóvel rural, sem a necessidade de uma inspeção de campo ou vistoria de autoridades no local”.


Não é só a Amazônia que sofre com o fogo, o Pantanal acumulou cerca de 20 mil focos de incêndio já no ano de 2020

De modo genérico, fogo, com raras exceções, é fruto da ação humana. Ou seja, alguém incendiou o meio-ambiente, foi uma ignição humana proposital ou acidental. Neste ano, o número de focos de incêndios no Pantanal e na Amazônia bateu recorde.

Segundo Paulo Motinho, cientista com doutorado em ecologia, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), assevera que, na maioria das vezes, os incêndios acontecem em zonas abertas de pasto e áreas que são devastadas na época de chuva:

  • Para furto de madeira;
  • Aumento das pastagens;
  • Aumentos das áreas de plantio;
  • Ou aumento da atividade mineradora.

Nas matas densas, derrubam-se, primeiro, as árvores, no período de chuvas (entre novembro e abril) com o objetivo de queimá-las na época da seca (entre maio e outubro).

“O crescimento do número de focos de incêndios é fruto da junção de fatores, tais como um ano com grande período de seca, agregado com um ano com muita devastação, como nos dias de hoje. O fogo é a principal ferramenta para limpar a área após o desmatamento”, alerta Paulo Motinho.

Cientista que estuda os impactos do desmatamento e seus efeitos para o meio-ambiente, variações climáticas e populações locais, Moutinho argui que os focos de incêndio que estão acontecendo na atualidade são agravados pelas mudanças climáticas globais, bem como são fatores responsáveis pelo aumento de temperatura:

“A mudança do clima é acentuada pela ação humana, que ocasiona focos de incêndio. A fumaça fruto das queimadas vai para a atmosfera, interfere nas nuvens e afetam a ocorrência das chuvas”, afirma o cientista.

Esse processo contribui para o problema de ter, cada vez mais, uma Amazônia mais árida e com potencial inflamável. Sendo os incêndios comuns na paisagem. Isso ocorre pelo fato de que o desmatamento e, consequentemente, a “área limpa”, afetam a vegetação: “A vegetação passa por um processo de savanização e torna-se coberta de capim, que incendeia durante todo o ano”, assevera o doutor em ecologia.

Ainda, segundo o cientista, o Brasil é um dos principais responsáveis pela deterioração e estimulador da mudança climática que afetam outros lugares, tais como os incêndios descontrolados que têm acontecido na Califórnia, Austrália e África:

“Nossa atmosfera está cada vez mais reativa às mudanças climáticas. Percebemos isso amplamente. Algumas regiões estão sendo dominadas pelo fogo. Está cada vez mais frequente e vai piorar se nada for feito”, diz Moutinho.

Para Moutinho, o principal problema da atualidade é postura imunológica do governo no sentido de achar que esse problema de aumento de focos de incêndio não é fator alarmante. Ainda, segundo o cientista, há uma falta de postura na atualidade no sentido de impedir essas mudanças no meio-ambiente:

“Falta atenção e efetividade política. Falta também uma construção de cidadania ecológica. É preciso reconhecer qual tipo de cidadão estamos formando. Isso é relegado e não é discutido”, atenta Paulo Motinho.

Os incêndios no Pantanal continuam crescendo

Imagem de grande foco de incêndio no Pantanal com vários combatentes em volta

O número de incêndios no Pantanal do Mato Grosso do Sul teve aumento de 5,2% em apenas seis dias, segundo dados divulgados pelos Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) Prevfogo e Laboratório de aplicações de satélites ambientais (LASA/UFRJ).

O período de análise desses dados foi do dia 27 de setembro ao dia 03 de outubro deste ano. Até o dia 03, cerca de 2.000.000 de hectares tinham sido devastados no Pantanal. Ao acrescentar a área devastada em Mato Grosso do Sul (MS), o número chega a quatro milhões de hectares.

De acordo com o Ibama Prevfogo, os focos de incêndios na região já duram mais de dois meses e a área desmatada representa cerca de 30% do bioma. Algumas equipes têm empreendidos esforços na região a fim de evitar que o fogo se alastre ainda mais.

Desde o mês de janeiro, o Inpe já computou cerca de 20 mil focos de incêndio no Pantanal. Esse número já ultrapassou todo o ano de 2019, que foi um valor de 10.025 focos. Com isso, houve aumento de cerca de 50%, se comparado ano anterior.

