Os encontros climáticos e a preservação ambiental

Os encontros climáticos ou conferências ambientais acontecem de tempos em tempos e reúnem diversos países, que discutem questões sobre o meio ambiente. Veja aqui algumas delas, além de saber como está o acordo entre Brasil e EUA na proteção à Amazônia.

Entenda o que são as conferências ambientais

Logo após a Revolução Industrial, bem como a Segunda Guerra Mundial, o mundo parou para olhar de modo mais atento para o planeta.

Vários pesquisadores e cientistas iniciaram diversos estudos sobre o meio ambiente. Dessa forma, chegaram à conclusão de que o ser humano estava impactando o mesmo de forma negativa.

Para frear os danos e impedir prejuízos piores, os líderes de vários países se organizaram, a fim de criar planos que estimulasse o crescimento da economia, mas sem afetar a natureza e sua integridade.

O objetivo é desenvolver-se de modo econômico e também sustentável. Assim, esses encontros acabam em acordos e resoluções internacionais, logo a seguir você vai acompanhar um resumo sobre cada um deles.

Conferência de Estocolmo

Esta foi a primeira de todas e aconteceu em 1972, na Suécia. Na época, 113 países participaram e o debate teve como tema central a poluição hídrica e atmosférica.

O constante crescimento populacional começava a gerar preocupação. Como resultado, isso colocava ainda mais pressão sobre o uso dos recursos naturais.

Protocolo de Montreal

Aqui realmente aconteceu o primeiro acordo ambiental entre 197 países. Após cerca de 15 anos desde o primeiro encontro, um documento foi assinado com o objetivo de reduzir a emissão de gases CFC, responsáveis por diminuir a camada de ozônio do planeta.

ECO 92

Um novo encontro climático com sede no Rio de Janeiro aconteceu no ano de 1992. Dessa forma, nesse grande evento foi criado o conceito chamado de desenvolvimento sustentável.

Que é uma maneira de suprir as demandas do presente sem, no entanto, comprometer as necessidades das gerações futuras. Por outro lado, outra ideia firmada na ECO 92 foi a seguinte:

  • Países desenvolvidos são os maiores causadores da poluição no mundo;
  • As nações em desenvolvimento não têm recursos para preservar o meio ambiente;
  • Logo, precisam de investimento e tecnologias vindos dos países industrializados.

Nos momentos finais do encontro, formulou-se a Agenda 21 com alguns parâmetros, a fim de aliar economia, proteção ambiental e justiça para todos.

RIO +10

No ano de 2002, foi a vez de Joanesburgo receber o encontro climático entre os países. Dessa maneira, o propósito desta conferência era analisar os avanços de cada nação que participou da ECO 92.

Confira, então, o que se estabeleceu na pauta do Rio +10:

  • Discutir de novo a Agenda 21;
  • Achar meios para colocá-la em ação;
  • Criar responsabilidade ambiental nos cidadãos.

Protocolo de Kyoto e Copenhague

Esse foi um tratado internacional, com a missão de reduzir a emissão dos gases de efeito estufa. Portanto, o objetivo era diminuir para que chegasse ao patamar do que era emitido em 1990.

Já em dezembro de 2009, na Dinamarca, aconteceu o Encontro Climático de Copenhague. Ali um novo acordo seria firmado entre os países, a fim de substituir o de Kyoto, com ações mais práticas para reduzir as emissões de CO₂ e parar o aquecimento global.

A conferência, no entanto, não teve o final esperado, pois todos chegaram a um impasse, por conta das opiniões divergentes entre as nações desenvolvidas e as subdesenvolvidas.

O Acordo de Paris

Em 2015, 195 países se reuniram na França para criar um novo tratado. Assim, ficou combinado que os mesmos diminuiriam as emissões de gases CFC, além disso, manteriam o aumento da temperatura do planeta inferior a 2 ºC pelos anos seguintes.

O Brasil nesse caso se comprometeu a reduzir a poluição e recuperar 12 milhões de hectares de florestas, a fim de combater o aquecimento global.

Cúpula da Ambição Climática 2020

O Brasil não participou desta reunião, que foi feita com o objetivo de avaliar a evolução das metas combinadas no Acordo de Paris.

Em 2015, o desmatamento no país chegou a  6 mil km². Cinco anos depois, a taxa de desmate atingiu 11 mil km², ou seja, quase o dobro. Por outro lado, a emissão de CO₂ ao invés de diminuir, aumentou 10%.

Acordo entre Brasil e EUA sobre o desmatamento na Amazônia

Imagem de pessoas segurando uma réplica do planeta terra
Imagem de Mata Nativa

Esse pacto, com o intuito de diminuir o desmate na maior floresta do mundo, chegou a um impasse em abril de 2021, uma semana antes da Cúpula do Clima, por questões financeiras.

O governo brasileiro pediu um adiantamento para os EUA, a fim de melhorar a proteção na Amazônia e também para criar projetos de sustentabilidade na área.

A nação de Biden, no entanto, negou e insistiu em ver resultados sólidos antes de enviar a verba para o combate ao desmatamento. Mesmo depois de muitos encontros entre os países, nenhum acordo se estabeleceu.

Brasil pede 1 bilhão de dólares para reduzir o desmatamento na Amazônia

Esse foi o pedido do governo brasileiro ao norte-americano: 1 bilhão de dólares para diminuir o desmate de 30% a 40% em até um ano.

Sem esse dinheiro, o país não conseguiria contribuir muito para as metas de mudanças climáticas. Afinal, a situação econômica do mesmo enfrenta dificuldades.

Até o momento, os americanos foram firmes em seus argumentos, frisando que só realizariam o pagamento diante de amostras sólidas do comprometimento do Brasil. Aliás, vale destacar que algumas dessas provas seriam:

  • Queda no nível de desmatamento na Amazônia;
  • Melhoria nas operações das agências

Cúpula do Clima

Em 22 de abril de 2021, no Dia da Terra, houve uma nova reunião entre países, incluindo o Brasil.

O presidente do mesmo, Jair Bolsonaro, fez um discurso onde se comprometeu a dobrar os esforços na fiscalização ambiental. Além disso, voltou a pedir verba aos países internacionais, a fim de custear a proteção da floresta Amazônica.

A atuação do Brasil, no entanto, tem sido questionada no exterior, por causa dos recordes de desmate e da falta de uma política severa de repressão ao desmatamento.

O país sempre foi um dos protagonistas nessas agendas ambientais, por sempre ter assumido a liderança, bem como por ter a maior parte da Amazônia.

Nos últimos anos, entretanto, esse cenário tem mudado, com o país perdendo cada vez mais hectares da maior floresta do mundo e tendo poucas iniciativas do governo e dos órgãos ambientais para reverter a situação ambiental no Brasil.


Imagem de floresta pegando fogo

O pior está por vir na Amazônia em 2021

Especialistas afirmam que o pior está por vir na Amazônia. Tal declaração, sem dúvida, se deve ao fato de que o inverno de 2021 promete ser o mais seco, somando-se a isso a alta de desmatamento na região, registrando os piores índices de queimadas dos últimos anos.

As consequências dos incêndios florestais já podem ser vistas

O efeito de tantas queimadas já pode ser sentido e visto. Em 9 de agosto de 2019, por exemplo, produtores rurais do Pará começaram um incêndio para grilagem e desmatamento.

Pouco mais de uma semana depois disso, a fumaça originada desse ato, transformou o céu diurno da cidade de São Paulo em noite. Vale destacar que a maior capital do Brasil fica há pelo menos 3 mil km do Pará.

Os alarmantes índices do Instituto de Pesquisas

Naquele mesmo mês, o Inpe registrou nos dias 10 e 11, cerca de 1.457 focos de calor neste estado. Dessa forma, vale destacar que o IBAMA na época foi alertado, no entanto, não tomou nenhuma medida para impedir tal atividade.

