Mapeamento mostra que Amazônia brasileira teve quase 20% de seu território queimado

As queimadas não param mesmo com todos os alertas de órgãos ambientais

A realidade da floresta amazônica é mais cruel do que imaginamos e isso tende a piorar. Segundo estudos do projeto MapBiomas, entre 1985 e 2020, esse bioma teve quase 20% de seu território queimado. A situação preocupa o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e outras entidades que lutam pela preservação da Amazônia.

A diretora do IPAM, Ane Alencar, chama a atenção para o problema que pode aumentar consideravelmente ao longo dos próximos anos. “Com o clima seco, as queimadas ocorrem com mais frequência, degradando a floresta. O impacto disso é que as espécies que são mais resistentes vão dominar e a biodiversidade ficará mais pobre”, explicou Ane, em entrevista à CNN.

O levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa revela que a taxa de recorrência do incêndio florestal está na mesma proporção do fogo que atinge o Pantanal e o Cerrado. Diferentemente da Amazônia, esses biomas têm o fogo presente na sua dinâmica.  “O fogo é um agente de transformação da paisagem, mas a ação humana tem intensificado o uso desse fogo e impactado alguns biomas.”, ressalta a diretora do IPAM.

Os incêndios trazem muitas transformações para o bioma tropical, como redução da qualidade do habitat e perdas econômicas. Há também perda de infraestrutura e impactos na saúde da população durante a época de queimadas.  Para combatê-las, as pesquisas e estudos realizados por meio do Projeto MapBiomas são fundamentais no planejamento eficaz.

Aumento no número de queimadas

Mesmo com todos os alertas sobre os problemas ocasionados pelas queimadas, elas não param de aumentar. Só para se ter uma ideia, até agora, o mês de agosto é o que apresentou o maior número de queimadas na região do Amazonas.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 4.167 queimadas foram registradas até o dia 14 de agosto. O índice é bem maior do que o registrado em julho, que apresentou 1.173 focos de calor.

Os índices de queimadas tão elevados têm tornado a Amazônia um lugar prejudicial ao clima mundial. Isso porque as regiões afetadas pela degradação estão levando a floresta brasileira a emitir mais carbono do que consegue absorver. O levantamento é de uma pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O estudo foi publicado na revista científica Nature.

De acordo com a pesquisadora Luciana Gatti, as queimadas e o desmatamento tornaram a Amazônia uma fonte de carbono.

Emissão de carbono

Gatti explica que além da emissão de carbono, uma outra descoberta preocupa. A pesquisadora explica que o desmatamento provoca a emissão indireta do carbono. Isso é causado pelo impacto da diminuição das chuvas na fotossíntese.

Os estudos demonstram que as regiões desmatadas apresentam maior perda de chuva, principalmente na estação seca. A redução do volume das chuvas e o aumento da temperatura na floresta têm afetado a fotossíntese. Esse efeito faz com que as árvores emitam mais CO2 do que em situações normais com a finalidade de compensar o desequilíbrio.

As árvores deixam de fazer fotossíntese quando há um aumento da temperatura causado pelo desmatamento, emitindo apenas os gases para a atmosfera, e não mais absorvendo-os.

Segundo a pesquisa da revista científica Nature, a floresta emite mais carbono do que consegue absorver. Os dados mostram que atualmente são emitidos 0,29 bilhão de toneladas de carbono por ano na atmosfera.

Ainda de acordo com dados da pesquisa, o desequilíbrio é maior na região sudeste da Amazônia, que faz fronteira com outros biomas. A área concentra a maior parte da devastação, por isso é conhecida como "Arco do desmatamento". Essa é uma das regiões mais vulneráveis do bioma pelas pressões do desmate e das queimadas.

Para ter acesso às informações relevantes, a pesquisa contou com uma metodologia que coletou 590 amostras do ar em diferentes altitudes. Foram coletadas de uma altura que variava de 4.420 metros a 300 metros acima do nível do mar com o auxílio de aviões no período de 2010 a 2018.

Segundo a pesquisadora Ane Gatti, é a primeira vez que um levantamento aponta a redução no potencial de absorção da floresta e um aumento na emissão do CO2.

Regiões que mais apresentam emissão do gás na atmosfera:

  • Região Sudeste da Amazônia: Sul do estado do Pará, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.
  • Região de floresta ecótona: entre o bioma amazônico e o Cerrado.

Essas áreas são historicamente muito desmatadas. Em vez de pararem o desmatamento, grileiros, madeireiros e pecuaristas ilegais, continuam com as suas ações destrutivas. Com isso, as estações secas tornam-se cada vez mais longas e mais cruéis para o equilíbrio climático. Conter os avanços das queimadas torna-se cada vez mais difícil, já que as medidas do governo federal são ineficazes e as fiscalizações raramente ocorrem.

O futuro da Amazônia é incerto e coloca em risco tanto as gerações atuais quanto as futuras.


A riqueza da floresta Amazônica

A riqueza da floresta Amazônica é um motivo de orgulho e preocupação para o Brasil. Pois, dada a sua importância e abundância, atrai a atenção de todas as nações do mundo que querem explorar seus recursos estratégicos (água, minerais) em prol de suas economias.

Amazônia é a maior floresta tropical do mundo

Ela possui 6,5 milhões de km², ocupando cerca de metade de toda a América do Sul. Dessa forma, ela faz parte dos seguintes países:

  • Brasil, Colômbia, Peru;
  • Venezuela, Equador, Bolívia;
  • Guiana Inglesa, Guiana Francesa e Suriname.

Destes, o Brasil é onde ela está mais presente e 61% do território nacional pertence a ela.  Por outro lado, já em relação ao seu relevo, ela possui três formações diferentes:

  • Ao Norte, está o planalto das Guianas;
  • No centro, a planície sedimentar amazônica;
  • Ao Sul, o planalto Central.

Em sua planície, destaca-se as várzeas, sempre inundadas por estarem estendidas ao longo do rio. Além disso, há a terra firme, que é onde fica o domínio da imensa floresta.

Conheça a seguir, as principais riquezas que a mesma possui e que desperta o interesse de diversos países.

Solo pobre em nutrientes, mas rico em matéria orgânica

Imagem do fruto de guaraná

O solo da floresta não possui muitos nutrientes, sendo um tanto ácido, bem como arenoso. Portanto, com isso ele é dito como bastante pobre.