Segundo estudo feito pelo Instituto Centro de Vida (ICV), 33 mil focos de incêndios ocorridos em Mato Grosso se deram em épocas proibitivas de queimadas (entre julho e setembro).

Por outro lado, através do levantamento de dados realizado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) foi constatado que as chuvas diminuíram 50% na região, se comparadas às médias históricas.

Os focos de incêndio na Amazônia estão aumentando

Assim como tem ocorrido no Pantanal, o número de queimadas na Amazônia tem crescido exponencialmente. Só nos primeiros quinze dias, do mês de setembro, já foram registrados aproximadamente 500.000 focos de calor na região.

Se comparado com a mesma época do ano passado, houve um crescimento de 90% no número de queimadas. Já neste mês, o território do Pará é o que concentra maior número de queimadas. Atrás do Pará vêm Mato Grosso e Rondônia.

O cientista doutor em meio-ambiente e vice-presidente do Instituto Democracia e Sustentabilidade, João Paulo Capobianco, alerta para a situação dos desmatamentos, focos de incêndios e queimadas, pois só os números não são suficientes para mostrar o quão alarmante é a destruição do bioma:

“Quem devasta de forma ilícita na maioria das vezes derruba cinco árvores a mais, que não serão aproveitadas e acentuam ainda mais o fogo. Quando existe o corte raso da mata em uma área ampla, isso chama muita atenção. Ocorre que em regiões que não foram destruídas por corte raso, mas foram prejudicadas por conta da exploração predatória, os números não mostram”, alerta Capobianco.

Além disso, alguns ambientalistas culpam a política do governo como contributiva para o aumento do desmatamento nessa região. A postura do governo baseada no desenvolvimento econômico da Amazônia encoraja garimpeiros, madeireiros ilegais e grileiros a devastarem a floresta. Segundo o atual presidente, tem que ter agricultura e garimpo na região a fim de tirar as pessoas da situação de miséria.

De tal modo, criminosos extraem madeira de regiões protegidas da selva antes de incendiar o local, aumentando o valor para agricultura e pecuária. Incêndios naturais na Amazônia são muitos raros.


Não é só a Amazônia que sofre com o fogo, o Pantanal acumulou cerca de 20 mil focos de incêndio já no ano de 2020

De modo genérico, fogo, com raras exceções, é fruto da ação humana. Ou seja, alguém incendiou o meio-ambiente, foi uma ignição humana proposital ou acidental. Neste ano, o número de focos de incêndios no Pantanal e na Amazônia bateu recorde.

Segundo Paulo Motinho, cientista com doutorado em ecologia, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), assevera que, na maioria das vezes, os incêndios acontecem em zonas abertas de pasto e áreas que são devastadas na época de chuva:

  • Para furto de madeira;
  • Aumento das pastagens;
  • Aumentos das áreas de plantio;
  • Ou aumento da atividade mineradora.

Nas matas densas, derrubam-se, primeiro, as árvores, no período de chuvas (entre novembro e abril) com o objetivo de queimá-las na época da seca (entre maio e outubro).

“O crescimento do número de focos de incêndios é fruto da junção de fatores, tais como um ano com grande período de seca, agregado com um ano com muita devastação, como nos dias de hoje. O fogo é a principal ferramenta para limpar a área após o desmatamento”, alerta Paulo Motinho.

Cientista que estuda os impactos do desmatamento e seus efeitos para o meio-ambiente, variações climáticas e populações locais, Moutinho argui que os focos de incêndio que estão acontecendo na atualidade são agravados pelas mudanças climáticas globais, bem como são fatores responsáveis pelo aumento de temperatura:

“A mudança do clima é acentuada pela ação humana, que ocasiona focos de incêndio. A fumaça fruto das queimadas vai para a atmosfera, interfere nas nuvens e afetam a ocorrência das chuvas”, afirma o cientista.

Esse processo contribui para o problema de ter, cada vez mais, uma Amazônia mais árida e com potencial inflamável. Sendo os incêndios comuns na paisagem. Isso ocorre pelo fato de que o desmatamento e, consequentemente, a “área limpa”, afetam a vegetação: “A vegetação passa por um processo de savanização e torna-se coberta de capim, que incendeia durante todo o ano”, assevera o doutor em ecologia.