Em 2020, os impactos ambientais voltaram ainda piores. Pois houve um aumento de quase 20% das queimadas na maior floresta do mundo. Além disso, cresceu o desmatamento por fogo no Pantanal, 376%, em relação à média dos últimos 20 anos.

O pior, sem dúvida, é que 43% dessa área era de mata virgem.

Imagem de madeira em brasa

Desmatamento atinge área de preservação ambiental

Na região amazônica, cerca de 65% da parte devastada pelo fogo em 2020, era formada por florestas.

Isso significa que o desmatamento e as invasões chegaram até as áreas preservadas. No entanto, o pior ainda está por vir, uma prova disso é que março e maio de 2021, em comparação a este período em 2020, teve 29% a mais de espaços desmatados.

Neste intervalo, 199 mil hectares, uma área maior do que a cidade de São Paulo, foram derrubados.

Agora essa madeira, sem dúvida, vai servir de combustível para os incêndios na época de seca.

Sabe-se que as árvores precisam ficar até 90 dias no chão, a fim de perder a sua umidade e a partir disso, queimar de modo mais fácil.

Com essa fase de poucas chuvas, é um fator adicional que contribui e muito para o alastre do fogo.

Risco de incêndios aumenta em junho e começo de julho de 2021

Junho e julho registraram 124.819 hectares desmatados, ou seja, o risco de queimadas cresceu ainda mais.

O pior é que isso não parece ser reversível. Já que o orçamento do Ministério do Meio Ambiente deste ano é o menor em mais de duas décadas.

A fiscalização ambiental e o setor de combate a incêndios tiveram uma baixa de 27% em suas verbas em relação a 2020.

Pandemia do coronavírus e a Amazônia

As queimadas e os incêndios podem deixar a Covid-19 ainda mais perigosa, já que a fumaça que se origina piora a qualidade do ar.

Pesquisas na época mais seca de 2020, demonstraram que houve quase 2.200 hospitalizações na região da Amazônia por conta de problemas respiratórios. Aliás, a maior parte dos pacientes, cerca de 50% dos casos, era de idosos com 60 anos ou mais.

É essencial colocar em prática melhores medidas de proteção

Os grupos de grileiros são os principais invasores de áreas protegidas na região. A fim de combater esses atos ilegais, é preciso mais iniciativa, tanto da Polícia Federal quanto do IBAMA.

Ambos precisam se organizar em conjunto e operar nas partes da Amazônia que mais sofrem com a derrubada de árvores.

Também é essencial que o governo faça a sua parte. Por exemplo, há um projeto de lei, a 11.276/2018, que trata sobre o manejo correto do fogo, ou seja, é uma iniciativa de educação para que as comunidades manipulem o fogo de modo mais adequado na região.

Incêndios na Amazônia Legal sobem 49% em maio

Esse foi o total de focos de queimadas detectados no quinto mês de 2021, 49% a mais do que em maio de 2020, de acordo com o Inpe.

Isso gera ainda mais alarme, já que é apenas o início do período de queimadas no país. Ele começa entre junho e julho, logo se estende até setembro e outubro.

Em maio de 2020, houve 1.798 focos de incêndio na floresta. Por outro lado, em 2021 no mesmo mês, esse número chegou a 2.679.

O maior recorde de maio foi em 2004, com 5.155 pontos de queimadas. Assim, desde 1998, o Instituto de Pesquisas vem monitorando e coletando todos esses dados sobre incêndios florestais em todos os biomas do Brasil.

A Amazônia Legal equivale a quase 60% do território brasileiro e faz parte de 8 estados:

  • Acre;
  • Mato Grosso;
  • Amazonas;
  • Roraima;
  • Tocantins;
  • Rondônia;
  • Amapá;
  • Pará.

O recorde é na região Norte do país

É ela que detém a maior parte das queimadas, de acordo com o Governo Federal. Além disso, parece haver uma crescente no decorrer dos anos, por exemplo:

  • Em maio de 2016, teve 999 focos de incêndios;
  • Já em 2021, neste mesmo mês: 1210.

Sabe-se que o fogo na Amazônia acontece por conta de três elementos juntos:

  • Clima seco, muito comum neste período do ano;
  • Material combustível, como árvores derrubadas;
  • E criminosos ateando fogo.

A falta de fiscalização na área deu abertura para as pessoas cometerem ainda mais crimes contra o meio ambiente.

Depois de tantos recordes de desmate e queimadas, o pior ainda está por vir

A maior floresta do mundo está muito ameaçada e não só pelos desmatamentos e incêndios.

Uma em cada 10 espécies de árvores nascem na Amazônia. Como resultado, mais da metade delas podem sofrer extinção em 30 anos.

Esse estudo de pesquisadores brasileiros e holandeses, combinou diversos cenários preocupantes relacionando o desmate com as mudanças no clima.

Os cenários mais pessimistas e otimistas do estudo

A hipótese mais pessimista do grupo revelou que metade do sul da Amazônia pode se perder, o que quer dizer que muitas espécies correm um risco bem sério de desaparecer.

Outro cenário previsto, o mais otimista deles, acredita que mais da metade das áreas adequadas à distribuição das árvores da Amazônia vão ser extintas.

Em outras palavras, é preciso haver uma mudança de atitude já, para evitar um futuro catastrófico.

A floresta amazônica precisa de ajuda, por isso, faça a sua parte, entre em contato com a Famazonia, que apoia soluções de preservação e veja como contribuir com a causa.


A importância do cooperativismo no Amazonas

Descubra no decorrer do texto, a importância do cooperativismo no Brasil, em especial no Amazonas. Além disso, entenda os benefícios das cooperativas que vem sustentando famílias amazonenses e também mudando vidas em todas as partes do país.

O cooperativismo no Brasil

Essa prática teve início no país em 1844, como uma forma de trabalho em conjunto com objetivos em comum. Dessa forma, nesse meio não há distinções entre gênero, raça, nível social ou econômico.

Hoje no Brasil, há 5.314 cooperativas e 15,5 milhões de cooperados, de acordo com o OCB em 2020. Em relação à renda, segundo eles, foi de R$ 308,8 bilhões. De fato, há 13 ramos do cooperativismo no país, são eles:

  • Agropecuário;
  • Bem como, de consumo;
  • Educacional;
  • Crédito;
  • Especial;
  • Habitacional;
  • Infraestrutura;
  • Mineral;
  • Transporte;
  • Produção;
  • Turismo e lazer;
  • Saúde;
  • E, por fim, trabalho.

Nesse modelo de negócio, milhares de famílias garantem o seu sustento, logo, essa é a principal importância das cooperativas. Além disso, elas causam alguns impactos bem positivos, confira dois deles a seguir.

1 - Humanismo

Os produtos, bem como os serviços seguem uma lógica bem simples, entenda:

  • Garantir o bem-estar;
  • Mais qualidade de vida;
  • E o crescimento profissional e financeiro dos seus participantes.

Vale destacar que são missões bem diferentes em relação às grandes empresas, que visam acima de tudo, seus lucros. Nas cooperativas, os ganhos e as funções são divididos de modo igual.

A vantagem desse tipo de negócio é que ajuda no:

  • Desenvolvimento da economia;
  • Gera empregos;
  • E elimina a exclusão social.

2 - Consciência e educação

Outro grande benefício é o ensino sobre consumo consciente. Aliás, muitas delas oferecem workshops e palestras sobre isso aos seus membros.

Eles mostram ações que incentivam a todos a adotar um estilo de vida mais sustentável. Assim, os principais assuntos em pauta são, em geral:

  • Respeito a natureza;
  • Diminuição na geração de lixo;
  • Bem como, combate ao desperdício;
  • Educação financeira.

A busca por meios mais sustentáveis e em ações de responsabilidade social são as soluções que eles colocam em prática, a fim de ter um país mais justo e solidário.

Imagem de mãos juntas

Exemplos de cooperativas de sucesso no Amazonas

O Sistema OCB criou uma publicação com 366 cases que vem contribuindo com o desenvolvimento econômico e com a justiça social.