Vale destacar, no entanto, que ali há bastante matéria orgânica vinda dos Andes pelos rios. Dessa forma, as várzeas do lugar são as únicas áreas aptas para agricultura.

Os microrganismos do solo decompõem os nutrientes minerais que depois são absorvidos pelas árvores. Com isso, a natureza se mantém em equilíbrio na Amazônia. Então, a única função do solo é dar suporte a vegetação.

Recursos hídricos da floresta Amazônica

O sistema de água dali é o mais imponente do mundo. Para se ter uma ideia, o rio Amazonas possui mais de mil afluentes e agrupa 1 ⁄ 5 de toda a água doce líquida do planeta. Ele é o maior em volume de água e o segundo maior em extensão.

Já o clima é quente quase que o ano todo, com média de 25ºC. Assim, a área mais úmida da região tem chuvas de até 2000 mm de modo anual.

Elas, aliás, acontecem no inverno e duram cerca de 150 dias, em forma de grandes temporais.

A escassez de água no mundo

Esse tem sido um assunto bastante discutido nos últimos tempos. Dessa maneira, as razões dessa preocupação são por conta, em especial, do problema na distribuição hídrica nos continentes. Então, a falta de água é um processo gradual causada pelo:

  • Desperdício;
  • Mau uso;
  • E por impactos negativos no próprio meio ambiente.

O mundo está prestes a entrar em conflito por causa da escassez hídrica. Mas, por outro lado, a Bacia Hidrográfica da Amazônia tem um potencial de água alto e valor estratégico, econômico e social.

São cerca de 7 milhões de metros quadrados de área de bacia, ou seja, é a maior do mundo. De fato, boa parcela do abastecimento, é graças às chuvas intensas que ocorrem na região. Que, aliás, é gerada pelo próprio clima úmido da floresta.

A sua incrível biodiversidade

Estima-se que exista ali cerca de 20% de todas as espécies vivas no planeta, dentre elas:

  • 20 mil de vegetais superiores;
  • 300 de mamíferos;
  • 1400 de peixes;
  • 1300 de pássaros.

Há ainda as milhares de espécies de insetos, invertebrados e microrganismos. Por exemplo, há mais variedade de plantas em um hectare da Amazônia do que em toda a Europa.

A castanheira é o símbolo da floresta, a típica árvore amazônica. Assim, de toda a sua diversidade, metade delas ainda é desconhecida da própria ciência. Por outro lado, a vegetação é dividida em:

  • Terra firme, seca;
  • Várzea, fica alagada no período de chuvas;
  • Igapó, sempre alagada.

Em menor quantidade, há ainda as áreas de campos, cerrado e a vegetação do litoral.

Recursos minerais e a produção de energia

Certas plantas dali são ideais para a produção energética, por combustão direta da madeira ou ainda por meio dos óleos vegetais.

Um deles é o óleo de copaíba, um possível substituto do diesel. Além disso, há o babaçu, onde dá para produzir:

  • Álcool;
  • Carvão siderúrgico;
  • Óleo vegetal;
  • Biogás.

Essas duas espécies são bastante comuns de se encontrar na floresta Amazônica.

A sua riqueza em minérios

Sabe-se que a região é farta nesse quesito. De fato, a exploração de modo sustentável e racional, geraria muita riqueza para o país. Dito isso, veja a seguir quais são os mais importantes:

  • Ferro: 18 bilhões de toneladas em Carajás;
  • Alumínio: cerca de 4 bilhões de toneladas em Trombetas, Paragominas e Almeirim;
  • Manganês: 80 bilhões de toneladas em Carajás e Serra do Navio;
  • Cobre: 10 milhões de toneladas também em Carajás;
  • Ouro: 250 toneladas em Tapajós;
  • Estanho: 400 mil toneladas;
  • Níquel: 90 mil toneladas.

Em menor quantidade, também é possível achar na Amazônia: diamante, petróleo, urânio e sal-gema.

Floresta é explorada de forma errada

Os recursos naturais ali são explorados de modo inadequado desde a chegada dos portugueses.

Com o desmatamento, há uma grande perda na diversidade. Várias queimadas são causadas, a fim de tomar posse da terra.

Toda essa degradação tem acontecido em um ritmo acelerado, o que dificulta planos alternativos ao uso dos recursos naturais. No entanto, muito ainda pode ser feito, basta que medidas de emergência sejam adotadas e aplicadas logo.

A importância da Amazônia para a humanidade

O significado da mesma vai além do seu papel em manter o equilíbrio ecológico no mundo. Já que a região é o lar de muitas tribos indígenas e abriga matérias-primas minerais, energéticas, medicinais, florestais e alimentares.

Em uma floresta gigante, com árvores imensas, é difícil crer que está tão ameaçada. Mas, ela está, devido a exploração desordenada de seus recursos, o aumento da agropecuária e o garimpo.

O desmatamento afeta a biodiversidade. E isso, sem dúvida, é um problema muito grave, pois tem impactado determinadas espécies que existem em apenas um local. Então, soma-se a isso, as retiradas que prejudicam o solo, que compacta e fica à mercê da erosão.

A Amazônia é essencial para a vida, por isso, requer o máximo de atenção possível em prol da sua preservação. E esse, sem dúvida, é um trabalho que não tem fim.


Imagem de floresta pegando fogo

O pior está por vir na Amazônia em 2021

Especialistas afirmam que o pior está por vir na Amazônia. Tal declaração, sem dúvida, se deve ao fato de que o inverno de 2021 promete ser o mais seco, somando-se a isso a alta de desmatamento na região, registrando os piores índices de queimadas dos últimos anos.

As consequências dos incêndios florestais já podem ser vistas

O efeito de tantas queimadas já pode ser sentido e visto. Em 9 de agosto de 2019, por exemplo, produtores rurais do Pará começaram um incêndio para grilagem e desmatamento.

Pouco mais de uma semana depois disso, a fumaça originada desse ato, transformou o céu diurno da cidade de São Paulo em noite. Vale destacar que a maior capital do Brasil fica há pelo menos 3 mil km do Pará.

Os alarmantes índices do Instituto de Pesquisas

Naquele mesmo mês, o Inpe registrou nos dias 10 e 11, cerca de 1.457 focos de calor neste estado. Dessa forma, vale destacar que o IBAMA na época foi alertado, no entanto, não tomou nenhuma medida para impedir tal atividade.