Ainda, segundo o cientista, o Brasil é um dos principais responsáveis pela deterioração e estimulador da mudança climática que afetam outros lugares, tais como os incêndios descontrolados que têm acontecido na Califórnia, Austrália e África:

“Nossa atmosfera está cada vez mais reativa às mudanças climáticas. Percebemos isso amplamente. Algumas regiões estão sendo dominadas pelo fogo. Está cada vez mais frequente e vai piorar se nada for feito”, diz Moutinho.

Para Moutinho, o principal problema da atualidade é postura imunológica do governo no sentido de achar que esse problema de aumento de focos de incêndio não é fator alarmante. Ainda, segundo o cientista, há uma falta de postura na atualidade no sentido de impedir essas mudanças no meio-ambiente:

“Falta atenção e efetividade política. Falta também uma construção de cidadania ecológica. É preciso reconhecer qual tipo de cidadão estamos formando. Isso é relegado e não é discutido”, atenta Paulo Motinho.

Os incêndios no Pantanal continuam crescendo

Imagem de grande foco de incêndio no Pantanal com vários combatentes em volta

O número de incêndios no Pantanal do Mato Grosso do Sul teve aumento de 5,2% em apenas seis dias, segundo dados divulgados pelos Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) Prevfogo e Laboratório de aplicações de satélites ambientais (LASA/UFRJ).

O período de análise desses dados foi do dia 27 de setembro ao dia 03 de outubro deste ano. Até o dia 03, cerca de 2.000.000 de hectares tinham sido devastados no Pantanal. Ao acrescentar a área devastada em Mato Grosso do Sul (MS), o número chega a quatro milhões de hectares.

De acordo com o Ibama Prevfogo, os focos de incêndios na região já duram mais de dois meses e a área desmatada representa cerca de 30% do bioma. Algumas equipes têm empreendidos esforços na região a fim de evitar que o fogo se alastre ainda mais.

Desde o mês de janeiro, o Inpe já computou cerca de 20 mil focos de incêndio no Pantanal. Esse número já ultrapassou todo o ano de 2019, que foi um valor de 10.025 focos. Com isso, houve aumento de cerca de 50%, se comparado ano anterior.

Segundo estudo feito pelo Instituto Centro de Vida (ICV), 33 mil focos de incêndios ocorridos em Mato Grosso se deram em épocas proibitivas de queimadas (entre julho e setembro).

Por outro lado, através do levantamento de dados realizado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) foi constatado que as chuvas diminuíram 50% na região, se comparadas às médias históricas.

Os focos de incêndio na Amazônia estão aumentando

Assim como tem ocorrido no Pantanal, o número de queimadas na Amazônia tem crescido exponencialmente. Só nos primeiros quinze dias, do mês de setembro, já foram registrados aproximadamente 500.000 focos de calor na região.

Se comparado com a mesma época do ano passado, houve um crescimento de 90% no número de queimadas. Já neste mês, o território do Pará é o que concentra maior número de queimadas. Atrás do Pará vêm Mato Grosso e Rondônia.

O cientista doutor em meio-ambiente e vice-presidente do Instituto Democracia e Sustentabilidade, João Paulo Capobianco, alerta para a situação dos desmatamentos, focos de incêndios e queimadas, pois só os números não são suficientes para mostrar o quão alarmante é a destruição do bioma:

“Quem devasta de forma ilícita na maioria das vezes derruba cinco árvores a mais, que não serão aproveitadas e acentuam ainda mais o fogo. Quando existe o corte raso da mata em uma área ampla, isso chama muita atenção. Ocorre que em regiões que não foram destruídas por corte raso, mas foram prejudicadas por conta da exploração predatória, os números não mostram”, alerta Capobianco.

Além disso, alguns ambientalistas culpam a política do governo como contributiva para o aumento do desmatamento nessa região. A postura do governo baseada no desenvolvimento econômico da Amazônia encoraja garimpeiros, madeireiros ilegais e grileiros a devastarem a floresta. Segundo o atual presidente, tem que ter agricultura e garimpo na região a fim de tirar as pessoas da situação de miséria.

De tal modo, criminosos extraem madeira de regiões protegidas da selva antes de incendiar o local, aumentando o valor para agricultura e pecuária. Incêndios naturais na Amazônia são muitos raros.