As histórias contadas na obra são divididas por regiões, portanto:

  • No Norte, há 38 cooperativas de sucesso;
  • Centro-Oeste: 84;
  • Sudeste: 88;
  • Nordeste: 73;
  • Sul: 83.

No Amazonas, o livro relata 16 cases bem sucedidos. Dessa maneira, logo a seguir, você vai conhecer algumas histórias de grande destaque, confira.

1 - Cooperativa Agrofrutífera dos Produtores de Urucará

A Agrofrut surgiu em 2001 com um grupo de 50 produtores que usavam como matéria-prima principal o guaraná.

De início, essa foi a sua área de atuação, o comércio do pó desta fruta e o seu estado in natura. Logo, seu foco sempre foi implantar projetos de qualidade e segurança alimentar.

Hoje em dia, ela recebe investimentos de uma empresa francesa que tem como objetivo o desenvolvimento econômico da agricultura familiar de Urucará.

Devido a isso, a agroindústria vem gerando empregos, bem como melhores condições de vida para os agricultores e produtores da região.

2 - Cooperativa Aquícola e Pesca de Urucará

A Aquicoopesca surgiu em 2011 e possui 28 cooperados. Assim, ela cria várias espécies de peixes em cativeiros, dentre eles, o tambaqui e a matrinchã, por exemplo.

Grande parte dos seus membros são agricultores e pecuaristas. Dessa forma, eles decidiram investir na piscicultura, a fim de complementarem suas rendas.

O objetivo da cooperativa é qualificar de modo profissional técnicos do ramo. Aliás, em 2012, houve 31 formandos, também neste ano eles produziram cerca de 12 toneladas de peixe.

Vale destacar que o comércio de pescado acontece em Urucará, por isso, a meta é abastecer toda a área de Manaus.

3 - Cooperativa dos Criadores de Abelhas Indígenas da Amazônia

A Coopmel possui três pautas principais:

  • Preservar a sociobiodiversidade;
  • Bem como, as florestas;
  • E produzir mel.

Ela fica em Boa Vista do Ramos, no estado do Amazonas e conta com 62 cooperados. Eles trabalham na produção de mel de Jandaíra de abelhas sem ferrão.

As mesmas não recebem nenhum tipo de substância química nem mesmo agrotóxicos são usados perto dos meliponários.

Em 2012, eles produziram cerca de 2,5 mil toneladas de mel de 3,5 mil colônias. Por outro lado, nas áreas degradadas eles plantam árvores frutíferas que ajudam no sustento das abelhas.

A Coopmel é uma cooperativa que gera impactos positivos, com sua economia solidária, suas formas de preservação florestal e geração de renda para os amazonenses.

4 - Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru

Fundada há mais de 50 anos, a Coomapem conta com 250 cooperados e está presente em 9 municípios do Amazonas. Além disso, na época foi a primeira cooperativa do Brasil a ganhar um certificado da empresa francesa Ecocert.

O objetivo é explorar, de modo sustentável, toda a diversidade da Amazônia. Hoje em dia, ela é líder na produção de malva e juta e juntos conseguem produzir cerca de 10 mil toneladas por ano, ou seja, 50% do que é consumido no próprio país.

Mais de 40 mil pessoas dependem do comércio da fibra que dá origem às sacas. Assim, ela cumpre sua missão de desenvolver de modo econômico a região.

Imagem de pessoa segurando muda de planta

5 - Cooperativa Mista de Produção de Açaí de Codajás

O açaí é um alimento completo, pois possui fibras, ferro, carboidrato, lipídios e proteínas. Mas, era jogado fora por agricultores de Codajás, cidade central do Amazonas.

A razão: falta de compradores para o fruto in natura e problemas para escoar a sua produção. A partir disso, 100 cooperados resolveram se unir e buscar novas soluções.

Juntos, criaram uma fábrica de pasteurização da polpa do açaí e conseguiram novos clientes, aliás, a maior parte da renda gerada por eles vem dos EUA.

A importância do cooperativismo para os amazonenses

Tantas histórias de sucesso colocam em evidência as vantagens das cooperativas quando bem desenvolvidas. Dessa forma, seu modelo de negócio permite que todos os cooperados tenham voz e faz com que suas demandas sejam ouvidas.

O resultado final é que todos crescem juntos como uma comunidade. Assim, eles conseguem aliar muito bem os três pilares dessa ação:

  • Desenvolvimento sustentável;
  • Inclusão social;
  • E geração de emprego.

Por que indígenas são prioridade na fila de vacinação contra a Covid-19?

Grupo tem recebido menos doses em comparação a outros dessa mesma lista

O histórico de vulnerabilidade social dos povos indígenas faz com que essa classe se torne extremamente exposta contra a Covid-19. No entanto, o Brasil não tem seguido seu próprio protocolo, que definia suas prioridades centrais:

  • Pessoas com 60 anos ou mais
  • Pessoas com deficiência
  • Povos indígenas vivendo em terras indígenas

Quer entender como esse processo está se desenvolvendo por aqui? Continue no nosso artigo.

Uma prioridade histórica

Imagem de G1

Assim como em diversos outros países ao redor do mundo, as populações originárias nacionais sofreram diversas perseguições que culminaram em desamparo governamental e outras fragilidades comunitárias. Consequentemente, situações como a pandemia causado pelo coronavírus realçam esses pontos, e fazem com que entidades representativas entrem em ação em busca de equilibrar essa balança.

Em entrevista cedida ao Instituto Socioambiental (ISA), o cientista Andrey Moreira Cardoso, membro do grupo de pesquisa “saúde, epidemiologia e antropologia dos povos indígenas”, da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), explicou sobre essa carência. Segundo ele, “(...) [os indígenas] têm uma vulnerabilidade maior do ponto de vista epidemiológico”.

E continua: “(...) há vários estudos internacionais comparando a situação dos povos indígenas em diferentes regiões do mundo, mostrando que eles estão sempre em desvantagem econômica, social e de saúde em relação a outros grupos nas mesmas localidades. Isso é uma realidade também no Brasil. A situação é variável dependendo da região. O que temos visto nos estudos que temos feito é que (...) as infecções respiratórias nessas populações têm tido uma disseminação muito rápida”.

O especialista ainda destaca que os problemas de acesso vão muito além, visto que também são geográficos. Afinal, essa “(...) questão está estreitamente associada às possibilidades de acesso aos territórios tradicionais e aos recursos lá disponíveis. Também se vincula à proximidade dos centros urbanos, ao grau de dependência em relação ao mercado regional e à disponibilidade de políticas públicas”.

O que isso significa?

O modelo social em que a maior parte dessa categoria foi forçada a se inserir obriga que alguns riscos sejam tomados por membros dessas comunidades, que podem contaminar seus conterrâneos durante a realização de atividades consideradas essenciais. Portanto, a aplicação de vacinas não deve ser considerada urgente apenas para os indivíduos que vivem em terras demarcadas, como direciona o Ministério da Saúde no plano nacional de operacionalização da vacinação contra a Covid-19. Afinal, a disseminação de doenças nesses meios pode ser impulsionada por características locais.

Em sua conversa com o ISA, Andrey Moreira Cardoso reforça esse ponto e destaca a existência de inúmeros problemas estruturais nesses ambientes. Ele conta: “A indisponibilidade de água e de saneamento em muitas comunidades indígenas é extremamente preocupante nesse cenário. Os padrões de moradia de diversos povos indígenas, muitas vezes com grandes casas com elevado número de pessoas, pode facilitar o contato de uma pessoa infectada e outra não infectada e a transmissão do vírus”.

O especialista ainda chama a atenção para o estilo de vida desses grupos, que são essencialmente favoráveis ao espalhamento de enfermidades desse gênero. Segundo ele: “(...) esses são aspectos das culturas indígenas, centrais para seus modos de vida, que precisam ser respeitados e valorizados, cabendo especial atenção no contexto da pandemia”.