Em 2020, os impactos ambientais voltaram ainda piores. Pois houve um aumento de quase 20% das queimadas na maior floresta do mundo. Além disso, cresceu o desmatamento por fogo no Pantanal, 376%, em relação à média dos últimos 20 anos.

O pior, sem dúvida, é que 43% dessa área era de mata virgem.

Imagem de madeira em brasa

Desmatamento atinge área de preservação ambiental

Na região amazônica, cerca de 65% da parte devastada pelo fogo em 2020, era formada por florestas.

Isso significa que o desmatamento e as invasões chegaram até as áreas preservadas. No entanto, o pior ainda está por vir, uma prova disso é que março e maio de 2021, em comparação a este período em 2020, teve 29% a mais de espaços desmatados.

Neste intervalo, 199 mil hectares, uma área maior do que a cidade de São Paulo, foram derrubados.

Agora essa madeira, sem dúvida, vai servir de combustível para os incêndios na época de seca.

Sabe-se que as árvores precisam ficar até 90 dias no chão, a fim de perder a sua umidade e a partir disso, queimar de modo mais fácil.

Com essa fase de poucas chuvas, é um fator adicional que contribui e muito para o alastre do fogo.

Risco de incêndios aumenta em junho e começo de julho de 2021

Junho e julho registraram 124.819 hectares desmatados, ou seja, o risco de queimadas cresceu ainda mais.

O pior é que isso não parece ser reversível. Já que o orçamento do Ministério do Meio Ambiente deste ano é o menor em mais de duas décadas.

A fiscalização ambiental e o setor de combate a incêndios tiveram uma baixa de 27% em suas verbas em relação a 2020.

Pandemia do coronavírus e a Amazônia

As queimadas e os incêndios podem deixar a Covid-19 ainda mais perigosa, já que a fumaça que se origina piora a qualidade do ar.

Pesquisas na época mais seca de 2020, demonstraram que houve quase 2.200 hospitalizações na região da Amazônia por conta de problemas respiratórios. Aliás, a maior parte dos pacientes, cerca de 50% dos casos, era de idosos com 60 anos ou mais.

É essencial colocar em prática melhores medidas de proteção

Os grupos de grileiros são os principais invasores de áreas protegidas na região. A fim de combater esses atos ilegais, é preciso mais iniciativa, tanto da Polícia Federal quanto do IBAMA.

Ambos precisam se organizar em conjunto e operar nas partes da Amazônia que mais sofrem com a derrubada de árvores.

Também é essencial que o governo faça a sua parte. Por exemplo, há um projeto de lei, a 11.276/2018, que trata sobre o manejo correto do fogo, ou seja, é uma iniciativa de educação para que as comunidades manipulem o fogo de modo mais adequado na região.

Incêndios na Amazônia Legal sobem 49% em maio

Esse foi o total de focos de queimadas detectados no quinto mês de 2021, 49% a mais do que em maio de 2020, de acordo com o Inpe.

Isso gera ainda mais alarme, já que é apenas o início do período de queimadas no país. Ele começa entre junho e julho, logo se estende até setembro e outubro.

Em maio de 2020, houve 1.798 focos de incêndio na floresta. Por outro lado, em 2021 no mesmo mês, esse número chegou a 2.679.

O maior recorde de maio foi em 2004, com 5.155 pontos de queimadas. Assim, desde 1998, o Instituto de Pesquisas vem monitorando e coletando todos esses dados sobre incêndios florestais em todos os biomas do Brasil.

A Amazônia Legal equivale a quase 60% do território brasileiro e faz parte de 8 estados:

  • Acre;
  • Mato Grosso;
  • Amazonas;
  • Roraima;
  • Tocantins;
  • Rondônia;
  • Amapá;
  • Pará.

O recorde é na região Norte do país

É ela que detém a maior parte das queimadas, de acordo com o Governo Federal. Além disso, parece haver uma crescente no decorrer dos anos, por exemplo:

  • Em maio de 2016, teve 999 focos de incêndios;
  • Já em 2021, neste mesmo mês: 1210.

Sabe-se que o fogo na Amazônia acontece por conta de três elementos juntos:

  • Clima seco, muito comum neste período do ano;
  • Material combustível, como árvores derrubadas;
  • E criminosos ateando fogo.

A falta de fiscalização na área deu abertura para as pessoas cometerem ainda mais crimes contra o meio ambiente.

Depois de tantos recordes de desmate e queimadas, o pior ainda está por vir

A maior floresta do mundo está muito ameaçada e não só pelos desmatamentos e incêndios.

Uma em cada 10 espécies de árvores nascem na Amazônia. Como resultado, mais da metade delas podem sofrer extinção em 30 anos.

Esse estudo de pesquisadores brasileiros e holandeses, combinou diversos cenários preocupantes relacionando o desmate com as mudanças no clima.

Os cenários mais pessimistas e otimistas do estudo

A hipótese mais pessimista do grupo revelou que metade do sul da Amazônia pode se perder, o que quer dizer que muitas espécies correm um risco bem sério de desaparecer.

Outro cenário previsto, o mais otimista deles, acredita que mais da metade das áreas adequadas à distribuição das árvores da Amazônia vão ser extintas.

Em outras palavras, é preciso haver uma mudança de atitude já, para evitar um futuro catastrófico.

A floresta amazônica precisa de ajuda, por isso, faça a sua parte, entre em contato com a Famazonia, que apoia soluções de preservação e veja como contribuir com a causa.


A importância do cooperativismo no Amazonas

Descubra no decorrer do texto, a importância do cooperativismo no Brasil, em especial no Amazonas. Além disso, entenda os benefícios das cooperativas que vem sustentando famílias amazonenses e também mudando vidas em todas as partes do país.

O cooperativismo no Brasil

Essa prática teve início no país em 1844, como uma forma de trabalho em conjunto com objetivos em comum. Dessa forma, nesse meio não há distinções entre gênero, raça, nível social ou econômico.

Hoje no Brasil, há 5.314 cooperativas e 15,5 milhões de cooperados, de acordo com o OCB em 2020. Em relação à renda, segundo eles, foi de R$ 308,8 bilhões. De fato, há 13 ramos do cooperativismo no país, são eles:

  • Agropecuário;
  • Bem como, de consumo;
  • Educacional;
  • Crédito;
  • Especial;
  • Habitacional;
  • Infraestrutura;
  • Mineral;
  • Transporte;
  • Produção;
  • Turismo e lazer;
  • Saúde;
  • E, por fim, trabalho.

Nesse modelo de negócio, milhares de famílias garantem o seu sustento, logo, essa é a principal importância das cooperativas. Além disso, elas causam alguns impactos bem positivos, confira dois deles a seguir.

1 - Humanismo

Os produtos, bem como os serviços seguem uma lógica bem simples, entenda:

  • Garantir o bem-estar;
  • Mais qualidade de vida;
  • E o crescimento profissional e financeiro dos seus participantes.

Vale destacar que são missões bem diferentes em relação às grandes empresas, que visam acima de tudo, seus lucros. Nas cooperativas, os ganhos e as funções são divididos de modo igual.

A vantagem desse tipo de negócio é que ajuda no:

  • Desenvolvimento da economia;
  • Gera empregos;
  • E elimina a exclusão social.

2 - Consciência e educação

Outro grande benefício é o ensino sobre consumo consciente. Aliás, muitas delas oferecem workshops e palestras sobre isso aos seus membros.

Eles mostram ações que incentivam a todos a adotar um estilo de vida mais sustentável. Assim, os principais assuntos em pauta são, em geral:

  • Respeito a natureza;
  • Diminuição na geração de lixo;
  • Bem como, combate ao desperdício;
  • Educação financeira.

A busca por meios mais sustentáveis e em ações de responsabilidade social são as soluções que eles colocam em prática, a fim de ter um país mais justo e solidário.

Imagem de mãos juntas

Exemplos de cooperativas de sucesso no Amazonas

O Sistema OCB criou uma publicação com 366 cases que vem contribuindo com o desenvolvimento econômico e com a justiça social.

As histórias contadas na obra são divididas por regiões, portanto:

  • No Norte, há 38 cooperativas de sucesso;
  • Centro-Oeste: 84;
  • Sudeste: 88;
  • Nordeste: 73;
  • Sul: 83.

No Amazonas, o livro relata 16 cases bem sucedidos. Dessa maneira, logo a seguir, você vai conhecer algumas histórias de grande destaque, confira.

1 - Cooperativa Agrofrutífera dos Produtores de Urucará

A Agrofrut surgiu em 2001 com um grupo de 50 produtores que usavam como matéria-prima principal o guaraná.

De início, essa foi a sua área de atuação, o comércio do pó desta fruta e o seu estado in natura. Logo, seu foco sempre foi implantar projetos de qualidade e segurança alimentar.

Hoje em dia, ela recebe investimentos de uma empresa francesa que tem como objetivo o desenvolvimento econômico da agricultura familiar de Urucará.

Devido a isso, a agroindústria vem gerando empregos, bem como melhores condições de vida para os agricultores e produtores da região.

2 - Cooperativa Aquícola e Pesca de Urucará

A Aquicoopesca surgiu em 2011 e possui 28 cooperados. Assim, ela cria várias espécies de peixes em cativeiros, dentre eles, o tambaqui e a matrinchã, por exemplo.

Grande parte dos seus membros são agricultores e pecuaristas. Dessa forma, eles decidiram investir na piscicultura, a fim de complementarem suas rendas.

O objetivo da cooperativa é qualificar de modo profissional técnicos do ramo. Aliás, em 2012, houve 31 formandos, também neste ano eles produziram cerca de 12 toneladas de peixe.

Vale destacar que o comércio de pescado acontece em Urucará, por isso, a meta é abastecer toda a área de Manaus.

3 - Cooperativa dos Criadores de Abelhas Indígenas da Amazônia

A Coopmel possui três pautas principais:

  • Preservar a sociobiodiversidade;
  • Bem como, as florestas;
  • E produzir mel.

Ela fica em Boa Vista do Ramos, no estado do Amazonas e conta com 62 cooperados. Eles trabalham na produção de mel de Jandaíra de abelhas sem ferrão.

As mesmas não recebem nenhum tipo de substância química nem mesmo agrotóxicos são usados perto dos meliponários.

Em 2012, eles produziram cerca de 2,5 mil toneladas de mel de 3,5 mil colônias. Por outro lado, nas áreas degradadas eles plantam árvores frutíferas que ajudam no sustento das abelhas.

A Coopmel é uma cooperativa que gera impactos positivos, com sua economia solidária, suas formas de preservação florestal e geração de renda para os amazonenses.

4 - Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru

Fundada há mais de 50 anos, a Coomapem conta com 250 cooperados e está presente em 9 municípios do Amazonas. Além disso, na época foi a primeira cooperativa do Brasil a ganhar um certificado da empresa francesa Ecocert.

O objetivo é explorar, de modo sustentável, toda a diversidade da Amazônia. Hoje em dia, ela é líder na produção de malva e juta e juntos conseguem produzir cerca de 10 mil toneladas por ano, ou seja, 50% do que é consumido no próprio país.

Mais de 40 mil pessoas dependem do comércio da fibra que dá origem às sacas. Assim, ela cumpre sua missão de desenvolver de modo econômico a região.

Imagem de pessoa segurando muda de planta

5 - Cooperativa Mista de Produção de Açaí de Codajás

O açaí é um alimento completo, pois possui fibras, ferro, carboidrato, lipídios e proteínas. Mas, era jogado fora por agricultores de Codajás, cidade central do Amazonas.

A razão: falta de compradores para o fruto in natura e problemas para escoar a sua produção. A partir disso, 100 cooperados resolveram se unir e buscar novas soluções.

Juntos, criaram uma fábrica de pasteurização da polpa do açaí e conseguiram novos clientes, aliás, a maior parte da renda gerada por eles vem dos EUA.

A importância do cooperativismo para os amazonenses

Tantas histórias de sucesso colocam em evidência as vantagens das cooperativas quando bem desenvolvidas. Dessa forma, seu modelo de negócio permite que todos os cooperados tenham voz e faz com que suas demandas sejam ouvidas.

O resultado final é que todos crescem juntos como uma comunidade. Assim, eles conseguem aliar muito bem os três pilares dessa ação:

  • Desenvolvimento sustentável;
  • Inclusão social;
  • E geração de emprego.