Como está sendo a postura do governo?

Em 19 de abril de 2021, a Câmara dos Deputados publicou um artigo em que descreve debates relacionados a priorização de indígenas que vivem em áreas urbanas nas filas de vacinação. No material, Joenia Wapichana (REDE) apresentou avaliações que mostravam a necessidade de medidas mais eficientes visto que, até aquele momento, haviam sido “(...) contabilizados 52.494 casos confirmados, com 1039 indígenas mortos e 163 povos afetados pela Covid-19, segundo dados do Comitê Nacional de Vida e Memória indígena”.

Apesar disso, o cenário ainda não melhorou. Informações publicadas pelo Ministério da Saúde mostram que, apesar dessas etnias serem o terceiro grupo prioritário no plano nacional de operacionalização da vacinação contra a Covid-19, apenas 1,02% receberam as duas doses dos imunizantes.

A seguir, confira a lista das dez classes mais beneficiadas pelas duas aplicações:

  • 20,9% são trabalhadores da área da saúde;
  • 17,2% são pessoas entre 70 e 74 anos;
  • 15,3% são pessoas entre 65 e 69 anos;
  • 14,2% são pessoas com mais de 80 anos;
  • 12% são pessoas entre 75 e 79 anos;
  • 5,2% são pessoas entre 60 e 64 anos;
  • 1,7% são pessoas com mais de 60 anos institucionalizadas;
  • 1,02% são indígenas;
  • 1,01% são trabalhadores da educação de nível básico;
  • 0,8% são pessoas com comorbidades.

Em maio desse ano, grandes portais da imprensa brasileira noticiavam a mudança de abordagem adotada pelo Ministério da Saúde, que passou a encarregar a vacinação de indígenas que vivem em áreas urbanas às secretarias estaduais e municipais de saúde. No entanto, a aplicação prática dessa idealização vem sendo extremamente falha.

Em entrevista à TV Globo, Fortunato João de Souza falou sobre a impaciência relacionada a esse atraso. Mesmo sendo o indivíduo mais velho da etnia Atikum, preferiu não esperar as doses direcionadas à sua comunidade. Ele disse: “(...) eu vacinei porque chegou a época de 79 anos, aí eu disse: 'eu não vou esperar porque esse coronavírus não espera por problema de ninguém’. Mas nós ficamos no esquecimento”.

No final de abril, um levantamento do Globo embasado na pesquisa “planos de vacinação nos estados e capitais do Brasil”, desenvolvido pelo Observatório Direitos Humanos Crise e Covid-19, apontou que nove estados ainda não haviam colocado um único grupo (entre população ribeirinha, quilombolas e em situação de rua) entre os prioritários para receber os imunizantes contra o coronavírus.

O resultado desse descaso pode ser acompanhado através do portal da entidade, que apresenta um contador assustador de mortes em tempo real de alguns desses grupos. Segundo o levantamento, até o dia 24 de junho de 2021, momento em que esse material está sendo revisado, 1121 indígenas e 282 quilombolas perderam a vida para a Covid-19.


Realmente existe chance de a Amazônia se tornar uma savana?

Velhos conhecidos podem ser responsáveis por essa drástica alteração

A cada dia que passa nos aproximamos mais rápido do temido ponto de inflexão da Amazônia, em que todo esse ecossistema poderá vir a se tornar uma imensa savana. Para piorar, especialistas indicam que os motivos para isso ainda são:

  • As políticas públicas inconsequentes;
  • O aquecimento global;
  • O desmatamento;
  • Os incêndios.

Quer entender melhor esse risco? Continue no nosso artigo.

Afinal, esse risco existe?

A comunidade científica global não possui um consenso quanto a essa resposta, mas algumas teses possuem mais força que outras nesse meio. Um grande exemplo é o material publicado pela revista Science produzido pelo climatologista Carlos Nobre, em 1990. Desde aquele momento, ele defendia que “(...) se desmatarmos grandes partes da Amazônia, ela se tornará uma savana”.

Portanto, sim, esse risco existe. E, apesar de uma redução gradual ter sido registrada ao longo dos anos, nos aproximamos desse problema a passos largos, uma vez que ainda não atingimos um patamar de exploração responsável.

Dados coletados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon, por exemplo, apontam que, entre o ano em que o artigo citado acima foi divulgado e 2010, mais de 55 milhões de hectares de florestas foram derrubados em território nacional. Conforme o mesmo instituto divulgou em seu portal, em fevereiro de 2014, “(...) o ritmo de destruição, nas últimas duas décadas, foi 170 vezes mais rápido do que aquele registrado na Mata Atlântica durante o Brasil-colônia”.

A Amazônia, por sua vez, perdeu mais de 780 mil km² de sua vegetação nativa, o equivalente a mais de duas vezes o espaço ocupado pela Alemanha, que mede aproximadamente 357 mil km². Além disso, uma queda constante registrada nessas taxas desde 2005, apesar algumas variações, se transformou em uma subida colossal desde 2018.

Informações apresentadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostraram que esses números cresceram mais de 85% em um intervalo de dois anos. O mesmo órgão indica que esse cenário tende a não mudar, visto que, em abril de 2021, o desmatamento no local foi o maior da série histórica.

Quanto tempo temos?

Imagem de Amazonia Latitude

Em conversa com a revista Yale Environment 360, publicada em setembro de 2019, Carlos Nobre reforçou seus pontos e afirmou que se seguirmos com o ritmo atual, o ponto de inflexão desse ecossistema vai ser atingido entre 20 e 30 anos. Além disso, o climatologista explicou como a savana que descreveu em 1990 pode se tornar possível, mesmo em um ambiente tão molhado.

Segundo ele: “(...) o clima pós-desmatamento não será mais um clima muito úmido, ficará mais seco, a Amazônia terá uma estação seca muito mais longa, como a das savanas tropicais da África. O que sabemos hoje é que se excedermos 40% da área desmatada, a Amazônia terá um ponto de inflexão. Cerca de 60 a 70% da floresta amazônica se tornará uma savana seca”.

Ele ainda explica o motivo que faz com que o Brasil seja mais propício a esse problema, e conta: “(...) somente no oeste, perto dos Andes, que é muito chuvoso, a floresta amazônica ainda estará lá. Portanto, esse é o ponto de inflexão”.

Os mesmos problemas de sempre...

É impossível produzir qualquer material sobre esse assunto sem reforçar pontos que, entre os pesquisadores desse setor, são considerados repetitivos e, em alguns casos, até redundantes. Acompanhe:

  • As políticas públicas inconsequentes

A postura do governo federal vem sendo extremamente criticada por diversos líderes estatais e órgãos voltados à preservação ambiental ao redor do mundo. Um dos principais símbolos desse movimento foram os protestos realizados em inúmeras esferas a respeito de 10 de agosto de 2019, data que entrou para a história nacional como o Dia do Fogo.

À época, Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha, Boris Johson, primeiro-ministro do Reino Unido e Emmanuel Macron, presidente da França, foram alguns dos nomes que publicaram mensagens indignadas com a situação ecológica local, que se intensificou muito a partir daquele momento.

Em contrapartida, Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou os estragos e afirmou que “(...) a floresta não está pegando fogo como o pessoal está dizendo. O fogo é onde o pessoal desmata”. Apesar disso, confirmou que algumas nações se propuseram a ajudar no combate a esses crimes.

O presidente também virou alvo de críticas após seu governo publicar, em abril desse ano, sua primeira meta de redução de desmatamento na Amazônia. Apesar de parecerem promissores em um primeiro momento, os números propostos não significavam uma redução eficiente nessa luta.

  • O aquecimento global

Esse ponto funciona de maneira recíproca com todos os problemas listados em nosso texto. Afinal, o aquecimento global não só colabora com a propagação de incêndios, por exemplo, como também se fortalece com isso.

A explicação para isso é o fato de estarmos lidando com o maior consumidor sustentável de carbono do mundo, e alterações desse calibre geram consequências em diversas áreas do planeta.

Em um artigo publicado na Folha de S. Paulo, em março desse ano, José Marengo, climatologista e pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de desastres Naturais (CEMADEN), e Thomas Lovejoy, presidente do Amazon Biodiversity Center, reforçaram esse ponto. Segundo eles: “(...) a Amazônia não está piorando as mudanças climáticas: é a perda da Amazônia que está piorando as mudanças climáticas”.

  • Os desmatamentos e os incêndios

Esses tópicos são complementares e, juntos, podem ser considerados os dois principais problemas práticos enfrentados pela região amazônica. Utilizando o mesmo exemplo que apresentamos anteriormente, o Dia do Fogo foi um registro explícito de como essas duas atividades se completam.

Em uma reunião realizada com Jair Bolsonaro, em 27 de agosto de 2019, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), apresentou números sobre aquela ocasião. Segundo o político, apenas na Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, aproximadamente 3 mil hectares foram queimados “(...) para fazer pasto”. Segundo ele: “(...) o sujeito vai lá, desmata, queima, faz pasto e aluga a área para um produtor rural.

Todos esses pontos mostram a importância de apoiar inciativas independentes, que lutem por uma melhora na região amazônica desvinculada de propostas estatais.


Mês do meio ambiente

Em junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. Você já faz a sua parte por um Brasil mais sustentável? Saiba mais sobre a data e veja como ajudar!

Junho é um mês socialmente importante por celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Atualmente, muitas discussões em torno de melhores práticas em respeito à natureza têm sido feitas, o que vem resultando em uma maior conscientização coletiva em relação ao tema.

Ainda há muito a ser feito, mas já é possível perceber certo impacto no dia a dia das pessoas, que inclusive passaram a procurar por produtos mais sustentáveis. É o que evidenciou o levantamento da WWF, feito pela Economist Intelligence Unit (EIU), que cobriu o período de cinco anos (2016 – 2020) e englobou 54 países.

O resultado mostrou que a busca por produtos sustentáveis na internet cresceu 71%. Além disso, o relatório, que recebeu o nome “Ecodespertar; medindo a consciência, o engajamento e ação global pela natureza”, afirmou que o interesse do público e preocupação com a natureza cresceram 16% em 5 anos.

Inclusive, o Brasil se destacou ao representar 14% de todas as assinaturas em campanhas em favor da biodiversidade e natureza, contribuindo com 23 milhões de assinaturas online. Ou seja, embora ainda seja preciso fazer muito, já podemos perceber os impactos de todas os movimentos pró-natureza.

Mas, afinal, você sabe a importância do Dia Mundial do Meio Ambiente e como ele surgiu? Continue lendo e descubra!

Como surgiu o mês do meio ambiente

Foi em Estocolmo de 1972 que a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, responsável pela instituição da data, aconteceu. Durante o evento, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou que o Dia Mundial do Meio Ambiente seria comemorado todo dia 05 de junho.

A data, na verdade, foi escolhida justamente por causa do evento, para coincidir com o período de sua realização. Ela representa a necessidade de chamar a atenção para os problemas ambientais e preservação de recursos naturais do meio ambiente. A conferência reuniu 113 países e passou a tratar as questões ambientais, traçando mudanças.

Brasil participou de conferência em Estocolmo

Infelizmente, a presença do Brasil nessa conferência em Estocolmo não foi marcada pelo objetivo de tornar o país mais sustentável. Na ocasião, o ex-Ministro do Interior, Costa e Cavalcanti, afirmou que o propósito naquele momento era desenvolver primeiro e arcar com as consequências da poluição mais tarde.

A defesa brasileira pendia mais para o avanço da economia, mesmo que isso ferisse ainda mais os recursos naturais e degradasse o meio ambiente. Naquele momento, o Brasil assumia as rédeas do que ficou conhecido como “milagre econômico” e implementações em favor do meio ambiente poderia pôr isso a perder. Esse período, inclusive, ocorreu de 1968 a 1973, durante a Ditadura Militar.

Qual é a importância do Dia Mundial do Meio Ambiente

A Conferência de Estocolmo contribuiu para formular novas visões sobre como usamos os recursos naturais e como lidamos com a natureza. Em declaração, foi afirmado a necessidade de ter cautela com os recursos ambientais, visto que não são inesgotáveis como muito se pensou durante anos.

Com isso, foram declaradas diversas necessidades, das quais destacamos algumas:

  • necessidade de descartar corretamente substâncias tóxicas;
  • traçar planos de prevenção da poluição do ar e águas;
  • racionamento de recursos naturais para garantir a melhoria da qualidade de vida de todos;
  • eliminação de armas de destruição, como as bombas nucleares.

Portanto, a importância do Dia Mundial do Meio Ambiente está pautada justamente na necessidade de reforçar essas e outras ideias em favor da preservação do meio ambiente.

Os objetivos propostos foram cruciais na luta pela natureza e a reformulação do uso de recursos naturais. Além disso, foi um momento em que o meio ambiente passou a ser parte da agenda da ONU. Atualmente, essa data representa a conscientização não só de indústrias, organizações e companhias, mas de toda a população.

III Mês do meio ambiente DGA/Unifesp

Agora, de 7 a 18 de junho de 2021, a Unifesp realizou encontros para debates e reflexões sobre o meio ambiente e sustentabilidade. O evento foi virtual, aberto ao público, e realizado em conjunto com a Gestão Ambiental de todos os campi da universidade. A transmissão aconteceu pelo canal no Youtube e o tema foi “Trilhando o caminho da sustentabilidade”.

O objetivo foi justamente o de propiciar maiores discussões sobre o assunto e incentivar a reflexão, trazendo temas bastante atuais e 19 palestras com especialistas abordando diversos temas pertinentes. Embora já tenha ocorrido o evento, a instituição disponibilizou os vídeos das lives na playlist III Mês do Meio Ambiente da Unifesp, onde você pode conferir tudo o que rolou.

Boas práticas para ajudar o meio ambiente

A destruição constante das ações humanas de grandes áreas da natureza trouxe a escassez de recursos, degradação do meio ambiente e fortes ameaças à sobrevivência de diversas espécies. E a preservação da natureza está ligada à biodiversidade, sem a qual o homem não poderia sobreviver.

Então, mesmo que você pense que suas ações não fariam diferença entre os mais de 213 bilhões de habitantes brasileiros, tenha em mente que se todos pensarem assim estaremos falando de bilhões de pessoas sem fazer nada. Ou seja, sempre que puder, ajude na campanha.

E isso pode ser feito com boas práticas, como:

  • economizando água ao evitar deixar torneiras, chuveiros e mangueiras ligadas de forma indisplicente;
  • economize energia;
  • reduza o consumo de plásticos;
  • evite hábitos consumistas e, ao comprar algum produto, procure saber de sua procedência;
  • pesquise por produtos sustentáveis e, sempre que possível, prefira-os;
  • prefira comprar de empresas que representam responsabilidade socioambiental;
  • separe o lixo da sua casa, evitando misturar lixo orgânico com plásticos, vidros, metais e papéis;
  • sempre que der, reaproveite e recicle;
  • não desperdice alimentos.

Com pequenos passos e mudanças diárias já estaremos contribuindo para uma melhor preservação do meio ambiente. Faça a sua parte!


O descarte da indústria química

O descarte de resíduos químicos nem sempre recebe a atenção necessária, mesmo se tratando do setor industrial. Leia mais sobre isso e veja a importância!

Os resíduos químicos industriais estão entre os mais nocivos para a natureza, como também para a saúde quando são mal descartados e manuseados de forma inadequada. Eles podem abranger a líquidos, pó, fumaça ou sólido e podem oferecer riscos também de contaminação do ar, terra e lençóis freáticos.