O descarte da indústria química

O descarte de resíduos químicos nem sempre recebe a atenção necessária, mesmo se tratando do setor industrial. Leia mais sobre isso e veja a importância!

Os resíduos químicos industriais estão entre os mais nocivos para a natureza, como também para a saúde quando são mal descartados e manuseados de forma inadequada. Eles podem abranger a líquidos, pó, fumaça ou sólido e podem oferecer riscos também de contaminação do ar, terra e lençóis freáticos.

Inclusive, muitos podem nem saber que existem vários desses resíduos químicos presentes na nossa casa, como materiais de limpeza e itens destinados a cuidados médicos. Embora muito importantes na manutenção do ambiente e da saúde, possuem caraterísticas tóxicas e perigosas, caso sejam manipulados de forma indiscriminada.

Isso nos leva à necessidade de cuidados com o descarte dessas substâncias pelas próprias indústrias e também pela sociedade. Para isso, há uma classificação entre os produtos, que define a forma correta de evitar danos à saúde e ao meio ambiente ao descarta-los. Continue lendo e entenda mais sobre isso!

A importância do descarte adequado da indústria química

O ponto inicial da questão é que as indústrias químicas devem conhecer seus produtos, tanto em termo de qualidade quanto em como podem ou não oferecer riscos aos usuários. Isso nos leva a crer que devem cooperar com a sociedade e o meio ambiente informando as propriedades dos produtos e também descartando-os corretamente.

Contribuir com os movimentos que prezam pela redução da poluição, seja em mares, na atmosfera, no solo ou no meio ambiente, é uma conscientização necessária para todos, mas que se inicia, nesses casos, com a própria fabricação dos itens que, posteriormente, são vendidos ao público.

Com isso, torna-se imprescindível cuidados específicos na manipulação e descarte de produtos que podem oferecer riscos à população. Afinal, sabemos que a indústria química pode causar sérios riscos à natureza e à nossa saúde se esse tipo de preocupação der vazão a outros interesses, como os econômicos.

Por exemplo, podemos citar um dos principais problemas que ocorrem nas relações comerciais das indústrias com a sociedade: o prazo-limite para o uso de produtos químicos.

Considerando a necessidade técnica de revalidação e reteste, os prazos que podem ser estendidos pelos fabricantes podem impactar positivamente no meio ambiente, já que evitaria que o produto que mantém suas propriedades intrínsecas fosse descartado indevidamente.

Inclusive, estava prevista como meta (12.4) do documento em relação ao desenvolvimento sustentável, emitido pela Organização das Nações Unidas (ONU), que:

“Até 2020, alcançar o manejo ambientalmente saudável dos produtos químicos e todos os resíduos, ao longo de todo o ciclo de vida destes, de acordo com os marcos internacionais acordados, e reduzir significativamente a liberação destes para o ar, água e solo, para minimizar seus impactos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente.”

O que são resíduos químicos?

Resíduos químicos podem ser classificados como produtos de alto risco de acidentes relacionados às suas propriedades. Ou seja, são perigosos por suas características e, por isso, exigem maiores cuidados ao manusear, coletar, transportar e descartar. Todo esse processo, inclusive, deve ser feito por pessoas capacitadas.

Alguns exemplos de resíduos químicos sólidos são:

  • Termômetro de mercúrio;
  • Lâmpadas;
  • Raio X;
  • Pilhas, baterias e outros acumuladores de carga.

Entre os tipos de resíduos químicos líquidos, como efluentes de processadores de imagens (reveladores e fixadores) e produtos reagentes para laboratórios, há alguns mais conhecidos comumente:

  • Medicamentos líquidos descartados;
  • Desinfetantes;
  • Detergentes e sabão em geral;
  • Solventes, como álcool e desengraxantes.

Como identificá-los?

É possível identificar esses resíduos de acordo com duas categorias:

  • Resíduos químicos de uso industrial: são aqueles usados no âmbito da indústria química, como produtos inorgânicos, produtos orgânicos, resinas e elastômeros e produtos e preparados químicos diversos;
  • Resíduos químicos de uso final: já estes são produtos feitos por indústrias e destinados ao consumidor final, podendo ser: produtos farmacêuticos, fertilizantes, higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, produtos de limpeza e afins, defensivos agrícolas, tintas, esmaltes e vernizes, fibras artificiais e sintéticas, entre outros.

Como deve ser feito o descarte de produtos químicos?

Há diversas formas de minimizar impactos ambientais e descartar corretamente qualquer tipo de detrito é fundamental para contribuir com a preservação da natureza. No entanto, nem todos os produtos inutilizáveis podem ser jogados fora do mesmo jeito, como no caso especificamente de resíduos químicos.

Os resíduos químicos residenciais devem ser descartados em suas embalagens originais e adicionados em recipientes que não correm o risco de quebrar. Além disso, é preciso que sejam envolvidos em sacos plásticos e o destino, normalmente, deve ser para os depósitos de seus próprios fabricantes.

Já no caso das indústrias, é o Ministério do Meio Ambiente que monitora se as regras e normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estão sendo seguidas. As principias são:

  • Efluentes devem ser se tratados devidamente para obedecerem às condições e normas antes de serem lançados nos corpos receptores;
  • É preciso ter atenção à Lei Nº 9.605/98, Lei de Crimes Ambientais, que criminaliza qualquer ação prejudicial ao meio ambiente;
  • Devem seguir também as exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece que deve haver a geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e direcionamento final adequado dos rejeitos, respeitando o meio ambiente.

Impactos do descarte incorreto das indústrias químicas

Por fim, é preciso lembrar que muitos podem ser os impactos negativos da manipulação e descarte incorreto de resíduos químicos por parte das indústrias.

Os principais são justamente em relação aos prejuízos ambientais, visto que os danos à natureza atingem riscos de contaminação de mananciais, podendo provocar um desequilíbrio do ecossistema aquático e poluição da atmosfera por meio da emissão de gases tóxicos.

Isso está relacionado também às consequências à população local. Afinal, os prejuízos mencionados refletem nos habitantes da região, pois são fortes colaboradores da proliferação de doenças infectocontagiosas.

É nesse sentido que os movimentos de desenvolvimento sustentável vêm trabalhando, junto a associações e entidades ambientais, com o objetivo de orientar e pensar

intervenções que possam solucionar o problema, como é o caso de estudos sobre a possibilidade de retestes e revalidações de produtos químicos.