Inclusive, muitos podem nem saber que existem vários desses resíduos químicos presentes na nossa casa, como materiais de limpeza e itens destinados a cuidados médicos. Embora muito importantes na manutenção do ambiente e da saúde, possuem caraterísticas tóxicas e perigosas, caso sejam manipulados de forma indiscriminada.

Isso nos leva à necessidade de cuidados com o descarte dessas substâncias pelas próprias indústrias e também pela sociedade. Para isso, há uma classificação entre os produtos, que define a forma correta de evitar danos à saúde e ao meio ambiente ao descarta-los. Continue lendo e entenda mais sobre isso!

A importância do descarte adequado da indústria química

O ponto inicial da questão é que as indústrias químicas devem conhecer seus produtos, tanto em termo de qualidade quanto em como podem ou não oferecer riscos aos usuários. Isso nos leva a crer que devem cooperar com a sociedade e o meio ambiente informando as propriedades dos produtos e também descartando-os corretamente.

Contribuir com os movimentos que prezam pela redução da poluição, seja em mares, na atmosfera, no solo ou no meio ambiente, é uma conscientização necessária para todos, mas que se inicia, nesses casos, com a própria fabricação dos itens que, posteriormente, são vendidos ao público.

Com isso, torna-se imprescindível cuidados específicos na manipulação e descarte de produtos que podem oferecer riscos à população. Afinal, sabemos que a indústria química pode causar sérios riscos à natureza e à nossa saúde se esse tipo de preocupação der vazão a outros interesses, como os econômicos.

Por exemplo, podemos citar um dos principais problemas que ocorrem nas relações comerciais das indústrias com a sociedade: o prazo-limite para o uso de produtos químicos.

Considerando a necessidade técnica de revalidação e reteste, os prazos que podem ser estendidos pelos fabricantes podem impactar positivamente no meio ambiente, já que evitaria que o produto que mantém suas propriedades intrínsecas fosse descartado indevidamente.

Inclusive, estava prevista como meta (12.4) do documento em relação ao desenvolvimento sustentável, emitido pela Organização das Nações Unidas (ONU), que:

“Até 2020, alcançar o manejo ambientalmente saudável dos produtos químicos e todos os resíduos, ao longo de todo o ciclo de vida destes, de acordo com os marcos internacionais acordados, e reduzir significativamente a liberação destes para o ar, água e solo, para minimizar seus impactos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente.”

O que são resíduos químicos?

Resíduos químicos podem ser classificados como produtos de alto risco de acidentes relacionados às suas propriedades. Ou seja, são perigosos por suas características e, por isso, exigem maiores cuidados ao manusear, coletar, transportar e descartar. Todo esse processo, inclusive, deve ser feito por pessoas capacitadas.

Alguns exemplos de resíduos químicos sólidos são:

  • Termômetro de mercúrio;
  • Lâmpadas;
  • Raio X;
  • Pilhas, baterias e outros acumuladores de carga.

Entre os tipos de resíduos químicos líquidos, como efluentes de processadores de imagens (reveladores e fixadores) e produtos reagentes para laboratórios, há alguns mais conhecidos comumente:

  • Medicamentos líquidos descartados;
  • Desinfetantes;
  • Detergentes e sabão em geral;
  • Solventes, como álcool e desengraxantes.

Como identificá-los?

É possível identificar esses resíduos de acordo com duas categorias:

  • Resíduos químicos de uso industrial: são aqueles usados no âmbito da indústria química, como produtos inorgânicos, produtos orgânicos, resinas e elastômeros e produtos e preparados químicos diversos;
  • Resíduos químicos de uso final: já estes são produtos feitos por indústrias e destinados ao consumidor final, podendo ser: produtos farmacêuticos, fertilizantes, higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, produtos de limpeza e afins, defensivos agrícolas, tintas, esmaltes e vernizes, fibras artificiais e sintéticas, entre outros.

Como deve ser feito o descarte de produtos químicos?

Há diversas formas de minimizar impactos ambientais e descartar corretamente qualquer tipo de detrito é fundamental para contribuir com a preservação da natureza. No entanto, nem todos os produtos inutilizáveis podem ser jogados fora do mesmo jeito, como no caso especificamente de resíduos químicos.

Os resíduos químicos residenciais devem ser descartados em suas embalagens originais e adicionados em recipientes que não correm o risco de quebrar. Além disso, é preciso que sejam envolvidos em sacos plásticos e o destino, normalmente, deve ser para os depósitos de seus próprios fabricantes.

Já no caso das indústrias, é o Ministério do Meio Ambiente que monitora se as regras e normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estão sendo seguidas. As principias são:

  • Efluentes devem ser se tratados devidamente para obedecerem às condições e normas antes de serem lançados nos corpos receptores;
  • É preciso ter atenção à Lei Nº 9.605/98, Lei de Crimes Ambientais, que criminaliza qualquer ação prejudicial ao meio ambiente;
  • Devem seguir também as exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece que deve haver a geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e direcionamento final adequado dos rejeitos, respeitando o meio ambiente.

Impactos do descarte incorreto das indústrias químicas

Por fim, é preciso lembrar que muitos podem ser os impactos negativos da manipulação e descarte incorreto de resíduos químicos por parte das indústrias.

Os principais são justamente em relação aos prejuízos ambientais, visto que os danos à natureza atingem riscos de contaminação de mananciais, podendo provocar um desequilíbrio do ecossistema aquático e poluição da atmosfera por meio da emissão de gases tóxicos.

Isso está relacionado também às consequências à população local. Afinal, os prejuízos mencionados refletem nos habitantes da região, pois são fortes colaboradores da proliferação de doenças infectocontagiosas.

É nesse sentido que os movimentos de desenvolvimento sustentável vêm trabalhando, junto a associações e entidades ambientais, com o objetivo de orientar e pensar

intervenções que possam solucionar o problema, como é o caso de estudos sobre a possibilidade de retestes e revalidações de produtos químicos.


O que as cheias dos rios dizem sobre o clima?

Alta em algumas regiões está entre as maiores registradas na história

A Amazônia continua sofrendo com enchentes no estado, e as últimas duas décadas tem intensificado ainda mais esse problema. Segundo informações colhidas pelo Grupo Globo, dois fatores podem explicar essas mudanças:

  • O aquecimento do oceano Atlântico;
  • O fenômeno La Niña.

Quer entender melhor todos esses acontecimentos? Continue no nosso artigo!

O que está acontecendo?

Dentre os 62 municípios do Amazonas, 58 foram ocupados pelos rios Negro e Solimões. Ao todo, mais de 455 mil pessoas foram atingidas diretamente por essas cheias, que ainda não começaram a diminuir.

Valderino Pereira é engenheiro civil e, atualmente, é responsável por realizar as medições desses cursos de água. Em entrevista ao Fantástico, da rede Globo, mostrou o livro em que todos os dados são registrados. Segundo o material, as regiões estão lidando com uma das maiores enchentes da história, catalogada nesses locais desde o ano de 1902.

“Porto de Manáos, no anno de 1902”

As páginas envelhecidas e amareladas, marcadas por uma língua portuguesa que condiz com esse desgaste, ajudam a estruturar uma ilustração assustadora, que se reforça pelos dados distribuídos ao longo do único exemplar. São quase 120 anos de história, mas apenas nos últimos 12 foram listadas seis das dez maiores cheias de todos os tempos.

No dia 1º de junho de 2021, uma terça-feira, foi oficializado o registro mais alto dessa coletânea dentro desse território. Segundo informações locais, o rio Negro atingiu 29,98 metros, um centímetro a mais que o recorde anterior, anotado em 2012.

Imagem de rio acima do normal invadindo casas em Manaus
Imagem de CNN Brasil

 

Qual a explicação para tudo isso?

O fenômeno chave que desencadeia todos esses problemas são as chuvas volumosas que ocorrem em toda a região amazônica. Apesar de serem registradas com muita frequência em outras épocas do ano, um conjunto de fatores tem feito com que esses eventos ocorram com maior intensidade e por mais tempo na atualidade.

A começar pelo aquecimento do oceano Atlântico, que tem aumentado consideravelmente nos últimos dez anos. No dia 12 de outubro de 2020, descobertas publicadas no Proceedings of the National Academy of Science, nos Estados Unidos, apontaram a década mais recente como a mais quente dos últimos 2900 anos.

Esse esquentamento foi explicado como um resultado direto de um acontecimento chamado de Atlantic munti-decadal oscillation (AMO), ou oscilação multidecadal do Atlântico. Segundo os cientistas, esse fenômeno se refere a uma variação de temperatura das águas na superfície do mar que pode gerar resultados variados, desde o aumento de furacões intensos até, no caso do Brasil, a alteração nos níveis de chuva.

Aliado a esse ponto está o que os cientistas chamam de La Niña, uma alteração brusca nas temperaturas do oceano Pacífico. Um de seus principais resultados é a atração de nuvens para a região amazônica, fazendo com que as chuvas se concentrem ainda mais nesses locais. Dessa forma, ao caírem em uma área plana e de escoamento lento, como a que estamos abordando, o nível das águas fica incontrolável.

Em entrevista ao Fantástico, no mesmo material que citamos anteriormente, a engenheira hidróloga Luna Gripp falou sobre um último fator, que colaborou ainda mais com a situação. Segundo ela, as chuvas concentradas em espaços específicos sobrecarregaram “(...) a maior bacia hidrográfica do mundo inteiro”.

Ela diz: “O que aconteceu de diferente esse ano, que fez com que todo o estado inundasse, foi que as chuvas ocorreram justamente nos locais (...) que realmente vão influenciar na subida do nível dos rios”.

Os pontos mais atingidos

Não demorou para que esse conjunto de fatores fosse percebido por populações locais. Em Roraima, por exemplo, a nascente do rio Branco, principal afluente do rio Negro, foi extremamente atingida pelas chuvas causadas pelos motivos que apresentamos anteriormente.

Além disso, o cenário fora do país não tem sido diferente, e colabora com essa intensificação. No Peru, na região em que se encontra a nascente do rio Solimões, o volume de água também tem sido desproporcional em comparação a outros momentos.

A soma desses dois pontos tem gerado enchentes ainda mais severas em território nacional, principalmente no espaço em que os dois rios se encontram. Até o momento, apenas em Manaus foram mais de 24 mil famílias prejudicadas entre os 15 bairros mais atingidos, com pontos de alagamento em locais como a Praça do Relógio e o prédio da Alfândega.

Lotes de madeira apreendida de extrações ilegais passaram a ser doados a moradores para a fabricação de marombas, elevações nos cômodos das casas que buscam impedir a subida da água. Além disso, a própria prefeitura promove a montagem de passarelas suspensas nas ruas, para que a circulação de pessoas seja facilitada.

Outra contribuição governamental se faz através do Auxílio Enchente em casos de emergência. Também em entrevista ao Fantástico, o secretário da defesa civil do Amazonas, Francisco Máximo, apresentou alguns números sobre o assunto.

Segundo ele: “(...) 12 mil famílias já estão sendo contempladas [com o Auxílio Enchente]”. Além disso, garantiu que ainda existe a possibilidade de multiplicar essa assistência, afinal: “(...) o planejamento está voltado para 100 mil famílias”.

A prefeitura de Manaus, por sua vez, informou em nota que cadastrou “(...) mais de 3 mil famílias na área urbana e rural para receberem o Auxílio Moradia, no valor de R$ 300, por três meses, e Auxílio Enchente, que completará a ajuda com mais R$ 200, durante dois meses”.

O pior momento possível...

Vale destacar que todos esses problemas tem se desenvolvido durante uma das fases mais turbulentas da pandemia causada pela COVID-19. No Brasil, o total de vítimas ronda os 475 mil mortos até o momento, sendo mais de 7800 no estado do Amazonas.

Apesar de não figurar no topo da lista nacional, especialistas indicam que é possível que esse número seja sete vezes maior, uma vez as subnotificações são recorrentes.

 


Amazônia apresenta aumento dos focos de calor em maio

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) apontam um aumento de 1.186 nos focos de calor na Amazônia. Os registros são apenas de maio deste ano.

Aumento do desmatamento

O número divulgado pelo Inpe é 34,5% superior à média histórica do mês e acende o sinal de alerta para o aumento do desmatamento. O Greenpeace informou que os índices são 40,6% maiores em relação ao mesmo período do ano passado. Isso demonstra a expansão das ações dos madeireiros ilegais e grileiros na maior floresta tropical do planeta.

Há três meses a Amazônia enfrenta recordes consecutivos de desmatamento. O Greenpeace explica que não é apenas o bioma amazônico que sofre com as queimadas. O Cerrado também tem sido vítima desse tipo de ação, que preocupa ambientalistas e pesquisadores.

No total, 3.815 pontos de calor foram registrados entre os dois biomas, que fazem parte da Amazônia Legal. Com aumento de 65%, esse é pior índice já registrado nos dois biomas desde 2007.

A preocupação dos especialistas é que o fim do inverno amazônico provoque o agravamento nos números de queimadas em toda região. Além da seca, previsão do fenômeno La Ninã também pode colaborar com o aumento das queimadas já no segundo semestre.

O porta-voz da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil, Rômulo Batista, afirma que os registros não surpreendem, já que o Brasil vive uma política antiambiental desde que Bolsonaro assumiu a presidência da República, em 2019.

“Os recordes no mês de maio não são uma surpresa, porque vivemos o sucateamento dos órgãos de fiscalização e da política ambiental. Pela primeira vez na história, um ministro do Meio Ambiente é investigado por cometer crimes contra o meio ambiente e por facilitar ações ilegais”, analisa Batista.

Imagem de dois homens combatendo focos de incêndio
Imagem de Eduardo Moreira via ICMBIO

Doenças Respiratórias

As queimadas na Amazônia não apenas ameaçam a biodiversidade da região, mas a saúde da população. Os povos que vivem na região amazônica são atingidos pela alta incidência de doenças respiratórias, devido à queda na umidade e pela redução das chuvas. Também são provenientes das queimadas as fuligens e fumaças. Outra preocupação é o aumento de casos da Covid-19 nas localidades que são invadidas por quem comete crime ambiental.

Por meio de estudos, a Fiocruz e o WWF-Brasil dimensionaram o quanto as queimadas na Amazônia são nocivas à saúde. Segundo as pesquisas, os incêndios foram responsáveis pelo aumento das internações hospitalares por problemas respiratórios entre os anos de 2010-2020. Ou seja, durante 10 anos as queimadas provocaram uma piora respiratória dos moradores da região amazônica.

As internações também provocam um rombo nas contas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante o período estudado, as internações custaram quase 1 bilhão de reais. Segundo a Fiocruz, os poluentes originários das queimadas são responsáveis por inflamações persistentes, aumentando o risco de infecção por vírus que atingem o trato respiratório. Uma das doenças que podem ser favorecidas pelas queimadas é a Covid-19. Isso é o que aponta o levantamento na região da Amazônia Legal.

Os dados apresentados pelos pesquisadores afirmam que 87% das internações hospitalares no período analisado são provocadas pelas altas concentrações de fumaça. Isso porque os moradores respiram e inalam partículas que prejudicam o sistema respiratório. Os números são o seguinte:

  • Pará: 68% das internações são provocadas pelas queimadas;
  • Mato Grosso: 70% das internações;
  • Rondônia: Mais de 70% das pessoas internadas apresentaram problemas respiratórios;
  • As altas concentrações de partículas de poluentes também são responsáveis por mais de 70% das internações no Pará, Mato Grosso e Amazonas.