Veja como funciona regularização fundiária

Regularização fundiária é um tema que está em debate na sociedade. Afinal, tem grande impacto no meio ambiente, sendo algo que afeta os grandes proprietários de terra do país.

Como esse grupo por muito tempo esteve no topo da economia, seus interesses são decisivos. Mas, a função desse instrumento é conciliar tanto os direitos da população local quanto dos proprietários. Então, separamos algumas informações sobre ele.

Continue lendo o artigo para entender o que é e como funciona este processo. Também conheça a Famazonia.

O que é regularização fundiária?

A regularização fundiária é um conjunto de medidas para transformar assentamentos irregulares em legais. Assim, entre tais ações estão as:

  • Judiciais;
  • Ambientais;
  • Urbanas;

Todas têm a finalidade de integrar os cidadãos que vivem nessas moradias. Aliás, existem dois tipos possíveis de ilegalidade nesses locais, que são:

  • Irregularidades nominais (quando o terreno é ocupado sem garantia legal);
  • Urbana e ambiental (quando o assentamento não está licenciado devidamente);

O principal objetivo de regularizar as construções é integrá-las socialmente. Mas, quando se trata de pessoas de baixa renda, isso não é suficiente e as medidas sociais são necessárias.

É só por meio da inserção plena do indivíduo na sociedade que esse conceito funciona. Já que todas essas ações fazem parte do direito humano. Então, é uma forma de promover cidadania.

Alterações na lei

As últimas mudanças nas leis para regularização fundiária foram feitas em 2017.  Assim, a lei 13.465/2017 mudou algumas das maneiras de atuação, no total foram mais ou menos 20 modificações legais.

Entre elas, as de maior destaque foram:

  • Estatuto da Cidadania;
  • Lei de Registros Públicos.

Isso se deu porque trouxeram novas aplicações para regularizar os assentamentos. Então, com as alterações, a questão urbana se torna “apenas” ter o título do imóvel. Mas, antes havia várias condições para que isso acontecesse.

Novos conceitos também surgiram como:

  • Reurb-S (Regularização fundiária de interesse social);
  • Reurb-E (Regularização fundiária de interesse específico).

Qual o consenso sobre o assunto?

Um dos principais impasses para um consenso sobre a regularização fundiária é o desmatamento, porque é importante garantir a sustentabilidade no país.

Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria, favorece os negócios e o combate à ilegalidade, mas, no dia 15 de abril houve a aprovação da proposta que regulariza algumas ocupações.

Nessa aprovação, as casas construídas antes de 10 de outubro de 2008 estão regularizadas. Além disso, outro projeto incentiva a correção de irregularidades na declaração do Imposto de Renda.

Não houve um consenso geral sobre a situação fundiária, mas com algumas aprovações é possível que aos poucos haja um acordo.

Princípios da regularização fundiária

Por precisar ser articulada junto a outras políticas públicas, a regularização fundiária segue princípios, que orientam seu uso.

Primeiro

Como primeiro princípio está o aumento do acesso à terra urbanizada. Isso para pessoas de baixa renda, para que possam ficar nelas. Além disso, assegura moradias e a sustentabilidade urbanística.

Segundo

O segundo princípio está baseado na articulação de programas públicos. Sendo assim, voltados para melhor a habitação, o saneamento básico e a mobilidade.

Terceiro

A terceira base prevê que todos podem ajudar nesse processo e que os interessados podem participar das etapas de regulação.

Resolver conflitos de maneira extrajudicial é outro princípio. Por fim, o último concede preferência de concessão do título para mulheres.

Perigos da regularização fundiária

Dentre os perigos da regularização fundiária está o fato de ter sido editada sem debate público. Logo, traz pouca credibilidade para esse instrumento pela falta de técnica para legislar.

Alguns pesquisadores indicam que essa medida é inconstitucional, porque abre margem para a legalização da grilagem. Então, é ruim pois essa prática consiste em envelhecer documentos para forjar a posse de terras.

Para os profissionais urbanistas, essa lei tira a autoridade dos municípios. Uma vez que legaliza habitações irregulares como cortiços sem o habite-se. Ele é um documento que certifica as condições de moradia e é responsabilidade do município.

A gestão ambiental com a regulação fundiária é o principal perigo dessa medida. Visto que aumenta os conflitos sociais e prejudica os direitos da população local. Então, grupos como a Famazonia são essenciais para garantir a sustentabilidade.

Essa iniciativa consiste no FAMAZONIA Foundation e é uma das principais iniciativas para proteger essa localidade dos riscos ao meio ambiente.

Recomendações são feitas por esse grupo para que a regularização fundiária seja sustentável. Logo, são elas:

  • Respeito aos diversos interesses da população local;
  • Eliminar subsídios considerados perversos;
  • Tomar atitudes com transparência.

Ignorar essas bases para a regulamentação dos terrenos agrava os problemas ambientais. Por exemplo, os conflitos fundiários e o desmatamento das florestas brasileiras.

A regularização fundiária atua contra o desmatamento?

Um dos princípios da regularização fundiária é manter a sustentabilidade do meio ambiente. Pois, o direito à habitação das futuras gerações depende de como o espaço é gerido hoje.

O que dizem os especialistas

Bastian Reydon, professor licenciado da Unicamp, afirma que só a gestão eficaz combate ao desmatamento. Segundo ele, o cadastro das terras é a principal atitude para esse fim. Ainda, apenas uma boa gestão das terras invalida algumas leis.

Para o senador Acir Gurgacz, a regularização fundiária está relacionada com a conservação ambiental. Ele afirma que uma terra sem dono, sem CPF, abre espaço para o desmatamento ilegal. Por isso, diz que os municípios devem participar do processo.

Já Luiz Antonio Ugeda, sócio-presidente da Geodireito fala sobre a falta de um órgão oficial. O qual regula a questão do mapeamento das terras para dar informações eficientes. Assim, a infraestrutura para a regulação territorial será mais presente.

Qual a solução para a questão do desmatamento?

Um consenso entre a maioria dos especialistas é a necessidade de um órgão mais específico. Sendo assim, ele poderá cuidar mais de perto da regularização fundiária. Além de estar a par de todos os problemas territoriais de cada locação.

A gestão é o principal desafio para quase todos os problemas brasileiros e é comum que não exista um pessoal qualificado em assuntos específicos. Portanto, não solucionam as dificuldades da maneira correta e abre margem para futuros embates.

Conheça a Famazonia

A Famazonia, uma iniciativa não governamental que cuida da Amazônia. Assim, a missão desse grupo é a preservação socioambiental e conscientização da população.

Entre as suas principais bases estão:

  • Apoiar comunidades locais da Amazônia;
  • Preservar a biodiversidade do local;
  • Proteger os rios e as matas;
  • Oferece suporte para projetos que incentivam diminuir os impactos das mudanças climáticas.

Funcionando sem fins lucrativos, trabalha junto a ongs, então depende de doações para apoiar financeiramente os projetos na floresta amazônica. Para que assim possa cumprir seu objetivo que é conscientizar para garantir biodiversidade para as gerações futuras.


Famazonia é parceira da ADRA e garante curso de Pintor de Obras a brasileiros e venezuelanos em Roraima

Para que mais jovens e adultos de Boa Vista (Roraima) possam ter uma profissão, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI/RR) e o FAMAZONIA Foundation (FAMAZONIA) promovem o curso de Pintor de Obras. Iniciado em janeiro, as aulas são ministradas no centro de Capacitação da ADRA com turmas composta por homens e mulheres. Além dos brasileiros, a capacitação atende imigrantes venezuelanos que buscam uma vida melhor no Brasil.

No local, os alunos têm aulas teóricas e práticas, que os preparam realmente para o mercado de trabalho. Aproveitar a oportunidade de aprender uma nova profissão foi o que eles e elas fizeram, a fim de conseguir uma vaga no mercado de Trabalho. O desenvolvimento profissional é muito importante para que esses trabalhadores tenham chances de levar o sustento para casa mesmo em época de pandemia.

A camada de cimento, argamassa e tinta não servem apenas para deixar um imóvel bonito, mas para dar esperança a centenas de brasileiros e de refugiados, que precisam recomeçar.

A venezuelana Johanna Josefina Villasana, de 33 anos, está em Roraima há 2 anos e vive de trabalhos esporádicos. Sem emprego fixo, aproveitou a oportunidade oferecida no curso de Pintor de Obras para ter uma carreira profissional. A dedicação às aulas foi tanta, que Johanna já está trabalhando como auxiliar de pedreiro antes mesmo de concluir o curso. Ela trabalha de duas a três vezes na semana ou aos sábados e domingos.

Outra história de recomeço é contada por um adolescente de 17 anos, que vive no abrigo masculino de Roraima. Para ele, o curso de Pintor de Obras não é apenas uma chance de encontrar emprego, mas de realizar o sonho da casa própria. O jovem conta que o seu maior sonho é construir sua própria casa, com conforte e segurança.

Parceria

A parceria da FAMAZONIA garante ao projeto da ADRA a aquisição de materiais de construção, oferecer o curso do início ao fim com direito a certificados, reformas das salas nas aulas práticas. Além disso, o apoio ajuda no planejamento de novas turmas para que mais pessoas sejam qualificadas.

O diretor regional da ADRA, Daniel Lessa, explica que os cursos ofertados à comunidade preparam migrantes refugiados e brasileiros a atuarem em diversas áreas da construção civil. Além disso, a capacitação permite restaurar a dignidade dessas pessoas, dando a elas oportunidades de mudar as suas vidas e de seus familiares, investindo em novos planos e numa carreira profissional.

Alimentação

Além do curso de capacitação, a ADRA oferece alimentação a centenas de refugiados da Venezuela. Almoço e jantar são entregues todos os dias a crianças e adultos, que buscam no Brasil uma oportunidade de melhorar suas vidas e de seus filhos.

Apoio FAMAZONIA

O FAMAZONIA Foundation (FAMAZONIA) é uma entidade financiadora de projetos e ações, desenvolvidos na região da Amazônia Legal. Para ser parceira, a entidade se baseia nos princípios definidos nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela ONU (Organização das Nações Unidas). Para dar o apoio necessário às ONGs, a FAMAZONIA capta recursos para transferi-los as iniciativas que transformam positivamente a vida das pessoas e visam a preservação da floresta.

Dentre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável seguidos pelo FAMAZONIA Foundation estão:

  • Erradicação da pobreza;
  • Fome zero e agricultura sustentável;
  • Saúde e bem-estar;
  • Educação de qualidade;
  • Igualdade de gênero;
  • Água potável e saneamento básico;
  • Energia limpa;
  • Trabalho decente e crescimento econômico;
  • Indústria, inovação e infraestrutura;
  • Redução das desigualdades;
  • Cidades sustentáveis;
  • Consumo e produção responsáveis;
  • Ação contra a mudança global do clima;
  • Preservação da vida na água;
  • Vida terrestre;
  • Instituições eficazes;
  • Parcerias e meios de implementação.

O apoio ao curso de Pintor de Obras, promovido pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) atende a pelo menos três objetivos: erradicação da pobreza, trabalho decente e crescimento econômico e redução das desigualdades. Também é possível afirmar que quanto mais pessoas qualificadas profissionalmente, menos perigo para a floresta. Isso porque muita gente aceita desmatar a Amazonia por causa do dinheiro que recebem dos grileiros, já que não encontram emprego nas cidades.

Então, cursos como o da ADRA não são apenas uma maneira de sustento para famílias de refugiados e de brasileiros, mas uma forma de salvar a floresta. Ao apoiar iniciativas como essas, a FAMAZONIA tem como objetivo impactar e conscientizar as pessoas sobre a importância do meio ambiente, do desenvolvimento sustentável e da biodiversidade para a vida de gerações futuras.

Toda parceria é importante para que diversas ações continuem impactando positivamente não só o Brasil, mas o mundo. Os recursos usados pela FAMAZONIA para financiar projetos são fruto de várias parcerias e doações realizadas por pessoas anônimas, que querem a preservação da floresta amazônica e ao mesmo tempo a sobrevivência da população local.

O FAMAZONIA Foundation não pode fazer isso sozinho, por isso contamos com o apoio de empresas, organizações e pessoa, a fim de promover as transformações com resultados futuros.


Bioeconomia: será que ela realmente pode salvar a Amazônia?realmente pode salvar a Amazônia?