Mais queimadas

A floresta não parou de queimar no mês de maio na Amazônia Legal. Os índices foram bem mais altos do que no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 1.798 focos de incêndio. Agora, em maio de 2021 a floresta apresentou 2.679 focos de fogo, um número maior do que a média para o mês, que é de 1.991 focos. Os dados foram anunciados pelo Inpe, que monitora focos de queimadas em todos os biomas brasileiros desde 1998.

Mais de 59% do território brasileiro faz parte da Amazônia Legal. A região é composta por áreas dos seguintes estados:

  • Acre;
  • Amapá;
  • Amazonas;
  • Mato Grosso;
  • Pará;
  • Rondônia;
  • Roraima;
  • Tocantins;
  • parte do Maranhão.

A degradação ambiental também atinge outros biomas como o Pantanal, que também bateu recordes de queimadas e desmatamentos. De acordo com o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, para que ocorra o fogo é necessário a junção de três fatores: tempo seco, material combustível no chão e incêndio provocado por criminosos que ateiam fogo para a criação de pastos.

Instituições ambientais consideram que os aumentos das queimadas estão diretamente relacionados à falta de fiscalização dos órgãos governamentais, além da falta de políticas de preservação e de combate ao crime ambiental. Astrini acusa o governo de deixar os criminosos à vontade para explorarem ilegalmente a floresta amazônica. Por isso, eles estão aproveitando o momento para destruir o maior bioma tropical do mundo.


Saiba o que é o IBAMA e como ele atua

Você, com certeza, já ouviu falar no IBAMA, órgão federal que cuida do meio ambiente, inclusive neste ano ele completou 32 anos. Então, continue lendo para entender como ele atua, qual é a sua importância e quais são as suas principais funções.

O que é o IBAMA e qual a sua missão?

Essa é a sigla para Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Esse órgão faz parte da Lei de nº 7.735 de 1989, além disso, ele é ligado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA).

O seu objetivo é:

  • Preservar a natureza;
  • Melhorar e recuperar a qualidade ambiental;
  • Promover o desenvolvimento econômico por meio de práticas sustentáveis;
  • E sem esgotar os recursos naturais.

Entenda como o IBAMA surgiu

Na verdade, ele é a junção entre 4 órgãos diferentes, assim são eles:

  • Secretaria do Meio Ambiente (SEMA);
  • A Superintendência da Borracha (SUDHEVEA);
  • Superintendência da Pesca (SUDEPE);
  • E o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF).

A história do IBAMA

Esse órgão surgiu devido às crises que o país enfrentou. Pois, entre 1970 e 1980, a natureza sofreu muitos impactos ambientais causadas por certos empreendimentos, por exemplo:

  • A construção da rodovia Transamazônica;
  • E da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Por conta dessa última, o Brasil perdeu uma de suas maiores cachoeiras chamada Sete Quedas.

O que também levou a criação desse órgão foram os altos índices de desmatamento no país. Bem como, a caça e a pesca ilegais que estavam acabando com diversas espécies.

Junto a isso, havia os conflitos entre as comunidades e os seringueiros. Então, todos esses fatores tornaram urgente a necessidade de controlar a exploração do meio ambiente.

Em 1988, o presidente da época, José Sarney, criou o Nossa Natureza. Esse programa tinha o objetivo de recriar a arquitetura ambiental do Brasil. Por fim, um esboço do que se tornaria o IBAMA começou a ser formado.

Imagem de onça pintada em árvore

Saiba como esse órgão federal atua

De modo simples, ele é a polícia do meio ambiente. Já que é o responsável por negar ou aprovar licenças. Além disso, é ele quem fiscaliza as políticas de preservação ambiental. Dessa maneira, suas principais funções são as seguintes:

  • Regular, preservar e melhorar a qualidade do meio ambiente;
  • Garantir o desenvolvimento econômico de forma sustentável;
  • Criar leis a favor da proteção ambiental;
  • Coordenar o uso dos recursos da natureza;
  • Fiscalizar as ações ambientais;
  • E fazer campanhas com o objetivo de preservar o ambiente.

Para se fazer valer, o IBAMA pode punir pessoas ou empresas que cometeram qualquer crime contra a natureza. Aliás, a seguir você vai ver alguns deles.

1 - Queimadas e desmatamentos

De janeiro a agosto de 2019, houve um aumento de 83% nos casos de incêndios florestais na Amazônia. Aliás, esses dados foram comparados com o ano de 2018. Assim, nessa situação cabe ao IBAMA controlar os danos de forma bem rápida.

Ele faz isso monitorando as áreas afetadas. Em seguida, cria e coloca em prática ações para combater as queimadas. Inclusive, tudo depois fica registrado caso esse tipo de atividade ilegal volte a ocorrer.

Segundo o Inpe, esse órgão conseguiu reduzir em 75% os desmatamentos na Amazônia Legal. Isso foi no ano de 2004.

Para proteger as florestas, o IBAMA aplica multas graves a pessoas ou empresas que não respeitam o meio ambiente. Enfim, esse instituto já faturou cerca de 3 bilhões por ano apenas punindo essa ação.

2 - Poluição marinha

Outro grande problema ambiental teve destaque no ano de 2019. De fato, manchas de óleo surgiram no mar brasileiro.

Isso também é da responsabilidade deste órgão federal. Bem como, qualquer emergência que afete o meio ambiente. Dessa forma, eles buscaram soluções para a situação como, por exemplo:

  • Avaliou as áreas atingidas;
  • Identificou os animais marinhos oleados e resgataram os mesmos;
  • Por fim, recrutaram pessoas para ajudar a retirar o óleo das praias.

O IBAMA também teve que apurar a origem desse poluente. Além disso, impediram qualquer risco de contaminação por meio desse elemento.

A fiscalização ambiental é uma de suas principais funções

Faz parte de suas muitas atribuições garantir que a Política Nacional do Meio Ambiente seja cumprida. Afinal, é essencial ficar de olho nas empresas, a fim de que todas sigam as leis ambientais.

É por isso que existe esse tipo de fiscalização e as demais políticas de preservação. Logo, confira a seguir o que acontece se uma organização desrespeitar essas normas:

  • Multas;
  • Embargos;
  • Suspensões;
  • E até mesmo prisões.

Tudo isso com um único propósito: garantir o bem-estar da fauna e da flora do Brasil.

Veja onde as fiscalizações são aplicadas

Elas ocorrem em diferentes frentes, então confira algumas a seguir:

  • Monitoram qualquer atividade que possa poluir o ar, a água e o solo;
  • Também são responsáveis por investigar denúncias e infrações;
  • Preservar as espécies nativas e exóticas;
  • Evitar ações como desmatamentos e exploração das florestas;
  • Verificar o cultivo de OGM e garantir sua diversidade;
  • Fiscalizar os recursos naturais para que não se esgotem;
  • Cuidar das atividades referentes a pesca, evitando seu comércio ilegal.

Outra função importante do IBAMA é o licenciamento ambiental. Assim, é ele que decide como certos recursos serão utilizados, ou seja, a água e o solo.

Saiba como ajudar a preservar o meio ambiente

Como foi explicado aqui, esse órgão federal age observando e controlando as políticas do meio ambiente. Além disso, eles promovem ações e aplicam leis a fim de:

  • Proteger a fauna e a flora;
  • As bacias hidrográficas;
  • Bem como, todos os recursos naturais brasileiros.

O IBAMA é muito importante para a sobrevivência da biodiversidade. Aliás, sem ele o Brasil estaria arrasado do ponto de vista ambiental. Inclusive, a vida como é também estaria comprometida.

Mesmo tendo um órgão do governo que cuida do meio ambiente, é fundamental que cada um faça a sua parte. Então, para isso, entre em contato com a Famazonia.

Veja como apoiar grandes causas ambientais

Essa ONG desenvolve várias ideias de preservação e possui muitas iniciativas. Dessa maneira, conheça mais sobre ela e seu trabalho. Sem dúvida, sua contribuição fará toda a diferença.

O que está em risco é mais do que a natureza, é a própria espécie humana. Então, faça a sua parte e ajude a proteger o planeta.