Você já ouviu falar em bioconomia? Este conceito moderno e ecológico refere-se a um tipo de economia sustentável que já virou tendência em países ultra desenvolvidos como a Finlândia, Alemanha e o Canadá, e vem chegando aos poucos no Brasil. A União Europeia lançou sua primeira estratégia bioeconômica no ano de 2012 e a tendência segue crescendo na região. "Hoje nós temos mais de 50 países e regiões no mundo que possuem estratégias bioeconômicas nacionais e regionais", afirmou o conselheiro do Governo Alemão para Bioeconomia e ex-diretor da Comissão Europeia Christian Patermann. "É um grande sucesso, que não esperávamos.", completou.

Na Finlândia, por exemplo, foi estabelecida a Estratégia Finlandesa de Bioeconomia tendo em vista uma economia mais sustentável. Além disso, todas as províncias canadenses assinaram nos últimos meses o Quadro Pan-Canadense sobre Crescimento Limpo e Mudança Climática, o que abriu caminho para um potencial boom bioeconômico. "O mundo inteiro está colocando em prática uma economia de baixo carbono e, definitivamente, bioprodutos são uma forma de atingir tal objetivo", diz Judith Bossé, diretora geral de Recursos Naturais do Canadá. "Por isso, há muito interesse [na bioeconomia] neste momento." finalizou.

Mas afinal o que exatamente é a bioeconomia?

Não existe uma definição certa para este conceito, porque ele envolve uma grande variedade de setores que adotam ações altamente tecnológicas de processos biológicos e de materiais orgânicos. Mas ela está relacionada à inovação, desenvolvimento e uso de processos e produtos biológicos nas áreas da saúde humana, da biotecnologia industrial e da produtividade pecuária e agrícola. Surgiu como resultado de uma grande revolução de inovações no setor de ciências biológicas e da necessidade urgente de melhorar as condições de trabalho e exploração da natureza ao redor do mundo.

Segundo Marc Palahi, director do Instituto Forestal Europeu, "A bioeconomia é uma mudança de paradigma. Basicamente, é uma economia baseada na vida". Palahi ainda destaca que o petróleo, por exemplo, não é apenas utilizado para energia, como também para produzir uma grande variedade de materiais e produtos, desde o setor de plásticos até o de tecidos. A ideia é substituir o uso de petroquímicos por matéria orgânica na hora da produção.

Em suma, a bioeconomia é um plano de modelo econômico que se baseia principalmente na sustentabilidade, sendo resultado de inúmeras inovações no campo das ciências biológicas e da tecnologia que foram criadas com o intuito de:

  • Diminuir consideravelmente a dependência dos recursos não renováveis;
  • Minimizar ao máximo o impacto ambiental, transformando processos industriais e produtivos - Melhoria na qualidade de vida em sociedade.

Para isso, a bioeconomia depende muito do desenvolvimento de soluções de robótica, de avançadas tecnologias de informação, entre outros. Apenas se todos trabalharem juntos torna-se possível a criação de soluções mais adequadas à ideia e à pratica do desenvolvimento sustentável. Tudo isso envolve vencer uma série de diferentes desafios que vão muito além da preservação ambiental.

Mais quais são exatamente os benefícios?

Primeiramente, a bioeconomia "serve para desvincular crescimento econômico de danos ambientais", de acordo com o James Philip, analista da Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para que isso ocorra, a bioeconomia tem de contar com mão de obra de muitos níveis diferentes, e, com base em dados da própria OCDE, ela gera uma média de 22 milhões de empregos, movimentando 2 trilhões de euros no mercado mundial.

Há quem veja a bioeconomia como um meio de economia circular, onde os produtos devem ser reciclados para que seus componentes voltem à cadeira produtiva, reduzindo, assim, a necessidade de se extrair mais matéria-prima.

Devido ao seu considerável potencial para abrir espaço a avanços tecnológicos e no âmbito de pesquisa e conhecimento, a bioeconomia é tida como um excelente caminho para encontrar novas soluções para os mais diversos desafios envolvendo segurança alimentar, mudanças climáticas, saúde e, inclusive, crises econômicas.

Por meio da bioeconomia, podemos:

  • Aproveitar melhor os recursos do planeta;
  • Minimizar danos e prejuízos;
  • Garantir alimentos e bens para a população geral;
  • Movimentar a economia e gerar empregos;
  • Melhorar a qualidade de vida de todos os habitantes do planeta.

O Brasil e a bioeconomia

Defensores acreditam que o Brasil, assim como a China e a Índia, ainda estão distantes de entender todo o potencial do sistema bioeconômico. No entanto, a preocupação do Brasil – e do mundo – com o desmatamento da floresta Amazônica é legítima, e cada vez mais órgãos não governamentais, públicos e privados tem tomado iniciativas para aperfeiçoar da melhor forma possível as qualidades de trabalho e extração, buscando alternativas para poluir e causar cada vez menos desmatamento. A adoção da bioeconomia como alternativa sustentável e viável surgiu neste contexto.

Mesmo assim a bioeconomia ainda é um conceito muito recente no Brasil. Mas a notícia boa é que nosso país, considerado o líder dentre os Países Megadiversos (lista de países que concentram mais biodiversidade no mundo), tem boas condições para se destacar. Segundo especialistas, existe uma possibilidade não tão remota do Brasil chegar ao topo do ranking mundial de bioeconomia. Para tal, além de conseguir vencer burocracias que envolvem fatores conturbados, como modelo de negócios e regulamentação, é necessário interesse e investimento na causa, para apostar no desenvolvimento de novos conhecimentos e explorar todo o potencial da biotecnologia.

James Philip, da OCDE, afirma que os anos de experiência do Brasil com a produção de etanol, apresentando a cana de açúcar como uma das mais importantes fontes de biomassa, é um grande fator de vantagem. Além disso, no Brasil temos a política criada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), chamada de Renovabio, e que visa dar crédito para aqueles que produzirem com mais sustentabilidade, e o Programa Bioeconomia Brasil de Sociobiodiversidade, lançado no ano passado pelo Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento (MAPA), que é basicamente um grupo de estudos de bioeconomia subsidiado dentro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC).

Ainda falta muito trabalho a ser feito para efetivamente conseguirmos salvar a Amazônia, mas o Brasil está o caminho certo para fazê-lo, buscando cada vez mais recursos, investimento e inovações. Se todos trabalharem juntos, a bioeconomia com certeza poderá ajudar.